João Marcelino dos Santos Homem Aparício

diácono católico português e padre católico

João Marcelino dos Santos Homem Aparício (Setúbal, 2 de maio de 1719Ponta Delgada, 21 de Maio de 1782) foi o 22.º bispo da Diocese de Angra, governando-a de 1774 a 1782.[1][2]

João Marcelino dos Santos Homem Aparício
João Marcelino dos Santos Homem Aparício
Nascimento 2 de maio de 1719
Setúbal
Morte 21 de maio de 1782 (63 anos)
Ponta Delgada
Cidadania Reino de Portugal
Ocupação padre, diácono, bispo católico
Religião Igreja Católica

Biografia editar

D. Frei João Marcelino era freire conventual da Ordem Militar de Santiago.

Depois de dois anos na situação de sede vacante por falecimento de D. António Caetano da Rocha, o anterior prelado de Angra, D. Frei João Marcelino foi sagrado em Lisboa a 24 de Fevereiro de 1774, mas não se dirigiu de imediato à sua diocese. Em vez disso enviou procuração ao arcediago Mateus Homem da Costa, que com cerimonial e presença do Senado da cidade e das comunidades religiosas, tomou posse da do bispado em seu nome. Apesar dessa posse, o cabido continuou no governo da diocese.[2]

O novo bispo apenas fez entrada solene na sua Sé a 15 de Agosto de 1775, sendo confrontado de imediato com graves problemas resultantes da indisciplina do clero e das disputas e controvérsias em que o cabido se encontrava mergulhado.

Uma das suas primeiras acções depois de entrar na diocese foi oficiar, a 4 de Outubro de 1775, ao clero recomendando rigor na recolha e encaminhamento das esmolas destinadas à redenção dos cativos. Também tentou reviver o hábito da lutuosa, uma espécie de imposto eclesiástico já em desuso que consistia na oferta à Mitra do melhor móvel que os sacerdotes falecidos deixassem. Ainda no campo da disciplina eclesiástica, emitiu uma pastoral a 13 de Novembro de 1776 ordenando palestras e conferências em benefício da Igreja e proibiu a celebração eucarística sem a veste talar própria.[2]

Em 1777 realizou uma visita pastoral à ilha do Faial no decurso da qual proibiu o repique de sinos que então se fazia aquando da entrada e saída dos juízes municipais na Matriz da Horta. Nas suas visitas pastorais criou alguns curatos.

Manteve uma intensa disputa com o corregedor, defendendo o antigo privilégio de o meirinho eclesiástico usar da vara branca. Depois de apelações para a Coroa, o bispo venceu o pleito.

Faleceu a 21 de Maio de 1782 durante uma visita pastoral à ilha de São Miguel. Foi sepultado na Matriz de Ponta Delgada, sendo mais tarde os seus ossos trasladados para a Sé Catedral de Angra.

Referências editar

Ligações externas editar