Itambé (Pernambuco)

município do Estado de Pernambuco, Brasil

Itambé é um município brasileiro do estado de Pernambuco. Seu território, com pouco mais de 304 km² de área, é formado pela sede e pelos distritos de Ibiranga, Caricé e Quebec.[4] Forma uma conurbação interestadual com a cidade paraibana de Pedras de Fogo. No censo nacional de 2022, possuía uma população de 34 935 habitantes.

Itambé
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Itambé
Bandeira
Brasão de armas de Itambé
Brasão de armas
Hino
Gentílico itambeense
Localização
Localização de Itambé em Pernambuco
Localização de Itambé em Pernambuco
Localização de Itambé em Pernambuco
Itambé está localizado em: Brasil
Itambé
Localização de Itambé no Brasil
Mapa
Mapa de Itambé
Coordenadas 7° 24' 36" S 35° 06' 46" O
País Brasil
Unidade federativa Pernambuco
Municípios limítrofes Pernambuco: Goiana, Condado, Aliança, Camutanga e Ferreiros
Paraíba: Pedras de Fogo e Juripiranga
Distância até a capital 92 km
História
Fundação 20 de maio de 1867 (156 anos)
Administração
Prefeito(a) Maria das Graças Gallindo Carrazzoni (MDB, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [1] 304,006 km²
População total (censo IBGE/2022[1]) 34 954 hab.
Densidade 115 hab./km²
Clima Tropical (As')
Altitude 179 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[2]) 0,575 baixo
PIB (IBGE/2021[3]) R$ 522 657,42 mil
PIB per capita (IBGE/2021[3]) R$ 14 321,34

Topônimo editar

A palavra "itambé" é de origem tupi e significa "pedra afiada", através da junção de i'tá (pedra) e aim'bé (afiada)[5].

História editar

As terras onde hoje se situa o Município de Itambé foram primitivamente habitadas pelos índios cariris. Não se conhece, com precisão, a data das primeiras penetrações de não índios nem a da radicação dos primeiros colonos não índios. Sabe-se, entretanto, que, nos fins do século XVI, começaram a chegar correntes de povoamento constituídas de portugueses e de mazombos.

André Vidal de Negreiros, um dos heróis da expulsão dos holandeses de Pernambuco, erigiu uma capela sob a invocação de Nossa Senhora do Desterro, no lugar conhecido como Itambé, assim denominado em virtude da grande quantidade de calhaus avermelhados que, em choque uns com os outros, produziam faíscas. Há quem atribua a preferência do guerreiro a voto feito para que fossem desterrados os invasores da pátria. Doou ele, para patrimônio da igreja, todo o terreno da futura freguesia, gravando, também, o Engenho Novo de Goiana e de Palha, além de várias fazendas de gado, com extensão superior a 120 quilômetros.

A doação foi confirmada pelo alvará de janeiro de 1681, que concedia, ao administrador e a seus sucessores, a graça de nomear o pároco da freguesia. Essa concessão consta, também, da Carta de Apresentação passada, em Lisboa, pela Mesa de Consciência e Ordens no dia 2 de outubro de 1746. A eleição simples do pároco passou, mais tarde, a ser atribuição da Casa de Misericórdia de Lisboa, dependendo, apenas, de aprovação régia.

O desenvolvimento político e cultural acompanhou o desenvolvimento econômico. De 1797 a 1801, funcionou o Areópago, onde o doutor Arruda Câmara fazia propaganda dos ideais da Revolução Francesa. Em 1874, teve lugar a rebelião de matutos, conhecida por Quebra Quilos, que culminou com a invasão de Itambé pelos insurretos, no dia 30 de novembro.

Grande fator para o desenvolvimento do lugar foi, sem dúvida, a exportação das chamadas pedras de fogo a fim de serem transformadas em pequenas lâminas, posteriormente utilizadas em armas de fogo.

Com a denominação de Itambé, foi criado o distrito por força da Carta Régia de 6 de janeiro de 1789. Segundo outra fonte, o distrito deve sua criação à Lei Provincial 1 055, de 6 de junho de 1872. A Lei Provincial 720, de 20 de maio de 1867, criou o Município de Itambé com território desmembrado dos de Goiana e Nazaré. A instalação se verificou a 1º ou 10 de fevereiro de 1868. Em virtude da Lei Provincial 1 318, de 4 de fevereiro de 1879, a sede municipal recebeu foros de cidade.

Por efeito do Decreto-Lei Estadual 235, de 9 de dezembro de 1938, o município e o distrito de Itambé tiveram seus topônimos simplificados para També. Por ocasião do Recenseamento Geral de 1960 compunha-se de 5 distritos: També (sede), Camutanga, Caricé, Ibiranga e Ferreiros, este último criado em 1948, com parte do distrito de Camutanga. De acordo com as leis estaduais 4 940 e 4 953, ambas de 20 de dezembro de 1963, foram emancipados os distritos de Camutanga e Ferreiros. Assim, o município está constituído, hoje, de 3 distritos: També (sede), Caricé e Ibiranga.

Pela Lei Estadual 7 006, de 2 de dezembro de 1975, o município de També voltou a denominar-se Itambé.

Hoje, o município é composto por Itambé (sede) e os distritos de Ibiranga, Caricé e Quebec.

Referências

  1. a b IBGE. «Brasil / Pernambuco / Itambé». Consultado em 25 de janeiro de 2024 
  2. PNUD (2010). «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Consultado em 1 de outubro de 2013 
  3. a b IBGE. «Produto Interno Bruto dos Municípios». Consultado em 25 de janeiro de 2024 
  4. Boletim Municípios Saudáveis do Nordeste do Brasil
  5. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 974.

Ver também editar

Ligações externas editar

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