José Joaquim Gomes de Vilhena

político e juiz português (1844-1925)

José Joaquim Gomes Nobre de Vilhena GCNSC (Beja, Santa Clara de Louredo, 3 de Outubro de 1844 - Ferreira do Alentejo, Ferreira do Alentejo, 24 de Dezembro de 1925), 1.º Visconde de Ferreira do Alentejo, foi um político e juiz português. É considerado como uma das figuras notáveis na história da vila de Ferreira do Alentejo.[1]

José Joaquim Gomes de Vilhena
Nascimento José Joaquim Gomes Nobre de Vilhena
1844
Beja
Morte 24 de dezembro de 1925
Cidadania Portugal, Reino de Portugal
Alma mater
Ocupação juiz, prefeito
Prêmios
  • Grã-Cruz da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa

Biografia editar

Filho de João Francisco de Vilhena (Ferreira do Alentejo, Ferreira do Alentejo, 16 de Outubro de 1806 - ?) e de Henriqueta de Melo Garrido.[carece de fontes?] Nasceu num palacete no centro da vila, na Rua Visconde de Ferreira.[2] Pertenceu à família Vilhena, que foi uma das mais importantes na história de Ferreira do Alentejo, em conjunto com a Pessanha, tendo sido responsáveis por uma fase de renovação urbanística da vila, na transição para o século XIX.[2]

Foi Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.[2] Exerceu como Presidente da Câmara Municipal da sua terra natal, e juiz substituto da comarca.[2] Foi o líder local do Partido Regenerador, e Par do Reino eletivo.[2] O título de 1.º Visconde de Ferreira do Alentejo foi-lhe concedido por Decreto de D. Luís I de Portugal de 12 de Março de 1885.[3] Nos finais do século, a Junta da Paróquia encomendou o quadro Assunção de Nossa Senhora ao artista Eloy Amaral, para o interior da Igreja Matriz, obra que custou 150 mil Réis, dos quais um terço foram pagos pelo Visconde de Vilhena.[4] Em 1913 ofereceu uma lápide sepulcral e uma base de mármore romanas, encontradas em Santa Margarida do Sado.[5]

Casou em 1873 com sua prima Amélia Augusta de Vilhena (Alcácer do Sal, Vale de Guizo, 1 de Novembro de 1853 - Ferreira do Alentejo, Ferreira do Alentejo, 29 de Janeiro de 1951), filha de Manuel de Vilhena e de sua mulher Bertília Maria, com geração.[3] Faleceu em 24 de Dezembro de 1925.[2]

Foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e a Ordem de Isabel a Católica de Espanha.[3] A casa onde nasceu foi igualmente classificada como Imóvel de Interesse Municipal,[6] e o nome de Visconde de Ferreira foi colocado na rua onde se situa esta casa, em Ferreira do Alentejo.[2]

Referências

  1. «Plano Estratégico de Desenvolvimento de Ferreira do Alentejo: Diagnóstico Estratégico» (PDF). Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo e Sociedade Portuguesa de Inovação. Fevereiro de 2019. p. 107. Consultado em 8 de Novembro de 2021 
  2. a b c d e f g Revisão do PDM de Ferreira do Alentejo: Caracterização do Património Municipal. Ferreira do Alentejo: Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo. Abril de 2010. p. 6-7. Consultado em 8 de Novembro de 2021 
  3. a b c "Nobreza de Portugal e do Brasil", Direcção de Afonso Eduardo Martins Zúquete, Editorial Enciclopédia, 2.ª Edição, Lisboa, 1989, Volume Segundo, p. 590
  4. FALCÃO, José António (2016). «Ferreira do Alentejo: Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção». Terras sem Sombra. Beja: Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja e Pedra Angular - Associação dos Amigos do Património da Diocese de Beja. p. 146. Consultado em 8 de Novembro de 2021 – via Issuu 
  5. CHAVES, Luís (1914). «Aquisições do Museu Etnológico Português» (PDF). O Archeologo Português. 1.ª Série (Volume XIX). Lisboa: Museu Etnológico Português. p. 370. Consultado em 8 de Novembro de 2021 – via Direcção-Geral do Património Cultural 
  6. CARVALHO, Rosário; RAMALHO, Maria (2016) [2006]. «Casa na Rua do Visconde de Ferreira, 17». Património Cultural. Direcção-Geral do Património Cultural. Consultado em 8 de Novembro de 2021 

Leitura recomendada editar

  • Ferreira do Alentejo: Documentos para a sua História. (Quatro volumes). Ferreira do Alentejo: Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo. 2004–2008