Joaquim Furtado
Joaquim da Silva Furtado (Penamacor, 20 de abril de 1948) é um jornalista português. Foi também diretor de programação da RTP na década de 1990.
Joaquim Furtado | |
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Nome completo | Joaquim da Silva Furtado |
Nascimento | 20 de abril de 1948 (74 anos) Penamacor |
Nacionalidade | Português |
Cônjuge | Helena Furtado |
Ocupação | Jornalista |
Prémios | Grande Prémio do Jornalismo (1992) Grande Prémio Gazeta (2007) |
BiografiaEditar
Nascido em Penamacor, em 1948, Joaquim Furtado veio ainda criança para Lisboa. Por volta dos 18 anos iniciou-se no jornalismo. Em 1966 a Rádio Universidade, uma das criações da Mocidade Portuguesa abriu um concurso e Joaquim Furtado, candidatou-se e foi aceite, depois de uma prova que consistiu em fazer uma reportagem imaginária. Aberta à experimentação do ponto de vista técnico, o jovem não deixou de sofrer aí as condicionantes da censura, ao tentar revelar um poema de António Gedeão sobre o Natal[1]. A seguir terá uma passagem pelo Rádio Clube Português, no programa Tempo Zip, uma extensão radiofónica do Zip-Zip, de Raúl Solnado, Fialho Gouveia e Carlos Cruz. A experiência não durou muito, porque o jovem locutor seria chamado para a tropa. [2]
Ao fim de três anos, de regresso ao Rádio Clube, é lá que se encontra na madrugada do golpe de 25 de Abril de 1974. Com a ocupação da estação pelos militares do Movimento das Forças Armadas, seria a Joaquim Furtado que caberia a leitura do primeiro comunicado oficial do movimento.[3]
Em fevereiro de 1975, obtida a carteira profissional de jornalista, mudou-se para a Radiotelevisão Portuguesa convidado por Álvaro Guerra.[4] No início de 1977 foi suspenso preventivamente do canal público por, alegadamente, ter feito uma reportagem que o governo achou incorreta, sobre a colocação de professores. No entanto, poucas semanas depois o processo foi arquivado. Em finais da década de 1970, juntamente com Joaquim Vieira, foi o autor do programa Os Anos do Século, onde era feita uma retrospetiva analítica do século XX.[5]
A 10 de junho de 1991, foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.[6]
Furtado manteve-se sempre na RTP e, em finais de 1995, que até aí estava colocado na RTP2, foi nomeado diretor-coordenador da informação e programação da RTP. Em 1998, numa altura em que já preparava a sua demissão, seria destituído pela administração da RTP, acusado de ter uma atitude de afastamento em relação à estrutura da empresa.[7]
Foi autor da série documental A Guerra, dedicada à Guerra do Ultramar, repartida por quatro temporadas, com o total de 42 episódios, transmitida pela RTP entre 2007 e 2013, e pela qual recebeu Grande Prémio Gazeta 2007 atribuído pelo Clube dos Jornalistas.
Casado com Maria Helena Cardoso Garcia da Fonseca, do Sabugal, Souto, é pai da apresentadora de televisão Catarina Furtado e de Marta Cardoso Garcia da Fonseca Furtado.
FilmografiaEditar
- Conversa Acabada (1981)