Lídia Brondi
Esta biografia de uma pessoa viva cita fontes, mas que não cobrem todo o conteúdo. (Dezembro de 2011) |
Lídia Brondi Resende Mendes (Campinas, 29 de outubro de 1960)[1] é uma psicóloga e ex-atriz brasileira. Em 1992 deixou a carreira na atuação para atender como psicóloga.[2]
Lídia Brondi | |
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Nome completo | Lídia Brondi Rezende Mendes |
Nascimento | 29 de outubro de 1960 (62 anos) Campinas, São Paulo |
Nacionalidade | brasileira |
Ocupação | |
Atividade | 1974–1992 |
Cônjuge |
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Outros prêmios | |
Prêmio Mambembe de atriz revelação, em 1981, pela peça Calúnia |
BiografiaEditar
Filha de Lilya Brondi e do pastor presbiteriano reverendo Jonas Neves Rezende,[3] falecido em 10 de março de 2017. Lídia, aos dois anos de idade, mudou-se com a família de Campinas para Ribeirão Preto e, sete anos depois, para o Rio de Janeiro, onde seu pai fora trabalhar.[4] Suas primeiras experiências com atuação se deram em apresentações amadoras na comunidade da Igreja Presbiteriana de Ipanema, na qual Jonas era pastor.[5][6] Levada à TV Educativa do Rio pelo pai (que lá trabalhava) fez testes e ganhou o papel principal em Márcia e seus Problemas (1975), série pedagógica elaborada sob orientação do psicólogo Vilena de Moraes.[5][6][7]
CarreiraEditar
Após testes com o diretor Walter Avancini, Lídia ingressou na Rede Globo, líder de audiência na televisão brasileira, estreando na telenovela O Grito (1975), de Jorge Andrade. Logo em seguida participou de duas telenovelas das 18h - O Feijão e o Sonho (1976) e À Sombra dos Laranjais (1977). Ganha maior notoriedade em Espelho Mágico (1977), onde sua interpretação de Beatriz, uma adolescente em conflito com a mãe (Glória Menezes) e o padrasto (Tarcísio Meira), lhe rendeu o prêmio APCA de atriz revelação.[5][8] No ano seguinte, atinge novo patamar de popularidade com Dancin' Days (1978-9), de Gilberto Braga, um dos maiores sucessos da teledramaturgia na década de 1970. Nela, Lídia incorporava a orfã Vera Lúcia, par romântico de Beto, defendido por Lauro Corona, outra jovem promessa da emissora.[9]
No cinema, Lídia estreou em 1980, em Perdoa-me por Me Traíres, de Braz Chediak, baseado na obra do dramaturgo Nelson Rodrigues, protagonizado por Vera Fischer e Nuno Leal Maia. Contudo, o seu filme mais famoso é O Beijo no Asfalto (1981), também baseado na obra de Nelson Rodrigues e dirigido por Bruno Barreto, que levou 880 mil espectadores aos cinemas.[8][10] Enveredaria pela tela grande ainda uma terceira vez, em 1987, participando do filme Rádio Pirata, de Lael Rodrigues.
Paralelamente aos papéis em telenovelas como Baila Comigo (1981), O Homem Proibido (1982), Final Feliz (1982-3) e Transas e Caretas (1984), encetou carreira no teatro, estreando nos palcos no infantil Passageiros da Estrela (1980), de Sérgio Fonta. Em 1981, venceria o Troféu Mambembe de atriz revelação por sua atuação na peça Calúnia, de Lilian Hellman, dirigida por Bibi Ferreira, onde encarnava uma estudante problemática que difamava duas professoras, acusando-as de terem uma relação lésbica.[11]
Na segunda metade dos anos 1980, Lídia se consolidaria como uma das atrizes mais bem sucedidas de sua geração, atuando no período em três telenovelas que estão entre os dez maiores sucessos da história do gênero no paísː[12] Roque Santeiro (1985), onde interpretou Tânia Malta, a filha do Coronel Sinhozinho Malta (Lima Duarte); Vale Tudo (1988), no papel de Solange Duprat; e Tieta (1989), onde incorporou Leonora, enteada da personagem-título.[8] A repercussão de sua personagem em Vale Tudo, uma bela e sofisticada produtora de moda enganada pela alpinista social Maria de Fátima (Glória Pires), foi tamanha que o corte de cabelo usado na caracterização (franjas curtas) foi maciçamente imitado pelas mulheres da época.[13] Em 1990, interpreta a jovem Fernanda, humilhada pela empresária Isadora Venturini (Sílvia Pfeifer) em Meu Bem, Meu Mal, de Cassiano Gabus Mendes.
Em 1992, Lídia retirou-se da carreira artística após ter crises de síndrome do pânico. Apesar de estar há anos afastada, eventualmente recebe convites para retornar às novelas, como do autor Gilberto Braga, mas os recusa.[14] Depois de se afastar, formou-se em psicologia, abrindo seu próprio consultório em São Paulo.[15]
Vida pessoalEditar
Casou-se com o diretor de televisão Ricardo Waddington, em 1982, com quem teve a sua única filha, Isadora, nascida em 1985. Separou-se em 1988 e voltou a casar-se em 1991, desta vez com o ator Cássio Gabus Mendes, com quem vive até hoje e com quem contracenou como par romântico em Vale Tudo e em Meu Bem, Meu Mal. Longe da fama, dedicou-se aos estudos e formou-se em Psicologia. Afastada dos holofotes, e apesar do interesse dos fãs em saber como anda a então famosa atriz, raramente ela é vista em público ou dá entrevistas. Em 2013, oficializou sua união com Cássio. A cerimônia aconteceu no dia 25 de maio e foi realizada pelo pastor Jonas Rezende, pai de Lídia.
FilmografiaEditar
TelevisãoEditar
Ano | Título | Papel |
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1974 | Márcia e Seus Problemas | — |
1975 | O Grito | Estela |
1976 | O Feijão e o Sonho | Irene Campos Lara |
1977 | À Sombra dos Laranjais | Lúcia Alvarez |
Espelho Mágico | Beatriz | |
1978 | Ciranda, Cirandinha | Participação em um episódio |
Caso Especial | Episódio: "Jardim Selvagem" | |
Dancin' Days | Vera Lúcia | |
1979 | Série Aplauso | Episódio: "A Ilha das Cabras" |
Os Gigantes | Renata | |
1981 | Baila Comigo | Semíramis Maia (Mira) |
1982 | Final Feliz | Suzy Brandão |
O Homem Proibido | Joyce | |
1984 | Transas e Caretas | Luciana |
1985 | Roque Santeiro | Tânia Magalhães Malta |
1987 | Corpo Santo | Bárbara Diniz |
1988 | Vale Tudo | Solange Duprat |
1989 | Tieta | Leonora Cantarelli |
1990 | Meu Bem, Meu Mal | Fernanda Castro |
CinemaEditar
Ano | Título | Papel |
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1980 | Perdoa-Me por Me Traíres | Glorinha |
1981 | O Beijo no Asfalto | Dália |
1987 | Rádio Pirata | Alice Souza Dias |
TeatroEditar
- 1980 - Passageiros da Estrela
- 1981 - Calúnia .... Mary Tilford
- 1983 - O Colecionador .... Miranda
- 1986 - A Verdadeira Vida de Jonas Wenka .... Sílvia
- 1988 - Drácula
- 1989 - George Dandan .... Angélica
- 1990 - Descalços no Parque
- 1992 - Parsifal
Referências
- ↑ LÍDIA BRONDI - 29/10/1960 Mulheres do Cinema Brasileiro - acessado em 12 de dezembro de 2020
- ↑ «A vida de Lídia Brondi longe da TV». globo.com
- ↑ Priscila Bessa (4 de julho de 2012). «Jonas Rezende: "Sou quase um Santo Antônio"». Site Delas Noivas, Portal IG. Consultado em 25 de dezembro de 2017
- ↑ Ana Maria Abreu (Junho de 1981). «Lídia Brondi – "Tá difícil mas acho que estou no caminho certo"». São Paulo: Editora Abril. Revista NOVA
- ↑ a b c Nagle, Leda (28 de dezembro de 1977). «Uma adolescente sentindo o gosto da fama». São Paulo: Editora Abril. Revista Capricho
- ↑ a b Fátima Valença (5 de outubro de 1977). «Lídia Brondi -"Eu acredito no amor, sabe"». Rio de Janeiro: Editora Bloch. Revista Amiga
- ↑ Televisão, Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 20 de junho de 1975, Caderno B
- ↑ a b c «Lídia Brondi». Internet Movie Database. Imdb.com
- ↑ Memória Globo -http://memoriaglobo.globo.com/programas/entretenimento/novelas/dancin-days.htm
- ↑ Filmes Brasileiros com mais de 500.000 Espectadores - 1970 a 2015, Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual - http://oca.ancine.gov.br/filmes_bilheterias.htm.
- ↑ Troféu Mambembe para Artistas do Rio, Folha de S.Paulo, São Paulo, 28 de janeiro de 1982, Caderno Ilustrada
- ↑ Redação Quem Online (10 de março de 2009). «Aguinaldo Silva divulga lista das novelas com maior audiência da história». Revista Quem Acontece. Consultado em 1 de outubro de 2016
- ↑ Sedução Egípcia, Revista VEJA, 17 de agosto de 1988, Editora Abril
- ↑ «Queridinha do público, Lídia Brondi deixou a carreira de atriz no auge e hoje é psicóloga». Extra Online. Consultado em 29 de setembro de 2020
- ↑ «Lídia Brondi reaparece ao lado do marido, Cássio Gabus Mendes, em shopping no Rio». Extra Online. 6 de janeiro de 2020. Consultado em 29 de setembro de 2020
Ligações externasEditar
- Lídia Brondi. no IMDb.