Jerônimo Francisco Coelho (Laguna, 30 de setembro de 1806Nova Friburgo, 16 de janeiro de 1860) foi um militar, jornalista e político brasileiro.

Jerônimo Coelho
Jerônimo Coelho
Dados pessoais
Nascimento 30 de setembro de 1806
Laguna, Santa Catarina
Morte 16 de janeiro de 1860 (53 anos)
Nova Friburgo, Rio de Janeiro
Nacionalidade brasileiro
Cônjuge Emília Carolina da Costa Barros
Progenitores Mãe: Francisca Lina do Espírito Santo Coelho
Pai: Antônio Francisco Coelho
Vida militar
País Império do Brasil
Força Exército Brasileiro
Hierarquia Brigadeiro
Honrarias Imperial Ordem de São Bento de Avis
Imperial Ordem da Rosa
 Nota: Para outros significados, veja Jerônimo Coelho (desambiguação).

Biografia editar

Nasceu em Laguna (30 de setembro de 1806), sendo o segundo filho do major Antônio Francisco Coelho e de Francisca Lina do Espírito

Santo Coelho. Neto do capitão-mor de Laguna Jerônimo Francisco Coelho, e por parte materna, do alferes de milícia Lino dos Santos.[1]

Em 1809 a família mudou-se para a Corte do Império. Em pouco tempo perdeu o pai e um tio, João Francisco Coelho, cabendo unicamente à sua mãe a tarefa de educar ele e o irmão mais velho, Antônio Francisco Coelho. [1]

Em dezembro de 1827 casou-se com Emília Carolina da Costa Barros, filha do tenente-coronel Francisco da Costa Barros. Desta união nasceram Jerônimo Francisco Coelho Júnior, José Francisco Coelho e mais uma filha. Emília faleceu em 30 de agosto de 1854.[1]

Carreira editar

Editou o jornal O Catharinense, em 1831, o primeiro da Província de Santa Catarina.

Foi deputado à Assembleia Legislativa Provincial de Santa Catarina na 1ª legislatura (1835 a 1837), na 2ª legislatura (1838 a 1839) (não assumiu), na 3ª legislatura (1840 a 1841), na 4ª legislatura (1842 a 1843), na 5ª legislatura (1844 a 1845), e na 6ª legislatura (1846 a 1847).

Foi presidente das províncias do Grão-Pará, nomeado por carta imperial de 1 de março de 1848, de 7 de maio de 1848 a 31 de maio de 1850, e do Rio Grande do Sul, nomeado por carta imperial de 20 de fevereiro de 1856, de 28 de abril de 1856 a 8 de março de 1857.

Em 2 de fevereiro de 1844 foi simultaneamente ministro da Marinha e da Guerra do Brasil, no quarto gabinete ministerial de D. Pedro II. Permaneceu no cargo de ministro da Marinha até 23 de maio de 1844, e no do Exército até 26 de maio de 1845. Voltou a ocupar o cargo de ministro da Guerra em 4 de maio de 1857, no Gabinete Olinda de 1857, ocupando o cargo até 11 de julho de 1858.

Foi conselheiro imperial.

 
Jerônimo Coelho integra a Galeria dos Brasileiros Ilustres vol.1, pg. 341, de 1859, por Sebastião Augusto Sisson

Teve forte atuação no poder executivo e como ministro da Guerra atuou com determinação para estabelecer as condições de paz com os revoltosos farroupilhas. Foi também o fundador da Imprensa Catarinense, quando em 28 de julho de 1831 editou o primeiro jornal na então província de Santa Catarina, O Catharinense. Ainda em 1832 lançaria um segundo jornal, O Expositor. Foi também membro fundador da primeira loja maçônica de Santa Catarina, em Desterro.

Em 1846 demarcou as terras da futura colônia Dona Francisca (atual cidade de Joinville) e parte do território do distrito de Parati (atual cidade de Araquari).

Recebeu as condecorações Imperial Ordem de São Bento de Avis, como comendador e a Imperial Ordem da Rosa

Representação na cultura editar

É considerado o mais destacado político catarinense do século XIX, de acordo com Oswaldo Rodrigues Cabral. Seu nome é perpetuado, por exemplo, na denominação de uma rua no centro de Florianópolis.

Jerônimo Coelho foi homenageado tendo seu nome colocado em uma escola no município onde nasceu, Laguna, a E.E.B Jerônimo Coelho, fundada em 1912 e mantendo seus exercícios até hoje, sendo inclusive uma das primeiras no país a adotar o sistema de horário integral.

Bibliografia editar

  • Piazza, Walter: Dicionário Político Catarinense. Florianópolis : Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, 1985
  • Carlos Humberto Pederneiras Corrêa: Jerônimo Coelho - Um liberal na formação do II Império. Florianópolis : Insular, 2006

Referências

  1. a b c A., Sisson, S. (1999). «Galeria dos brasileiros ilustres» 

Ver também editar

Ligações externas editar


Precedido por
Joaquim José Rodrigues Torres
Ministro da Marinha do Brasil
1844
Sucedido por
Antônio F. de P. H. C. de Albuquerque
Precedido por
José Clemente Pereira
Ministro da Guerra
1844 — 1845
Sucedido por
Antônio F. de P. H. C. de Albuquerque
Precedido por
João Maria de Morais
Presidente da província do Grão-Pará
1848 — 1850
Sucedido por
João Maria de Morais
Precedido por
Manuel Vieira Tosta
Presidente da província do Rio Grande do Sul
1856 — 1857
Sucedido por
Patrício José Correia da Câmara
Precedido por
Luís Alves de Lima e Silva
Ministro da Guerra
1857 — 1858
Sucedido por
José Antônio Saraiva
Precedido por
  ACL - patrono da cadeira 17
Sucedido por
José Arthur Boiteux
(fundador)