Jornal de Angola

jornal de angola

O Jornal de Angola é um jornal diário angolano publicado em Luanda, sendo o mais antigo ainda em circulação do país, bem como o de maior audiência, com uma quota de 53,6%, em 2016.[1] Publicado e de propriedade da editora Edições Novembro,[2] está sob controlo do Estado angolano desde 1975.

Jornal de Angola
Logotipo Jornal de Angola.png
Periodicidade Diário
Sede Rua Rainha Ginga, 12-26, Luanda
País Angola
Slogan Paixão pela imprensa
Fundação 16 de agosto de 1923 (99 anos)
Proprietário Edições Novembro E.P.
Editora Edições Novembro E.P.
Diretor Drumond Jaime
Idioma Português
Circulação Nacional
ISSN 9770446951006
Sítio oficial jornaldeangola.ao

O jornal publica notícias diárias sobre política interna e externa, economia, desporto, cultura, sociedade e a reconstrução nacional. Sua circulação diária é de cerca de 50 000 exemplares. A folha utiliza ANGOP, Agence France-Presse, Reuters, EFE, Prensa Latina e Lusa como fontes internacionais de notícias. O presidente do conselho de administracão das Edições Novembro é Víctor Silva, que também é o director do Jornal de Angola.[3]

Até 2008, o jornal era o único quotidiano em Angola após a independência do país em 1975. Para além do jornal impresso, há a edição eletrónica. O jornal mantém escritórios editoriais em todas as dezoito províncias do país.

HistóricoEditar

Foi fundado por Adolfo Pina[4] em 16 de agosto de 1923,[5] com periodicidade semanal, sendo efetivamente o primeiro periódico de jornalismo profissional angolano.[6] Recebeu inicialmente o nome de "A Província de Angola", sendo um marco na comunicação jornalística angolana.[6][7]

Inicialmente o jornal era impresso na Tipografia Mondego mas, em 5 de junho de 1924, passou a ser impresso na até então Empresa Gráfica de Angola-SARL (EGA; atual Edições Novembro).[8][9]

De 16 de agosto de 1923 a 4 de agosto de 1924 foi uma publicação hebdomadária, data a partir da qual passou a ser publicado duas vezes por semana. Em 4 de outubro de 1926 passou a jornal diário vespertino de pequeno formato e em 15 de agosto de 1933 a jornal diário matutino com formato grande.

Foi publicado até 30 de junho de 1975 com o nome "A Província de Angola", sob responsabilidade editorial da EGA.[10] Seu último diretor jornalistico como "A Província" foi Ruy Correia de Freitas.[10] Após a independência de Angola, ainda em 1975, a EGA passa a o publicar com o nome "Jornal de Angola".[7] Em 1976 a própria EGA é finalmente nacionalizada, passando a chamar-se Edições Novembro, permanecendo como editora do "Jornal de Angola".[8]


Ver tambémEditar

Referências

  1. «Publicidade em Angola». Media Booking. Consultado em 21 de Junho de 2016 
  2. «A escola da notícia chamada Jornal de Angola». Jornal de Angola. 26 de junho de 2011 
  3. «Ficha Técnica e Contactos». Jornal de Angola. Consultado em 2 de maio de 2016 
  4. Tania Macêdo, Rita de Cássia Natal Chaves, Suely Fadul Villibor Flory (2007). Literaturas de língua portuguesa. Angola. 4. [S.l.]: Arte & Ciência. p. 41. 171 páginas. ISBN 8574733393. Consultado em 27 de abril de 2015 
  5. Antonio Hohlfeldt, Caroline Corso de Carvalho (2012). «A imprensa angolana no âmbito da história da imprensa colonial de expressão portuguesa / O desenvolvimento da imprensa». Intercom: Revista Brasileira de Ciências da Comunicação. Consultado em 27 de abril de 2015 
  6. a b Hohlfeldt, Antonio.; Carvalho, Caroline Corso de.. A imprensa entre o civismo, o papel histórico e o sensacionalismo: A imprensa angolana no âmbito da história da imprensa colonial de expressão portuguesa. São Paulo: Intercom: Revista Brasileira de Ciências da Comunicação. Vol. 35 nº 2. jul./dez. 2012
  7. a b Rocha, João Manuel. Os jornais diários de Luanda em vésperas da guerra colonial. Revista Ler História. Edição 74. 25 junho 2019. p. 213-238.
  8. a b Quem Somos. Edições Novembro. 2020.
  9. «Quem somos». Edições Novembro E.P. Consultado em 27 de abril de 2015 
  10. a b «Entrevista a Ruy Correia de Freitas (1922-2009)». Notícias Lusófonas. 22 de Outubro de 2009. Consultado em 27 de abril de 2015 

Ligações externasEditar

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