João Fernandes do Arco

político português

João Fernandes do Arco (? - 9 de Abril de 1527) foi um nobre português.

Brasão de João Fernandes do Arco, Livro do Armeiro-Mor, fl.134, João de Cró, ca. 1509.

De origem plebeia, participou com mérito nas conquistas de Arzila e Tânger em 1471, e noutros feitos no Norte de África, sendo por isso "tirado do número e conto" dos plebeus e nobilitado por D. João II por carta régia de 28 de Fevereiro de 1485, fazendo-o fidalgo de cota de armas, com escudo de "um campo de ouro, e nele um sagitário, a metade que é homem branco, e a metade que é cavalo preto, e o arco de metades, a costa de prata e o de dentro dele vermelho com as empolgadeiras negras, e a corda de prata, e a flecha verde e branca, e o ferro preto".[1] De seus feitos e dos de seus filhos fala Manuel Tomás na sua Insulana, livro 6º, título 70.

Possuía vastas terras e plantações de cana de açúcar, com seu engenho e casa de purgar, no Arco da Calheta, na Ilha da Madeira, onde residia,[2] sendo por este motivo geralmente conhecido por João Fernandes "do Arco".

Casou com Beatriz de Abreu, da qual teve vários filhos e filhas, com ampla descendência muitas vezes apresentada nos nobiliários, como o de Henrique Henriques de Noronha, no título "Andrades do Arco".[3]

Referências

  1. Brasões da Sala de Sintra, Anselmo de Braamcamp Freire, 2ª Edição, 1927, II Volume, p. 268
  2. "O açucar da Madeira nos fins do século XV", Virgínia Rau e Jorge de Macedo, 1962, p. 70
  3. Nobiliário de Henrique Henriques de Noronha, c. 1700, título Andrades do Arco.