Cunlum

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Cunlum[1][2] ou Cuenlum[3][4][5] (chinês simplificado: 昆仑山, chinês tradicional: 崑崙山, pinyin: Kūnlún Shān) é uma das maiores cordilheiras da Ásia, estendendo-se ao longo de mais de 3000 km.

A região da cordilheira Cunlum
Pico na cordilheira Cunlum

Estende-se ao largo da fronteira ocidental da China, até ao sul, ao lado da cordilheira do Pamir, curvando-se para este para formar a fronteira norte do Tibete. Segue a sul do que se denomina actualmente a bacia do Tarim, o famoso Taclamacã ou deserto das "casas enterradas na areia", e o deserto de Gobi. A cordilheira tem dezenas picos de altitude superior aos 6000 metros. Os seus limites variam consoante as fontes consultadas. O pico mais alto pode ser o Liushi Shan (7167 m), na parte ocidental, mas a parte oriental é por vezes considerada como pertencente à cordilheira Pamir (neste caso os três picos mais altos serão o Kongur Tagh (7719 metros), o Dingbei (7625 metros) e o famoso Mutzagata (7546 metros), picos que se encontram na cordilheira Arkatag dentro do complexo de cordilheiras).


Para sul, um ramo das Montanhas Cunlum dá lugar à zona de captação das bacias dos dois maiores rios da China, o rio Yangtzé e o Rio Amarelo. A cordilheira formou-se no lado norte da placa indiana durante a sua colisão no final do Triássico com a placa euroasiática, dando lugar ao fecho do oceano Paleo-Thetys.

Mitologia editar

As montanhas Cunlum são muito conhecidas na mitologia chinesa, e considera-se que incluem o paraíso taoísta. O primeiro a visitar esse paraíso foi, segundo a lenda, o rei Mu (1001-947 a.C.) da dinastia Zhou. Supostamente, descobriu o Palácio de Jade de Huangdi, o mítico Imperador Amarelo, e encontrou Xiwangmu, a Rainha Mãe do Oeste, que também tem o seu mítico refúgio nestas montanhas.

Referências

  1. EBM 1967, p. 5.
  2. SCHULBERG, L. Índia Histórica. Tradução de J. A. Pinheiro de Lemos. Rio de Janeiro. Livraria José Olympio Editora. 1979. pp.8,9.
  3. SCHAFER, E. H. China Antiga. Tradução de Maria de Lourdes Campos Campello. Rio de Janeiro. Livraria José Olympio Editora. 1979. p.8
  4. Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. ISSN 1830-7809. Consultado em 13 de janeiro de 2022 
  5. Correia, Paulo (Primavera de 2022). «Se não é verdade, é bem achado — cores e pontos cardeais» (PDF). a folha – Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. Consultado em 27 de julho de 2022 

Bibliografia editar

  • Enciclopédia Brasileira Mérito Vol. XI. São Paulo: Mérito S. A. 1967 
 
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