Isabel de Portugal, senhora de Viseu
D. Isabel de Portugal (1364 — Marans, França, 4 de abril de 1435) foi uma nobre portuguesa, 2.ª Senhora da cidade de Viseu e, ainda, das vilas de Celorico da Beira, Linhares e Algodres, de juro e herdade.
Isabel de Portugal, senhora de Viseu | |
---|---|
Nascimento | 1364 |
Morte | 4 de abril de 1435 Marans (Charente-Maritime) |
Cidadania | Reino de Portugal |
Progenitores | |
Cônjuge | Afonso Henriques |
Filho(s) | Pedro de Noronha, Fernando de Noronha, 2.º Conde de Vila Real, Sancho de Noronha, 1.º conde de Odemira, Constança de Noronha, Henrique de Noronha, João de Noronha |
Irmão(s) | Afonso de Portugal (1382) |
Relações familiaresEditar
Foi filha natural de Dom Fernando I de Portugal.
Teve o seu casamento contratado com Afonso Telo de Meneses, 5.º conde de Barcelos, primo da Rainha D. Leonor Teles, mas este morreu jovem, e D. Isabel acabaria por casar com D. Afonso Henriques, conde de Gijón e Noronha[1]. Os esponsórios efectuaram-se em Abril,[2] logo após[3] o Tratado de Santarém, de aliança e paz, estabelecido entre os Reis D. Henrique II de Castela e D. Fernando I de Portugal, na cidade de Santarém, a 19 de Março de 1373.[4] Cidade esta onde D. Isabel e seu noivo foram recebidos (esposados) por palavras de presente pelo Cardeal de Bolonha. O rei D. Fernando deu de dote a sua filha a Cidade de Viseu e as vilas de Celorico da Beira, Linhares e Algodres, com todos os seus termos, de juro e herdade, como consta duma Carta de Doação feita na cidade de Santarém em 2 de Outubro de 1377.[5]
Atingindo D. Isabel a idade núbil, as bodas foram então realizadas na cidade de Burgos em Novembro de 1375[6] com o dito Afonso Henriques, conde de Gijón e Noronha, de quem teve:[7]
- D. Pedro de Noronha, arcebispo de Lisboa;
- D. Fernando de Noronha, 2.º conde de Vila Real, pelo seu casamento com D. Brites de Meneses;
- D. Constança de Noronha, que foi a 2.ª mulher de D. Afonso, 1.º duque de Bragança;
- D. Sancho de Noronha, 1.º conde de Odemira, que casou com Mécia de Sousa, 4ª senhora de Mortágua;
- D. Henrique de Noronha, capitão de gente de guerra na tomada de Ceuta;
- D. João de Noronha, sem descendentes.[8] Foi feito cavaleiro pelo infante Duarte, em Ceuta, em cujo cerco tomou parte junto com o rei e onde foi ferido. Veio a morrer em Almodôvar, Portugal, de doença proveniente deste ferimento.
Deste casamento, surgiu o ramo familiar de Noronha.
Referências
- ↑ Hist. Gen. da C. R. P., tomo I, p.427
- ↑ CERDF, tomo II, caps. LXXXIII e LXXXIV, p. 80 e segs.
- ↑ CERDF, tomo II, cap. LXXXII, p. 76
- ↑ CERDF, tomo II, cap. LXXXII, p. 74
- ↑ História Genealógica da Casa Real Portuguesa, tomo I, ps. 427 e 428
- ↑ CERDF, tomo II, caps. XCIV a XCVI, p. 120 e segs.
- ↑ Brasões da Sala de Sintra, tomo I, p. 48
- ↑ Braamcamp Freire 1921, p. 48.
FontesEditar
Além das referidas no texto:
História de Portugal de Damião Peres, Vol. II, p. 333.