Praça Coronel Paulino Carlos

bem tombado em São Carlos, São Paulo, Brasil

A Praça Coronel Paulino Carlos, chamada anteriormente de Jardim Público,[1] é um espaço público, caracterizado como jardim ou como um pequeno parque, com aproximadamente 10 mil metros quadrados, localizado na região central da cidade de São Carlos.

Praça Coronel Paulino Carlos
Praça Coronel Paulino Carlos
Tipo logradouro, património histórico
Geografia
Coordenadas 22° 1' 5.92" S 47° 53' 25.63" O
Mapa
Localização São Carlos - Brasil
Patrimônio bem tombado pelo CONDEPHAAT, bem tombado pela Prefeitura Municipal de São Carlos

No passado, foi chamada também de "Largo da Matriz", "Largo da Sé" e "Praça da Matriz", denominação que abrangia a atual Praça Paulino Botelho e a Dom José Marcondes Homem de Mello (Praça da Catedral).

Localização

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Localiza-se no quadrilátero formado pela avenida São Carlos, ruas Conde do Pinhal, Treze de Maio e Dona Alexandrina. Posiciona-se à frente à Catedral de São Carlos, ao lado do antigo Paço Municipal, do Fórum criminal da comarca (inaugurado em 1952, do Instituto Adolfo Lutz e de palacetes de antigos barões do café. No jardim, encontra-se uma fonte luminosa, um chafariz antigo e Posto de Informação Turística (PIT) Anita Garibaldi.[2]

História

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Originalmente, a praça foi jardim[carece de fontes?] da casa do Conde do Pinhal (o Palacete Conde do Pinhal), sendo transformada em jardim público em 1895. Projetado pelo engenheiro Cristóvão Caramuru,[3] o Jardim Público contava com um coreto (construído pelo empreiteiro Attilio Picchi) e jardins com árvores nativas e exóticas (elaborados pelo jardineiro napolitano Thomaso Sepe).[4]

A praça passou por grandes transformações durante o século XX, refletindo a urbanização do município. Ainda no final do século XIX, a praça foi cercada por um gradil, feito pela oficina Leonardo Botelho & Companhia. Em 1917, houve uma proposta de retirada do gradil, porém não foi aprovada.[5] Entretanto, em meados do século XX, o gradil foi de fato retirado e transferido para o câmpus da USP, na avenida Dr. Carlos Botelho, que data de 1956.[6][7] O antigo portão, provavelmente, foi transferido para o Cemitério Nossa Senhora do Carmo.[8]

Em 1900 foi construído um chafariz em mármore, além de um quiosque em alvenaria. Em 1908, recebeu seu atual nome (Praça Coronel Paulino Carlos), em homenagem ao político são-carlense da família Botelho. Nos anos 1930, o antigo coreto foi demolido, dando lugar a uma fonte luminosa. Em 1910, foi fixada, no quiosque, uma lápide em homenagem a Anita e Giuseppe Garibaldi. Em 1955, foi instalada a placa em homenagem à visita dos reis da Bélgica ocorrida em 1920. Em 1957, foram instalados o obelisco do centenário da cidade e a estátua do Conde do Pinhal. Enfim, há também o busto de Bento Carlos de Arruda Botelho (datado de 1968), e o pedestal do antigo busto de João Seppe (de meados do século XX).[3][4]

Na praça estão enterradas as cinzas de dois poetas da cidade, Cecília e Clóvis Pacheco, num monumento dos anos 1990.[9]

A praça for revitalizada em dezembro de 2005, durante a gestão do prefeito Newton Lima Neto, com a recuperação do chafariz, das esculturas, reforma do quiosque e nova iluminação. O chafariz original, em mármore, foi transferido para a fundação Pró-Memória, e uma réplica erigida sob a orientação do especialista mineiro Rinaldo Urzedo, que tem em seu currículo o restauro do medalhão central do frontispício da Igreja de Nossa Senhora do Carmo e a cantaria do antigo Palácio dos Bispos, ambos em Mariana, e o chafariz do Largo do Pilar em Ouro Preto. A restauração foi baseada em pesquisas, fotos antigas e relatos de moradores são-carlenses de várias idades.

Na gestão de 2013 a 2016, o chafariz recebeu pintura indevidas, que foram removidas no início de 2017. Entretanto, em setembro do mesmo ano, o chafariz foi destruído por vândalos[10] – meses antes, outro monumento da cidade fora depredado, o busto de Jesuíno de Arruda, na Vila Prado.[11]

Em 2018, o pavimento das vagas de estacionamento ao redor da praça, que era em paralelepípedos de pedra, foi substituído por asfalto.

Galeria

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Leituras adicionais

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  • MASSARÃO, L. Praça Coronel Paulino Carlos. Fundação Pró-Memória de São Carlos, 2009. link.
  • NEVES, Ary Pinto das. São Carlos na esteira do tempo: 1884-1984. s.l.: s.n., [c. 1984]. 104 p.
  • PERCURSOS. São Carlos, SP: Fundação Pró-Memória, 2009-2012. 4 v. (Caixas com cartões).

Referências

  1. «PRAÇA CORONEL PAULINO CARLOS - JARDIM PÚBLICO». www.saocarlos.sp.gov.br. Consultado em 2 de novembro de 2022 
  2. http://www.saocarlos.sp.gov.br/index.php/turismo-informacoes/154157-posto-de-informacao-turistica-pit.html
  3. a b PERCURSOS, 2010, vol. 2, cartão 37.
  4. a b NEVES, s.d., p. 131.
  5. CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS. Ata da sessão ordinária de 3 de janeiro de 1917. link.
  6. CATEDRAL DE SÃO CARLOS. Aniversário de Criação da Paróquia de São Carlos Borromeu. 2015. link.
  7. JUNQUEIRA, M. P. A força transformadora das epidemias e da imigração: cidade de São Carlos-SP no final do século XIX. Revista Cordis: Revista Eletrônica de História Social da Cidade, São Paulo: PUC, n. 2, 2009. link.
  8. FUNDAÇÃO PRÓ-MEMÓRIA DE SÃO CARLOS. "Coleção Alemão" In: ​Acervo Digital Fotográfico FPMSC [Online]. 2017. link.
  9. MINUZO LEMOS, FÁBIO RICARDO; GONÇALVES JÚNIOR, LUIZ (2002). «Praças da Cidade de São Carlos: Políticas Públicas e Possibilidades de Lazer». IX Congresso de Iniciação Científica, São Carlos. Universidade Federal de São Carlos. Consultado em 2 de agosto de 2009. Arquivado do original em 5 de junho de 2009 
  10. SÃO CARLOS. Chafariz da Praça Paulino Carlos foi destruído. 25/09/2017. link.
  11. BUSTO de Jesuíno de Arruda desaparece de praça na Vila Prado. São Carlos em Rede, 28/07/2017. link Arquivado em 7 de novembro de 2017, no Wayback Machine..

Ligações externas

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