Judenkiewer Spandau

Judenkiewer Spandau é um cemitério antigo dos judeus moradores de Spandau, bairro de Berlim. Foi documentalmente citado em 1324. A denominação Kiewer é derivada com grande probabilidade da palavra da língua hebraica e língua iídiche קבר kejwer (sepultura).

Pedra sepulcral de um tal Jonas, filho de Dan, de 1244

Trata-se de um local disponibilizado aos judeus de Spandau (localidade) para sepultamentos, fora dos muros da cidade. Estes deveriam pagar por sua utilização um preço de um Schock e 13 grossos, e além disto uma taxa de sepultamento e um pedágio.[1] Durante longo tempo – comprovado por documentos de pelo menos entre 1436 e 1442 – o Spandauer Judenkiewer foi também local de sepultamento dos judeus de Berlim.[2]

Em 1510 os judeus foram expulsos da Marca de Brandemburgo ena sequência o cemitério foi desfeito. As matzevas foram usadas entre 1520 e 1533 como material de construção da Cidadela de Spandau.[3] Diversas destas pedras foram recuperadas no século XX. No total existem ainda cerca de 70 pedras e fragmentos dos anos 1244 a 1474, que possivelmente[4] são originárias de diversos cemitérios de Spandau e Berlim. A pedra sepulcral de um tal Jonas, filho de Dan, de 1244, é a mais antiga preservada pedra judaica da Marca de Brandemburgo. Uma parte das pedras pode ser vista na janela arqueológica da Cidadela de Spandau. Quatro das pedras estão no Jüdischer Friedhof Heerstraße e duas outras no Museu Judaico de Berlim.

Referências

  1. Joachim Pohl (1 de dezembro de 2009). «Die mittelalterlichen jüdischen Grabsteine und Gemeindeeinrichtungen in der Stadt Spandau». Aschkenas - Zeitschrift für Geschichte und Kultur der Juden. Consultado em 12 de janeiro de 2018 
  2. Siegfried Moses: Zur Geschichte des Friedhofs- und Beerdigungswesens der jüdischen Gemeinde zu Berlin. In: Gemeindeblatt der Jüdischen Gemeinde zu Berlin, 8/1912, p. 104–105 (Teil 1); 11/1913, p. 131–133 (Teil 2); 8/1915, p. 95–97 (Teil 3)
  3. Günter Stein: Ein Schloßbau Joachims I. Baugeschichtliche Untersuchungen auf der Spandauer Zitadelle. In: Jahrbuch für brandenburgische Landesgeschichte, Jg. 8 (1957), p. 55–69, aqui p. 56.
  4. Assim esclarece Pohl (2009). Christophersen (2012) ao contrário diz que trata-se de pedras de um único cemitério de Spandau, que foi usado como local central de sepultamento de judeus da Mittelmark.

Bibliografia editar

  • Alfred Etzold, Joachim Fait, Peter Kirchner, Heinz Knobloch: Die jüdischen Friedhöfe in Berlin. Henschel Verlag Berlin 1991, ISBN 3-362-00557-8
  • Michael Brocke: Die hebräischen jüdischen Grabmale in Spandau 1244-1474. In: Ausgrabungen in Berlin. Forschungen zur Ur- und Frühgeschichte, Berlin 9 (1994) p. 8–116 (66 Steine und Fragmente, ediert, übersetzt und kommentiert. Mit Abb.)
  • Jörn Roland Christophersen: Jüdische Friedhöfe und Friedhofsbezirke in der spätmittelalterlichen Mark Brandenburg. In: Sigrid Hirbodian, Christian Jörg, Sabine Klapp und Jörg R. Müller (Eds.): Pro multis beneficiis. Festschrift für Friedhelm Burgard. Forschungen zur Geschichte der Juden und des Trierer Raums. Kliomedia, Trier 2012, p. 129–146. (Trierer historische Forschungen 68), ISBN 978-3-89890-175-8