Nota: Para outros significados de João de Almeida, veja João de Almeida (desambiguação).

D. João de Almeida Portugal (26 de janeiro de 1663 - 26 de dezembro de 1733) foi segundo conde de Assumar, filho do primeiro conde D. Pedro de Almeida. Embaixador na Catalunha junto ao pretendente a rei Carlos III.[1][2]

João de Almeida Portugal
João de Almeida Portugal
Nascimento 26 de janeiro de 1663
Morte 26 de dezembro de 1733
Filho(a)(s) Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos
Ocupação político
Título Conde de Assumar, Marquês de Alorna

Dados biográficos iniciais editar

Senhor da casa de seu pai, foi segundo conde de Assumar, 2° donatário ou senhor da mesma vila, alcaide-mor de Santarém, Golegã e Almeirim, primeiro administrador do Morgadio de Vale de Nabais; comendador de Sta Maria de Loures, São Salvador do Souto, São Salvador de Baldreu, de Sampaio de Farinha Podre e São Julião de Cambres, todas comendas na Ordem de Cristo. Capitão-de-mar-e-guerra na Índia, pertenceu aos Conselhos de Estado e de Guerra de el-Rei D. João V e foi seu gentil-Homem da câmara. Embaixador Extraordinário à corte em Barcelona de Carlos III; foi ainda dos acadêmicos no número da Academia Real. Serviu de Mordomo-Mor em diversas ocasiões. Familiar do Santo Ofício. «Duvidando o Papa Clemente XI reconhecer a Carlos III por rei de Nápoles, o Almirante inglês por despicar se sitiando a Civita Vecchia soube a atividade do conde evitar esta injuria e contratempo à Igreja e quando o mesmo Papa lhe agradeceu por 1 breve se valeu por diversas vezes dele». Acadêmico de número da Academia Real de História.

Voltando ao reino, foi deputado da Junta dos Três Estados, e em 1704 foi nomeado por D. D.Pedro II capitão do corpo da sua guarda.

Tinha ido à Índia com seu pai como capitão de infantaria e depois capitão-de-mar-e-guerra na nau Nossa Senhora dos Cardeais e, com o dito posto, se achou no sitio e tomada de Pate, na costa da África, com mais resolução que se esperava de seus poucos anos.

Voltando ao Reino, sucessor da Casa de seu pai, havendo de tirar a Carta do título de conde lha embaraçou o Procurador da Coroa, a quem venceu por sentença do Senado da Relação de Lisboa. Porque na mercê feita ao avô se declarava no Alvará que no título de conde e senhorio da Vila de Assumar e outras mercês lhe sucederia seu filho, D. Pedro de Almeida, que como Vice-Rei passava a servir no Estado da Índia.

Embaixador de Portugal na corte do Arquiduque Carlos editar

Na guerra europeia, em Armada inglesa que aportou em Lisboa em 1705 chegou o almirante e cavaleiro Schovvel que levou Carlos III da Espanha para Valência e Barcelona, onde, tomada esta cidade, assistiu-lhe como Embaixador extraordinário de Portugal D. João de Almeida, conde de Assumar, Veador da Fazenda da Casa do Rei.

Escolhido para acompanhar a Barcelona o Arquiduque Carlos, como embaixador de Portugal, D. João conservou-se a seu serviço o tempo que o Arquiduque se demorou em Espanha. Quando foi aclamado imperador e passou à Alemanha, deixou a mulher na Península e o Conde ficou às ordens da imperatriz como embaixador até que ela partiu ao encontro de seu marido. Regressando à Pátria, teve a nomeação de conselheiro de Estado e em 1721 entrou na Academia Real de História. Prudência e talento eram suas virtudes.

D. Pedro II o fez logo deputado da Junta dos Três Estados e o nomeou um dos capitães de sua guarda de corpo, de que teve patente. Em 1704 foi mandado à campanha da Beira com o Arquiduque, que se intitulava Carlos III de Espanha, para quem o Rei o tinha escolhido para o hospedar e lhe assistir na corte e o conduzir à campanha, assistência que fez desde que chegou da Alemanha e partiu para Barcelona; embarcando o Príncipe na Armada da grande aliança a 28 de julho de 1705 o nomeou D Pedro II seu Embaixador Extraordinário para o acompanhar no mar com solenidade e luzimento - passando a armada a sitiar Barcelona, assistiu ao sitio até render-se a 14 de outubro a capital do Principado da Catalunha. Achou-se também na rendição dos Reinos de Valença e de Aragão.

Em 1705 Filipe V sitiou Carlos, passaram apertados dois meses. Em 1706 foi com Carlos a Saragoça, no Reino de Aragão, donde voltou a se incorporar ao exército português, aliado do Marquês das Minas Dom Antônio Luís de Sousa, que se havia feito senhor da corte de Madrid. Voltando o Rei ao Reino de Valença e Principado da Catalunha, seguiu-o. Achou-se com ele nas batalhas de Almenara e de Saragoça, e depois em 1710 em Madrid ocupada. Precisando o príncipe, eleito Imperador Carlos VI, passar à Alemanha tomar posse do Império, deixou a Imperatriz Isabel, sua mulher, com o governo do que então possuía em Espanha, e o conde a assistiu com o seu mesmo caráter de embaixador até ela passar também à Alemanha. Ainda em Barcelona foi nomeado por D. João V para seu Conselho de Estado.

Voltando a Portugal, em 1721 foi eleito acadêmico da Academia Real de História, fazendo sua oração inicial. Foi um dos mais célebres ministros cortesãos. Em 1728 nos desposórios reais fez ofício de Mordomo-Mor e em 1729 também, quando os reis foram a Elvas para a troca de princesas. Em 1729 foi nomeado Gentil-Homem de câmara.

Casamento e posteridade editar

Casou com D. Isabel de Castro (c. 1665 - Lisboa, 1 de julho de 1724), dama da Rainha D. Maria Francisca Isabel de Saboia e de sua filha a princesa, filha de D. João Mascarenhas (1633-1681) 2° Conde da Torre de juro e herdade e 1° Marquês de Fronteira, 1° donatário de Fronteira e Mordomo-Mor de Faro; senhor dos morgados de Coculim e Verodá, na Índia. Era prima-irmã do Marquês da Fronteira, integrante de outra ilustre família de Portugal.

Filhos:

  • 1 - em 29 de setembro de 1688, nasceu o 3º conde de Assumar e 1º Marquês de Alorna, D. Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos.
  • 2 - D. Madalena Bruna de Almeida Portugal e Castro (6 de outubro de 1689-31 de janeiro de 1729). Em outubro de 1704 casou com D. Tomás de Noronha e Brito (1679-1760), 5° Conde dos Arcos de Valdevez, do Conselho d’el-Rei, Brigadeiro com regimento de cavalaria da corte, general de batalha; era filho de Maria Josefa de Távora (filha por sua vez do 1º Marquês de Távora, Luís Álvares de Távora, e de sua mulher, D. Inácia Maria de Meneses) com D. Marcos de Noronha e Brito, 4° Conde de Arcos de Valdevez, Gentil-Homem da Câmara do Infante D. Francisco.
  • 3 - D. Luísa do Pilar e Noronha (6 de janeiro de 1692), dama da Rainha D. Maria Ana de Áustria. Estando justa para casar com D. Francisco de Mascarenhas, 3° Conde de Coculim, desprezando o mundo com heroica resolução tomou o hábito das Capuchas descalças da Madre de Deus em Lisboa. Professou em dezembro de 1718 como Soror Luísa Maria de São José.
  • 4 - D. Diogo Fernandes de Almeida Portugal (21 de abril de 1698-8 de março de 1752). Porcionista do Real Colégio de São Paulo da Universidade de Coimbra, onde tomou o capelo de Doutor em Cânones em 1722; Tesoureiro-Mor da Sé ou catedral de Leiria. Outros benefícios (beneficiado de São Pedro de Torres Novas, de São Miguel de Torres Vedras, de Santa Maria de Góis, de Santa Maria de Águas Santas; deputado do Santo Oficio da Inquisição de Lisboa, acadêmico do número da Academia Real de História e um de seus censores; foi Principal da Sé Patriarcal (da Santa Igreja de Lisboa). Como «Diogo Fernandes de Almeida, dos condes de Assumar» está em 25 de março de 1737 na cerimônia de colocação da imagem do Menino Deus na igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Xabregas, da qual Ordem era Ministro; sendo depois Principal da Santa Igreja patriarcal de Lisboa . «Na Academia Real da História foi escolhido para escrever as Memórias do bispado de Miranda. Autor das seguintes obras: «Dissertação historica e apologetica na conferencia da Academia Real da Historia Portugueza, em defesa da conta que deu dos seus estudos», Lisboa, 1732. Anda no tomo XI da «Collecção de Documentos e memorias da Academia» e versa sobre as proeminências e prerrogativas que a si se arrogava o Colégio de São Pedro de Coimbra, adjudicando-se os títulos de pontifício e real, que o autor sustenta não lhe competirem; «Oração recitada na conferencia de 31 de janeiro de 1737, sendo eleito Censor», Lisboa, 1737; «Estatutos da venerável Ordem Terceira da Penitencia de São Francisco de Xabregas», Lisboa, 1742.
  • 5 - D. Francisco de Almeida Portugal Mascarenhas (31 de julho de 1701-18 de outubro de 1745 Almada). Porcionista no dito colégio de São Paulo de Coimbra, passou a servir ao Santo Ofício e foi deputado da Inquisição em Lisboa, depois Promotor na de Coimbra sendo já arcediago de São Pedro de França no bispado de Viseu. Beneficiado de São Pedro de Torres Novas. Foi acadêmico do número da Academia Real de Historia, onde trabalhou muito, e um dos censores da Academia. Principal da Santa Igreja Patriarcal de Lisboa, como o irmão.
  • 6 - D. Antônio de Almeida Portugal (16 de outubro de 1705-4 de maio de 1754). Porcionista como seus irmãos no mesmo Real Colégio de São Paulo da Universidade de Coimbra onde fez atos grandes. Arcediago de Valdiga na Sé de Lamego. Prelado ou Monsenhor Prelaticio da Santa Igreja Patriarcal de Lisboa.
  • 7 - D. José de Almeida Portugal, nascido em 22 de junho de 1714, cavaleiro professo na Ordem de São João de Malta, tendo vindo a oferecer os balções a D. João V em 1736.

Seu neto, homónimo editar

Um neto teve o mesmo nome, D. João de Almeida Portugal, nascido em Lisboa na freguesia de Arroios em 17 de novembro de 1726 e morto em 9 de junho de 1802 em Almada. Foi 3° ou 4º conde de Assumar e 2° Marquês de Alorna. 4° donatário de Assumar. Alcaide-mor de Santarém, Golegã e Almeirim; vedor da Casa Real; 3° administrador do morgadio de Vale de Nabais; comendador na Ordem de Cristo de todas as comendas do pai. Oficial-mor da Casa Real (vedor honorário da Fazenda); comendador da comenda de Moreira na Ordem de Cristo. «Desejando o pai dar-lhe educação esmerada, obteve de D. João V licença para o mandar estudar em Paris

Acadêmico ou segundo outro autor, apenas sócio, da Real Academia de História de Portugal e censor, em 1750 capitão de cavalos de um regimento da Côrte.

Sabe-se pela Gazeta de Lisboa de 10 de março de 1750 que em sua casa se vendiam os livros da biblioteca de D. Francisco de Almeida Mascarenhas, recentemente morto, «por preços muitos acomodados», às segundas, quartas e sábados a quem ali fosse com aquele fim.

Casamento editar

Em São Sebastião da Pedreira em 2 de dezembro de 1747 casou-se com Leonor de Lorena e Távora (morta em 30 de outubro de 1790), quarta filha e herdeira de D. Francisco de Assis de Távora, 3º Marquês de Távora por casamento, 3° Conde e herdeiro da Casa de Alvor e 6º Conde de São João da Pesqueira. Donatário de Vila Moura, governador de Chaves, Diretor-General da cavalaria do Reiro, 45º Vice-Rei na Índia, comendador na Ordem de Cristo de Machico, na ilha de Porto Santo, Santa Maria de Mesquitela, Santa Maria de Freixedo e de duas igrejas. Era filho de Bernardo de Távora, 2° Conde de Alvor e D. Joana de Lorena, filha do duque de Cadaval e por seu casamento com D. Leonor Tomásia de Távora, senhora e herdeira dessa casa, 6ª condessa de São João, 3ª Marquesa de Távora e 20ª donatária de Távora, Mogadouro, Paredes, Penela, Cedaveira, Ordeia, Camudais, Paradela, Valença, Castanheiro, como filha de Luís Bernardo de Távora, 4° Conde de São João e D. Ana de Lorena, filha de Nuno, duque de Cadaval, e D. Margarida de Lorena.

Condenação à Junqueira como cúmplice no regicídio editar

Sucedeu na casa e no título ao pai em 1756, por sua morte.

Estava nomeado embaixador junto a Luís XV de França quando o atentado de 3 de setembro de 1758 o encarcerou na Torre de Belém. A Marquesa foi levada para o convento de Chelas com as duas filhas menores e o filho, abandonado, com quatro anos, entregue à compaixão dos familiares de sua casa.

D. João depois foi levado ao forte da Junqueira onde ficou preso 18 anos. Pombal, ou o próprio rei D. José I de Portugal, ordenara a prisão pelo fato do Marquês se tornar suspeito, dados seus laços estreitos de parentesco com os Távora. Apesar do seu carácter severo, Pombal sempre teve consideração com aqueles fidalgos, porque nenhum Alorna figurou na triste e horrorosa tragédia de Belém.

Dos incómodos e trabalhos que sofreu, com seus companheiros do infortúnio, escreveu uma breve relação, publicada em 1857.

Morto D. José, em 24 de fevereiro de 1777, D.Maria I subiu ao trono. A 10 de maio mesmo, «para compensar a nobreza pouco afecta a Pombal, fez várias promoções: os filhos primogénitos dos condes de Redondo, São Miguel, São Paio, Vila Flor, São Lourenço e Resende receberam o título condal. O filho do visconde de Vila Nova de Cerveira foi feito visconde de Ponte de Lima, enquanto os filhos dos marqueses de Lavradio e de Alorna ascenderam, respectivamente, a condes de Avintes e de Assumar.» (Joaquim Veríssimo Serrão, História de Portugal, volume VI, página 298).

Os prisioneiros do Estado foram postos em liberdade. Alguns, porém, e entre eles Alorna, não quiseram gozar da liberdade sem que a sua inocência fosse bem reconhecida e proclamada. A rainha acedeu e em portaria de 7 de março de 1777 determinou que os presos saíssem dos cárceres e fossem residir a 20 léguas da corte até alcançarem a reabilitação. O Marquês retirou-se para a sua quinta de Vale de Nabais, perto de Almeirim, com mulher e filhas, levando também o filho do Duque de Aveiro. Dois meses depois, seu filho D. Pedro de Almeida, Conde de Assumar, foi apresentar-lhe por Ordem da soberana, o decreto em que se declarava que, em vista do parecer conforme de junta para esse fim congregada, fora considerado inocente e sem prova alguma por onde pudesse dizer-se criminoso; por isso ficava restabelecido em todas as honras e liberdades, que por diante lhe competiam.

Animado com a reabilitação, veio viver em Lisboa, recebendo em seu palácio as pessoas da mais elevada aristocracia que todas as noites ali se juntavam, e onde brilhava o talento de sua filha, D. Leonor de Almeida Portugal, futura marquesa de Alorna, consagrada como poetisa no convento de Chelas.

Preocupava-se muito com o horroroso fim dos Marqueses de Távora e seus cúmplices, e empregou seus cuidados e solicitude para obter a revisão da sentença que os condenara em julgamento especial, criado por Pombal. Só no fim de dois anos de lutas conseguiu um decreto, com a data de 10 de outubro de 1780, nomeando comissão para se encarregar da empresa. Não descansava, nem o procurador que em Lisboa trabalhava por sua ordem. O procurador, porém, irritado com os contínuos transtornos, teve a imprudência de redigir um memorial muito inconveniente e com propostas arrojadas. Este excesso de zelo pela causa por que trabalhava indignou os juízes, e a rainha manifestou seu despeito.

O velho fidalgo, então em Almeirim, teve de vir a Lisboa declarar que não autorizara nem tivera conhecimento do memorial. Os trabalhos da junta ficaram paralisados, continuando depois morosamente, até que a rainha deu ordem positiva para que os juízes se reunissem em sessão, na noite de 3 de abril de 1781 com a obrigação de lavrarem a sentença. A sessão durou até alta madrugada, e no fim de debates ficou decidido que os únicos culpados daquele atentado haviam sido o Duque de Aveiro e três dos seus criados, declarando os Távoras inocentes, a quem por isso levantaram a nota de infâmia que lhes fora imposta, reabilitando sua memória.

Se o processo feito debaixo da pressão do Marquês de Pombal fora irregular, o da revisão do processo não o era menos, e apresentando o Procurador-Geral da coroa certos embaraços à nova sentença, esta ficou sem efeito. O Marquês ainda não desistira do seu intento; suas diligências e pedidos eram incessantes; como nada conseguia, chegou a tratar com arrogância e desabridamente o ministro Marquês de Ponte de Lima, na própria secretaria do Estado. A Rainha se ofendeu, o Marquês retirou-se à sua quinta em Almeirim, onde faleceu; a marquesa já havia falecido.

Obras editar

Autor de «As prisões da Junqueira, durante o ministerio do Marquês de Pombal, escriptas alli mesmo pelo Marquês de Alorna, uma das suas victimas». Publicada conforme o original por José de Sousa Amado, presbytero secular, Lisboa, 1857. Esteve inédita durante 70 anos, e apareceram cópias com o título de: «Relação dos presos do forte da Junqueira», etc. Documento curioso pelas particularidades que encerra, acerca das pessoas e sofrimentos dos presos do Estado, que jazeram no referido forte, donde só foram postos em liberdade, em 1777, morto el-rei D. José.

Descendência editar

Referências

  1. «D. João de Almeida Portugal, 2.º conde de Assumar - Portugal, Dicionário Histórico». www.arqnet.pt. Consultado em 7 de abril de 2023 
  2. Marcos, David Martín (2015). Marcos, David Martín; Iñurritegui, José María; Cardim, Pedro, eds. «A embaixada de D. João de Almeida Portugal 2º conde de Assumar, na corte do arquiduque Carlos: Notas diarísticas, percepções e identidade». Lisboa: CHAM. Estudos & Documentos: 263–284. ISBN 978-84-7274-315-1. Consultado em 7 de abril de 2023 


Precedido por
Pedro de Almeida
Conde de Assumar
(2.º)

Sucedido por
Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos