Konoe Motohiro

21º Líder dos Konoe Fujiwara

Konoe Motohiro (近衛 基熈, 16481722) foi um nobre japonês do período Edo, pertencente ao ramo Konoe do Clã Fujiwara, e foi regente (Kampaku) do Imperador Higashiyama no período de 1690 à 1703.[1]

Konoe Motohiro
Konoe Motohiro
Nascimento 28 de abril de 1648
Japão
Morte 13 de outubro de 1722
Sepultamento Daitoku-ji
Cidadania Xogunato Tokugawa, Japão
Progenitores
Cônjuge Tsuneko-naishinnō
Filho(a)(s) Konoe Iehiro, Ōinomikado Nobuna, Konoe Hiroko, Konoe Shūshi
Ocupação Daijō Daijin

Biografia editar

Motohiro perdeu seu pai Hisatsugu e sua mãe ainda jovem; seu avô era um irmão mais novo do Imperador Go-Mizunoo, que fora adotado pela família Konoe. [2]

Quando Motohiro tinha 16 anos (1664) se casou com Shinanomiya Tsuneko, então com 22 anos, filha do Imperador Go-Mizunoo. Nos primeiros dois anos após o casamento, não foram para a mansão de sua esposa, ao invés disso continou a morar na residência da família Konoe, até arranjar uma nova casa dois anos após o casamento. Ele teve com ela três filhos: sua filha Hiroko (n. 1666), que depois se casaria com o sexto shogun, Tokugawa Ienobu, Iehiro seu filho mais velho (1667) se casou com a filha mais velha do Imperador Reigen, e passou a ocupar vários dos cargos de mais alta patente na Corte; seu terceiro filho, Nobuna (1669-1684), esteve doente durante toda a sua vida e morreu com 15 anos de idade. [3]

Na corte editar

Em dezembro de 1654 Motohiro entrou para a corte durante o governo do Imperador Go-Mizunoo como Shōgoi (funcionário da Corte de quinto escalão sênior) e nomeado Sakonnoe-gon-shōshō (subcomandante da ala esquerda da guarda do palácio). Em 1655 já durante o governo do Imperador Go-Sai, foi promovido diretamente para Jusanmi (funcionário de terceiro escalão júnior). Em 1656 foi nomeado Chūnagon e em 1658) passou a ser Dainagon. Em junho de 1665, aos 18 anos já no reinado do Imperador Reigen, Motohiro foi nomeado Naidaijin, [4] em 1671 Udaijin [5] e em 1677 Sadaijin.[6]

Em 2 de maio de 1687 o Imperador Reigen abdica em favor de seu quinto filho, o futuro Imperador Higashiyama. E começa a governar como imperador aposentado; após a abdicação, Reigen passa a morar no Sentō-gosho (o palácio do ex-imperador). [7] Iniciou-se uma disputa entre Reigen que desejava reconquistar a administração da Corte o mais rápido possível e Motohiro que desejava manter a política tradicional, enquanto cooperava com o governo do shogun Tsunayoshi. A Investida de Reigen não acabou dando resultados e em 1690 Motohiro foi nomeado Kampaku do Imperador Higashiyama [8] [9] cargo que ocupa até 1703, quando abdica em favor de Takatsukasa Kanehiro.

Em maio de 1709, quando o Shogun Tsunayoshi faleceu, Ienobu se tornou o novo shogun. Houve um aprofundamento do relacionamento entre Motohiro e o shogunato (uma filha de Motohiro casou-se com Ienobu). [10]. Em junho Motohiro foi o responsável pela passagem do trono do imperador Higashiyama para o imperador Nakamikado e em outubro foi nomeado Daijō Daijin cargo que estava vago desde 1632 quando foi ocupado por Tokugawa Hidetada. [11]

Motohiro veio a falecer em 1722 deixando como herdeiro seu filho Iehiro

Precedido por
Hisatsugu
  -- 21º Líder dos Konoe Fujiwara
1653 - 1711
Sucedido por
Iehiro
Precedido por
Tokugawa Hidetada
Daijō Daijin
1709 – 1711
Sucedido por
Konoe Iehiro
Precedido por
Ichijō Kaneteru
Kampaku
1690 – 1703
Sucedido por
Takatsukasa Kanehiro
Precedido por
Kujō Kaneharu
Sadaijin
1677 – 1691
Sucedido por
Takatsukasa Kanehiro
Precedido por
Kujō Kaneharu
Udaijin
1671 – 1677
Sucedido por
Ichijō Kaneteru
Precedido por
Kujō Kaneharu
Naidaijin
1665 – 1671
Sucedido por
Tokudaiji Sanefusa


Referências

  1. «Konoe Motohiro». Konoe-Ka (Sekke). (em japonês) 27 de setembro de 2007. Consultado em 19 de outubro de 2020
  2. Joyce Ackroyd (1979), Told Round a Brushwood Fire: The Autobiography of Arai Hakuseki, University of Tokyo Press, (em inglês) p. 313
  3. Cecilia Segawa Seigle, (2002) Shinanomiya Tsuneko: Portrait of a Court Lady, in Anne Walthall , The Human Tradition in Modern Japan,(em inglês) Scholarly Resources, Inc. , p. 3-24
  4. Lillehoj, Elizabeth (2003). Critical Perspectives on Classicism in Japanese Painting,. 1600-1700 (em inglês). [S.l.]: University of Hawaii Press, p. 161 
  5. Ferretti, Valdo (2012). L'impugnatura del ventaglio: un affare di stato nel Giappone del '700 (em italiano). [S.l.]: Edizioni Nuova Cultura, p. 60 
  6. Ferretti (2012). L'impugnatura del ventaglio. [S.l.]: , p. 66 
  7. Ponsonby-Fane, Richard. (1956). Kyoto: The Old Capital of Japan, 794–1869, Ponsonby Memorial Society, p. 342.
  8. Walthall, Anne (2002). The Human Tradition in Modern Japan (em inglês). [S.l.]: Rowman & Littlefield Publishers, p. 14 
  9. East and West. Volume 46,Edições 1-2 (em inglês). [S.l.]: Istituto italiano per il Medio ed Estremo Oriente, pp 170-172. 1996 
  10. Allen, Louis; Watanabe, Shoichi (1989). The Peasant Soul of Japan (em inglês). [S.l.]: Springer, p. 162 
  11. Nakai, Kate Wildman (1988). Shogunal Politics:. Arai Hakuseki and the Premises of Tokugawa Rule (em inglês). [S.l.]: Council on East Asian Studies, Harvard University, p. 386