João de Deus Mena Barreto

ex-presidente do Brasil
 Nota: Se procura o político homônimo do Império do Brasil, veja João de Deus Mena Barreto, visconde de São Gabriel.

João de Deus Mena Barreto[1] (Porto Alegre, 30 de julho de 1874Rio de Janeiro, 25 de março de 1933), general e político brasileiro, foi um dos líderes da junta governativa que governou o Brasil durante o período em que Washington Luís foi deposto, e Júlio Prestes impedido de assumir.

João de Deus Mena Barreto
João de Deus Mena Barreto
Membro da Junta Governativa Provisória
Período 24 de outubro de 1930
a 3 de novembro de 1930
Servindo com Tasso Fragoso, Isaías de Noronha
Antecessor(a) Washington Luís
(Presidente do Brasil)
Sucessor(a) Getúlio Vargas
(Presidente do Brasil)
Interventor Federal no Rio de Janeiro
Período 30 de maio de 1931
a 4 de novembro de 1931
Antecessor(a) Feliciano Sodré
Sucessor(a) Pantaleão Pessoa
Dados pessoais
Nascimento 30 de julho de 1874
Porto Alegre, Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, Império do Brasil
Morte 25 de março de 1933 (58 anos)
Rio de Janeiro, Distrito Federal
Progenitores Mãe: Rita de Cássia de Oliveira Mello
Pai: José Luís Mena Barreto
Alma mater Escola Militar da Praia Vermelha
Cônjuge Ernestina Estela de Noronha
Profissão Militar
Serviço militar
Lealdade Brasil
Serviço/ramo Exército Brasileiro
Anos de serviço 18901933
Graduação General de Divisão

Vida editar

Pelo lado paterno era membro duma tradicional família brasileira do Rio Grande do Sul, cuja árvore genealógica conta com uma respeitável ascendência nas altas patentes militares: os Mena Barreto. Pelo lado materno pertencia a uma tradicional família brasileira do Rio Grande do Sul, detentores de extensas estâncias na região fronteiriça do estado: os Oliveira Melo. Era filho de José Luís Mena Barreto e de Rita de Cássia de Oliveira Mello, foi o único homem dos quatro filhos do casal.[2]. Aos cinco anos perdeu o pai, e em 1890, quando completou 16 anos, iniciou sua carreira militar. Cursou a Escola Militar em Porto Alegre, até 1893.[2] Saindo da escola, até 1895, combateu a Revolução Federalista. Ingressou, em 1898, na Escola Militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro.

No mesmo ano que foi promovido a tenente, se casou em 8 de dezembro de 1900, no Rio de Janeiro, com Ernestina Estela de Noronha (filha de Francisco Henrique de Noronha e de Ana Eulália da Câmara Soares), com quem teve três filhos: Waldemar, João de Deus e Paulo Emílio.[2]

Em 1911, promovido a major, tornou-se adjunto de seu tio, o ministro da Guerra, marechal Antônio Adolfo da Fontoura Mena Barreto.[3]

Em 1915, foi promovido a tenente-coronel e designado comandante do 4º Regimento de Infantaria, em Curitiba.[2] Ao ser promovido coronel, em 1918, foi designado comandante do 3º Regimento de Infantaria, no Rio de Janeiro, onde permaneceu por três anos.[2]

Na década de 1920 destacou-se no comando de tropas incumbidas de deter o avanço dos revoltosos contra o governo federal.[4] Era comandante da 2ª Brigada de Infantaria, em 1922, quando participou da repressão ao levante do Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, no início do movimento tenentista.[3] Em 1924, no comando do Destacamento Norte, formado por contingentes do Exército e da Marinha,[2] combateu nova rebelião de jovens oficiais contra o governo, em Manaus, ocasião em que recebeu o título de Pacificador da Amazônia.[2]

Em seguida, assumiu o comando da 1ª Região Militar, cargo que exerceu de 17 de outubro de 1924 até 18 de maio de 1926.[5]

Ainda em 1926, foi nomeado inspetor do 1º Grupo de Regiões Militares e também eleito presidente do Clube Militar.[3]

Por sugestão sua, passou a ser comemorado a partir de 1925 o Dia do Soldado, em 25 de agosto.[4]

Seu período de governo (junta governativa) foi de 24 de outubro a 3 de novembro de 1930, junto com Isaías de Noronha e Augusto Tasso Fragoso, quando então entregaram a presidência da República dos Estados Unidos do Brasil a Getúlio Vargas, líder da Revolução de 1930. Foi convidado por Osvaldo Aranha para ocupar o ministério da Guerra do Governo Provisório de Getúlio Vargas, mas não aceitou.[2]

Foi ainda nomeado interventor federal no estado do Rio de Janeiro de 30 de maio a 4 de novembro de 1931 e depois, foi nomeado ministro do Superior Tribunal Militar, por decreto de 7 de novembro do mesmo ano, tendo falecido no exercício deste cargo, no posto de general de brigada, promovido, após a morte, ao posto de general de divisão.[4]

Ver também editar

Referências

Fontes editar

  • KOIFMAN, Fábio (organizador). Presidentes do Brasil. Editora Rio, 2001.

Ligações externas editar

 
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Precedido por
Alfredo Ribeiro da Costa
16º Comandante da 1ª RM
1924 — 1926
Sucedido por
Octávio de Azeredo Coutinho
Precedido por
Washington Luís
Junta Governativa Provisória de 1930
24 de outubro a 3 de novembro de 1930
Sucedido por
Getúlio Vargas
Precedido por
Plínio de Castro Casado
Interventor no Rio de Janeiro
30 de maio a 4 de novembro de 1931
Sucedido por
Pantaleão da Silva Pessoa