José Antônio da Silva

pintor brasileiro

José Antonio da Silva (Sales de Oliveira, 12 de março de 1909São Paulo, 1996) foi um pintor brasileiro.

José Antonio da Silva
Nome completo José Antonio da Silva
Nascimento 12 de março de 1909
Sales de Oliveira, São Paulo,
 Brasil
Morte 08 de agosto de 1996 (87 anos)
São Paulo, São Paulo,  Brasil
Ocupação Pintor, Desenhista, Escritor, Escultor, Repentista

Biografia editar

Artista (pintor e escritor) autodidata, pintou o desbravamento e a implantação da agricultura na região noroeste do estado de São Paulo. Viveu a maior parte de sua vida na cidade de São José do Rio Preto onde existe um museu, fundado por ele próprio, com algumas de suas obras. É considerado um artista naif ou primitivo. Autor de livros, como o "Romance de minha vida", publicado em 1949, "Maria Clara" em 1970 e "Sou pintor, sou poeta" em 1981, Também gravou dois Long Plays em Vinil contando "causos" e falando sobre sua vida. Foi retratado em um curta-metragem dirigido por Carlos Augusto Calil " Quem não conhece o Silva?". Retratou em sua obra a transformação da mata em lavoura e a transformação de um país agrário em urbano.[1]

Em 1931, José Antônio da Silva mudou-se para São José Do Rio Preto. Participou da exposição de inauguração da Casa de Cultura da cidade, em 1946, suas pinturas chamaram atenção dos críticos, Lourival Gomes Machado (1917-1967) Paulo Mendes de Almeida (1905-1986) e do filósofo João Cruz e Costa. A partir daí o autodidata de formação, que exerceu também atividades na lavoura até ser descoberto.

Características de suas obras editar

As características de suas primeiras obras são de cores mais frias e escuras, a partir de 1948, realiza paisagens de caráter mais lírico, empregando uma gama cromática mais viva e variada. Nesta época mostra influencia do artista Van Gogh, baseado no pontilhismo.

Apresenta em suas telas espaços amplos, abertos e temas ligados a vida no campo, como "o algodoal", "os cafezal" e o "boi no pasto", que acabam tornando-se sua produção mais conhecida. Como nota o crítico P.M. Bardi, o artista revela grande espontaneidade na abstração dos detalhes em suas telas, onde, por exemplo, fileiras de pontos brancos indicam o algodoal. Destacam-se em sua obra o desenho expressivo, o senso da cor e o caráter de fantasia. Silva percorre uma grande variedade de temas: natureza-morta, pintura sacra, marinha, pintura histórica e de gênero. Algumas telas possuem um tom irônico. Nos quadros realizados a partir da década de 1970, o artista cria maior distinção entre a figura e o plano de fundo, empregando também grandes planos de cores.[1]

Arte Naïf editar

Naif da língua francesa, em uma tradução livre significa ingênuo, este termo é usado como nome a uma vertente de arte moderna que hoje é mundialmente reconhecida.

A arte “naif”, também conhecida por muitos de “arte primitiva moderna”, expressão criada por Georges Kasper, caracteriza em seu interior a “sutileza” e a “ingenuidade” do artista, que sem referências culturais limitadores e sem conhecimento teórico , retrata em suas telas beleza e simplicidade.

O artista “naif” ou primitivos modernos, ao contrário dos primitivos tradicionais (pré-história), não são produtos de um estado de evolução cultural. Sem modelos, os “Naifs” enfocam em temas variados, predominando cenas da vida cotidiana (rurais ou urbanas), geralmente com minuciosas descrições e preciosos detalhes.

É único, não continua uma tradição e nem rompe com uma por não a ter estudado, não se preocupa com normas impostas pelas academias e críticos de arte.

Desproporções, cores vibrantes, ausência de profundidade e criatividade espontânea, passam a ser as principais características desses artistas autodidatas.

Os ingênuos sempre existiram durante a história da arte, porém nunca se havia dado devida atenção a eles, foi quando no final do século XIX princípio do século XX junto ao Expressionismo e o Fovismo, despertou o olhar para a arte “elementar”, o pintor de domingo, a arte da criança e do selvagem, pois se via a mudança na predominância de valores da esfera intelectual ou racional do homem para a área intuitiva ou emocional da arte, assim passava a acreditar em obras autenticas nascendo a vertente a arte Naif, com seu precursor Henri Rousseau.

Referências

  1. a b «José Antônio da Silva». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 29 de janeiro de 2016 

Ligações externas editar

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