Javier Milei
Javier Gerardo Milei (Buenos Aires, 22 de outubro de 1970) é um economista, político, professor, escritor e deputado argentino. Líder da coalizão política La Libertad Avanza, foi eleito presidente da Argentina ao derrotar Sergio Massa no segundo turno das eleições presidenciais de 2023 com 55,70% dos votos.[1][2][3]
Javier Milei | |
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Milei em 2023 | |
52.º presidente da Argentina (eleito) | |
Período | 10 de dezembro de 2023 (a assumir) |
Vice-presidente | Victoria Villarruel (eleita) |
Antecessor(a) | Alberto Fernández |
Deputado da Nação Argentina por Buenos Aires | |
Período | 10 de dezembro de 2021 a 29 de Novembro de 2023 |
Dados pessoais | |
Nome completo | Javier Gerardo Milei |
Nascimento | 22 de outubro de 1970 (53 anos) Buenos Aires, Argentina |
Nacionalidade | argentino |
Alma mater | Universidade de Belgrano Instituto de Desarrollo Económico y Social Universidad Torcuato Di Tella |
Partido | A Liberdade Avança (2021-presente) Avança Liberdade (2020-2021) |
Religião | Católico |
Profissão | Economista, escritor, professor, político |
Assinatura | ![]() |
Politicamente, Milei tem sido descrito como de extrema-direita,[4][5][6] ultraconservador,[7][8][9] e libertário de direita.[10][11][12] Embora se identifique como minarquista ou "libertário liberal",[13] ele adere à filosofia do anarcocapitalismo.[14][15] Em questões econômicas, alinha-se com a Escola Austríaca e afirma que a Argentina é um inferno fiscal. Ele defende uma redução rápida nos gastos do governo para alcançar um orçamento equilibrado. Milei ganhou amplo reconhecimento por meio de aparições regulares na televisão, nas quais criticava os governos de Cristina Kirchner, Mauricio Macri e Alberto Fernández, citando o que ele viu como gastos desenfreados e falta de ajuste fiscal como preocupações.[16] Em questões sociais, ele é caracterizado como um radical conservador.[17]
As posições políticas de Milei geraram polêmica.[17] Ele se opõe ao aborto, inclusive em casos de estupro,[18] rejeita a inclusão de educação sexual nas escolas,[19] expressou ceticismo sobre vacinas contra a COVID-19,[17] apoia a venda e distribuição de armas de fogo para a população civil,[20][21] favorece a legalização de comércio de órgãos,[22] promove teorias da conspiração comuns a extrema-direita como a ideia de "marxismo cultural"[23] e nega o aquecimento global.[24] Devido a essas controvérsias e a suas políticas econômicas e sociais conservadoras radicais,[17][25] sua vitória nas eleições primárias de 2023 (PASO) foi considerada inesperada,[26][27] e suas falas levaram à sua caracterização como um populista de direita.[28][29][30]
Primeiros anos editar
Javier Gerardo Milei nasceu no bairro de Palermo na capital argentina[31], filho de Alicia Luján Lucich, dona de casa[32], e de Norberto Horacio Milei, motorista de ônibus e depois empresário, supervisionando o setor de condução de ônibus[33][34]. Ambos são de origem italiana[35][36].
Milei cresceu no bairro de Villa Devoto[35] e frequentou escolas católicas e universidades privadas.[31] Estudou no Colégio Cardenal Copello e posteriormente mudou-se para Sáenz Peña, em Buenos Aires. Na escola, ele foi apelidado de El Loco ("O Louco") devido às suas explosões e à sua retórica agressiva que mais tarde o tornou famoso.[31] No final da adolescência e no início da idade adulta, foi goleiro do Chacarita Juniors até 1989.[37]
Milei afirma que decidiu abandonar o futebol e comprometer-se totalmente com a carreira de economia aos dezoito anos, durante a hiperinflação de 1989, no final do governo de Raúl Alfonsín.[38] Ele estava estudando introdução à economia e à lei da oferta e da procura: quando os preços aumentam, a demanda diminui. Ele pensava que tal lei parecia estar em desacordo com a crise em curso, pois viu pessoas tentarem desesperadamente agarrar mercadorias nos supermercados, enquanto os preços aumentavam, e considerou que tinha de estudar economia mais detalhadamente para a compreender.[39] Sobre sua infância, ele disse que seus pais batiam nele e abusavam verbalmente dele,[40] o que o levou a não falar com eles por uma década.[32] Ele foi apoiado por sua irmã mais nova, Karina e por sua avó materna.[31] Ele cantou na banda cover Everest, que tocava principalmente covers dos Rolling Stones.[33]
Juventude editar
Formado em Economia, pela Universidade de Belgrano (Licenciatura), em 1993, e com dois Mestrados no Instituto de Desarrollo Económico e Social (IDES) e na Universidade Torcuato di Tella[41], iniciou sua carreira através de um estágio no Banco Central da República Argentina em 22 de dezembro de 1992. Acabou dispensado em 22 de junho de 1993. Segundo Milei, ele foi dipensado por "não gostarem dele".[42] Em uma avaliação dos profissionais do banco feita em 1993 e divulgada recentemente, Milei foi dispensado por não dominar a língua inglesa e por seus conhecimentos sobre economia serem considerados insuficientes naquele momento.[43] Durante a campanha eleitoral, jornalistas especularam se a promessa de Milei em fechar o Banco Central da República Argentina tinha relação com sua demissão em 1993.[44]
Ele se tornou economista-chefe da Máxima AFJP (empresa de previdência privada), economista-chefe do Estudio Broda (empresa de assessoria financeira) e consultor governamental do Centro Internacional para a Arbitragem de Disputas Sobre Investimentos. Ele também era economista sênior do HSBC.[45]
Foi assessor econômico de Antonio Domingo Bussi quando este, embora indiciado por crimes contra a humanidade cometidos durante a ditadura, foi eleito deputado em 1999.[46]
Desde 2012, dirige a divisão de Estudos Econômicos da Fundación Acordar, um think tank de âmbito nacional.[45] Ele também é membro do B20, do Grupo de Política Econômica da Câmara de Comércio Internacional (um consultor do G20) e do Fórum Econômico Mundial. É especialista em crescimento econômico e já foi professor de diversas disciplinas econômicas em universidades argentinas e no exterior. Ele é autor de 9 livros. Atualmente, trabalha para o magnata argentino Eduardo Eurnekián.
Por mais de 21 anos, ele foi professor universitário de macroeconomia, economia do crescimento, microeconomia e matemática para economistas. Desde 2016 ele tenta fundir os conceitos da economia austríaca com os do monetarismo, pois entende que Ben Bernanke foi o maior banqueiro central de todos os tempos,[47] ponto de vista rejeitado pelos economistas austríacos. "Além de sua carreira acadêmica, Milei é o anfitrião de seu próprio programa de rádio chamado Demoliendo mitos (Demolindo mitos), com participações frequentes do economista alberdiano e empresário Gustavo Lazzari e outras personalidades, como o advogado também alberdiano Pablo Torres Barthe e a cientista política libertária María Zaldívar.[48][49]
Javier Milei tem tido um grande destaque nos meios de comunicação argentinos, especialmente desde 2014, sendo frequentemente convidado para programas de televisão e rádio para apresentar as suas análises económicas sob o prisma da escola austríaca, que rejeita a intervenção do Estado. De acordo com a empresa de consultoria Ejes de Communicación, em 2018 foi o economista mais convidado pelos canais argentinos. Em 2019, a revista Noticias classificou-o entre as pessoas mais influentes da Argentina.[50]
Carreira política editar
A mídia internacional e os acadêmicos descreveram o pensamento político de Javier Milei como de extrema-direita[51][52][53] e fortemente conservador.[51] Milei é seguidor do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro e do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.[54] Ele também é próximo do partido de extrema-direita espanhol Vox[55] e do político extremamente conservador e ex-candidato presidencial chileno José Antonio Kast.[56] Milei assinou a Carta de Madrid, um documento elaborado pelo Vox que descreve grupos de esquerda como inimigos do Ibero-América, envolvida em um "projeto criminoso" que está "sob o guarda-chuva do regime cubano".[57][58] Ele assinou o documento junto com outros políticos como Rafael López Aliaga do Peru, José Antonio Kast do Chile e Eduardo Bolsonaro do Brasil, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.[57]
Milei se opõe ao aborto, mesmo nos casos em que uma mulher ou menina tenha sido abusada sexualmente, chamando-o de “homicídio agravado pelo vínculo”.[59]
Milei é um crente na teoria da conspiração do marxismo cultural. Sobre o aquecimento global, Milei nega sua existência, dizendo que é uma invenção do marxismo cultural. Milei também relaciona o marxismo cultural com o Ministério da Mulher e diz que se for eleito presidente encerrará aquele ministério. Ele também mencionou o marxismo cultural para se referir contra o movimento LGBT.[60][61][62]
Javier Milei afirma ser anarco-capitalista. Ele se referia frequentemente a Carlos Menem, presidente da Argentina de 1989 a 1999, e seu ministro da Economia, Domingo Cavallo.[63]
Milei criou o partido "La Libertad Avanza" e surpreendeu nas eleições primárias de setembro de 2021, ficando em terceiro lugar na cidade de Buenos Aires com 13,66% dos votos. Fazendo campanha sob o lema "Não vim aqui para liderar cordeiros, mas para despertar leões", denunciou a "casta política", que disse ser composta de "políticos inúteis e parasitas que nunca trabalharam".[64]
Considera que as desigualdades sociais são naturais e que o governo não deve procurar reduzi-las, acrescentando que a justiça social é um "conceito aberrante" e um "roubo". Valoriza o espírito empresarial e o sucesso individual.[65]
Em matéria de política externa, declarou que gostaria de se alinhar com os Estados Unidos e Israel, caso fosse eleito Presidente. Anunciou também que fará de Israel o seu primeiro destino como Presidente. Em 2023, denunciou a adesão da Argentina aos BRICS.[66][67]
Candidatura à presidência (2023) editar
Durante o seu mandato, limitou suas atividades legislativas à votação, concentrando-se em vez disso na crítica do que descreve como a "elite política da Argentina e a sua propensão para elevados gastos governamentais". Foi candidato presidencial nas eleições gerais de 2023,[68] com Victoria Villarruel como sua companheira de chapa à vice-presidência.[69] Avançou para o segundo turno da eleição presidencial, na qual enfrentou Sergio Massa. Em 19 de novembro de 2023, venceu o segundo turno com 56% contra 44% de Massa para se tornar presidente eleito.[70]
Vida pessoal editar
Milei foi apelidado de "el Peluca" (a peruca) por causa de seu penteado excêntrico.[71] Ele tem dito repetidamente que ele não penteia o cabelo, e por esta razão o seu penteado recebeu significativa atenção da mídia.[72] Sobre sua vida romântica, sugeriu em uma entrevista ao La Nación que ele é um defensor do amor livre, e em um programa de TV local afirmou que ele participou de vários trios e que ele é um instrutor de Tantra, nas suas palavras “capaz de ficar três meses sem ejacular”.[73][74] No entanto, ele se identifica como um católico, que rejeita o Magistério da Igreja.[75] Com relação ao aborto, ele expressou publicamente uma forte posição pró-vida.[76][77]
Ele possui quatro mastins ingleses: Milton (em homenagem a Milton Friedman), Murray (a Murray Rothbard), Robert e Lucas (ambos em homenagem a Robert Lucas), sendo todos filhotes do falecido Conan (em homenagem a Conan), a quem Milei considerava 'seu filho'.
Ele declarou que atualmente nunca visita seus pais e que "os dois estão mortos" para ele.[78]
Desde 2023 Milei está em um relacionamento amoroso com a atriz e humorista Fátima Florez.[79][80]
Críticas editar
Foi apontado que uma questão importante é que Milei faz uso constante de fórmulas matemáticas e de gráficos ao longo de seus escritos para ilustrar seus pontos, o que contradiz claramente as visões austríacas céticas sobre o uso da matemática na economia, considerada por eles como uma ciência social. Este é o principal obstáculo para enquadrar Milei como um economista 'austríaco'. Embora sua estrutura conceitual seja decididamente austríaca, sua metodologia em geral não o é.[81]
Ele se destacou por sua maneira às vezes agressiva de debater e pelo uso recorrente de linguagem chula, o que gerou várias polêmicas. Em 25 de agosto de 2021, ele insultou o chefe do governo da cidade de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, chamando-o de "esquerdista de merda", e "careca nojento", e afirmou que poderia "esmagá-lo" politicamente. Ele defendeu suas declarações dizendo que Rodríguez Larreta estava usando "fundos públicos para perseguir oponentes".[82][83]
O seu partido, A liberdade avança, é suspeito de ter pedido aos seus candidatos que comprassem o seu lugar nas listas eleitorais por várias dezenas de milhares de dólares, no período que antecedeu as eleições gerais de 2023. Empresários, advogados e políticos anteriormente próximos de Javier Milei testemunharam este facto. Segundo eles, foram exigidos pelo menos 10.000 dólares para uma candidatura e até 250.000 dólares para os lugares mais cobiçados.[84]
Rádio editar
Ano | Programa | Rádio |
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2017 – presente | Demoliendo Mitos (Demolindo Mitos) | Conexión Abierta |
Livros editar
- Lecturas de Economía en tiempos de Kirchnerismo (em inglês; Economic Reading in Kirchnerism government era, 2014), ISBN 978-987-3773-00-6
- Política Económica Contrarreloj (em inglês: contra-relógio de Política Econômica, 2014), ISBN 9789874513328
- El retorno al sendero de la Decadencia Argentina (em inglês: The return to the road of the Argentinian Decadence, 2015), ISBN 9789873677182
- Maquinita, Infleta y Devaluta (em inglês: Machinita, Infleta e Devaluta, 2016), com Diego Giacomini. ISBN 9789873677441
- Otra vez sopa: maquinita, infleta y devaluta: ensayos de economía monetaria para o caso argentino (Em inglês: Mais uma vez sopa: machinita, infleta e devaluta: ensaios de economia monetária para o caso argentino, 2017), com Diego Giacomini. ISBN 9789876278140
- Desenmascarando la mentira keynesiana. Keynes, Friedman e o triunfo de la Escuela Austriaca. (Em inglês: Desmascarando a mentira keynesiana. Keynes, Friedman e o triunfo da Escola Austríaca. 2018), ISBN 9788472097278
- Libertad, libertad, libertad . (Em inglês: Liberty, Liberty, Liberty, 2019), com Diego Giacomini. ISBN 9789505567393
- Pandenomics. La economía que viene en tiempos de megarrecesión, inflación y crise global . (Em inglês: Pandenomics: A economia que vem em tempos de mega recessão, inflação e crise global, 2020) ISBN 9789505567799
Artigos acadêmicos selecionados editar
- (2004) 'Real Exchange Rate Targeting. ¿Trilema Monetario o Control de Capitales? La Política Fiscal ', Revista de Economía y Estadística , Universidad Nacional de Córdoba, Facultad de Ciencias Económicas, Instituto de Economía y Finanzas, vol. 0 (2), páginas 63–87, janeiro.
- (2014) 'De los picapiedras a los supersónicos: Maravillas del progreso tecnológico con convergencia', Revista Actualidad Económica , Universidade Nacional de Córdoba, Facultad de Ciencias Económicas, Instituto de Economía y Finanzas, vol. 0 (83), páginas 5-18.
- (2017) 'Ensayos Monetarios para Economías Abiertas: El Caso Argentino' (com Diego Giacomini), Revista Actualidad Económica , Universidade Nacional de Córdoba, Facultad de Ciencias Económicas, Instituto de Economía y Finanzas, vol. 0 (91),
Ver também editar
Referências
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- ↑ Redacción LA NACION (28 de agosto de 2021). «"Está operando en mi contra": Javier Milei explicó por qué insultó a Horacio Rodríguez Larreta». Buenos Aires. La Nación (em espanhol). ISSN 0325-0946. Consultado em 17 de dezembro de 2021
- ↑ Centenera, Mar (8 de julho de 2023). «Un escándalo de venta de candidaturas hunde al ultraderechista Javier Milei en Argentina». El País Argentina (em espanhol)