José de Jesus Maria Mayne

naturalista português

Sua Paternidade Reverendíssima Frei José de Jesus Maria Mayne (7 de junho de 1723 – 23 de dezembro de 1792) foi um sacerdote católico português que ocupou vários postos importantes, como o de Ministro-geral da Terceira Ordem Regular de São Francisco, Capelão-mor da Real Armada, e confessor de D. Pedro III.[1]

Fr. José de Jesus Maria Mayne
José de Jesus Maria Mayne
Retrato de Frei José Mayne
Nascimento 7 de junho de 1723 (300 anos)
Porto, Portugal
Morte 23 de dezembro de 1792
Lisboa, Portugal
Cidadania Reino de Portugal
Ocupação naturalista

José Mayne está intimanente associado à história da Academia de Ciências de Lisboa. Acompanhando a era do Iluminismo, instituiu uma escola de história natural integrada na Academia: estabelecendo para tal um gabinete de curiosidades pela doação da sua importante coleção e fez grandes contribuições para a biblioteca.

O interesse de Mayne por história natural e ciência destaca-se pelo estudo das maravilhas da Criação como via para combater os pontos de vista filosóficos materialísticos lançados por pensadores estrangeiros em França (Voltaire, Rousseau, Helvétius, Boulanger, Diderot, Robinet, La Mettrie) and Britain (Hobbes, Locke, Berkeley, Coward, Cudworth, Dodwell, Toland, Collins), aos quais se opunha, considerando-os destrutivos da religião e do estado.[2][3]

Obras editar

  • Declamação evangelica na trasladação de Sancta Rosa de Viterbo, recitada no convento de Nossa Senhora de Jesus (Lisboa, Miguel Manescal da Costa, 1757)[1]
  • Dissertação sobre a alma racional, onde de mostram os fundamentos da sua immortalidade (Lisboa, Regia Offic. Typ., 1778)[1]

Referências

  1. a b c Silva, Innocencio Francisco da (1860). Diccionario Bibliographico Portuguez [Portuguese Bibliographic Dictionary]. V. Lisboa: Imprensa Nacional. pp. 70–71 
  2. Ferreira, Breno Ferraz Leal (2018). «A teologia natural na cultura científica da Ilustração portuguesa: Oratorianos e Franciscanos (1750-1800)» [Natural theology in the scientific culture of Portuguese Enlightenment: Oratorians and Franciscans (1750-1800)]. Rev. Hist. (São Paulo) (177). doi:10.11606/issn.2316-9141.rh.2018.138518 . Consultado em 5 de maio de 2020 
  3. Ferreira, Breno Ferraz Leal (2014). «Um Iluminismo libertino» [A libertine Enlightenment]. Topoi (Rio J.). 15 (29): 679–684. doi:10.1590/2237-101X015029013  

Notas editar