Língua bambara
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Bambara Bamanankan | ||
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Falado em: | Mali Burquina Fasso Costa do Marfim Guiné Senegal Gâmbia | |
Total de falantes: | cerca de 6 milhões | |
Família: | Nigero-congolesa Atlântico-congolesa[1] Mandê Ocidental Sudoeste Bambara | |
Escrita: | Alfabeto latino Alfabeto N'Ko | |
Códigos de língua | ||
ISO 639-1: | bm
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ISO 639-2: | bam | |
ISO 639-3: | bam
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O bambara, conhecido localmente como bamanankan (ߒߞߏ, literalmente "som bamana(n)"), é uma língua nigero-congolesa falada no Mali por até seis milhões de pessoas, língua materna do grupo étnico bambara, e que serve como lingua franca naquele país (estima-se que cerca de 80% da população o utilize como língua materna ou segundo idioma), e em alguns países vizinhos, como Burquina Fasso, Costa do Marfim e Gâmbia. É uma língua tonal, com dois tons diferentes e tem a estrutura sujeito-objeto-verbo. A língua bambara teve ao longo do tempo diferentes sistemas de escrita, além do latino (alfabeto fonético).
ClassificaçãoEditar
O bambara pertence a um grupo de idiomas próximos entre si chamando de línguas mandingas, que se inserem dentro do grupo das línguas mandê. As diferenças entre o bambara e o diúla, utilizado extensivamente em Burquina Fasso, Costa do Marfim e Gâmbia, são mínimas.
EscritasEditar
A primeira, chamada Ma-Sa-Ba, foi desenvolvida por Woyo Couloubayi, da região de Kaarta em 1930. Tinha um total de 123 caracteres. Foi progressivamente abandonada. Posteriormente surgiu o N'Ko, um alfabeto criado por Solomana Kante em 1949 como sistema de escritura para as línguas mandê do oeste de África; N'Ko significa 'Eu disse' em todas as línguas mandê.
A língua escrita, porém, nunca foi para o povo. Eram poucos os que sabiam ler e escrever nestes alfabetos. A tradição era oral, transmitida por griôs (chamados "jeli" em bamanankan), que conheciam linhagens de todas famílias reais e a história do país. O povo aprendia sobre a história através dos griôs, que cantavam nas ruas e em cerimonias (principalmente casamentos). No Mali, colonizado pelos franceses, a tradição oral ainda é muito forte e são poucos os que sabem ler e escrever em bamanankan, mesmo quando 80% da população fala a língua. Até recentemente, alunos aprendiam a ler e escrever apenas em francês. O Ministério da Educação modificou o currículo recentemente para começar a educação em bamanankan e introduzir francês aos poucos. Existe um pouco de resistência com relação a este currículo, mas as escolas que estão, de fato, implementando tais mudanças mostram resultados promissores.
Referências
- ↑ Derivado da classificação de Ethnologue