Línguas crioulas burbonesas

Línguas crioulas burbonesas
Falado(a) em: Maurício, Reunião (França), Seicheles
Total de falantes:
Família: Línguas crioulas de base francesa
 Línguas crioulas burbonesas
Códigos de língua
ISO 639-1: --
ISO 639-2: ---

As línguas crioulas burbonesas constituem um grupo de línguas crioulas baseadas no francês faladas no oeste do oceano Índico. A estreita relação entre as línguas é uma consequência dos contextos históricos e culturais semelhantes das ilhas. O nome é derivado do antigo nome da ilha da Reunião, que era chamada de ilha Bourbon, antes de 1793. Outro nome é crioulo das Ilhas Mascarenhas, derivado do principal grupo de ilhas, onde se falam estas línguas.[1]

Crioulos pertencentes a este grupo editar

Há seis línguas nesse grupo:

História e características editar

O proto-crioulo dessa região foi formado pelo contato entre os colonos brancos da França com os malgaxes e escravos dos colonos malgaxes, (africanos e indígenas).

A colonização francesa das ilhas do oceano Índico começou em Fort Dauphin, ao sul de Madagascar, em 1642, e chegou à Reunião, povoada a partir de 1665. Essa língua crioula chegou primeiro em Maurício e então essas duas bases essenciais alcançaram às ilhas Rodrigues e Seicheles.

Dada a natureza insular desses territórios, esses crioulos são diferenciados. Por outro lado, as mudanças na administração das ilhas (Maurício, Seicheles e Rodrigues ficou sob a coroa britânica em 1810) e as influências devidas a migrações de diversas origens, acentuaram estas diferenças, de modo que se tornou difícil para uma população entender a outra perfeitamente.

A relação tipológica e filogenética do crioulo burbonês (língua crioula das Ilhas Mascarenhas) com os crioulos franceses do continente americano tem sido objeto de estudos que vão no sentido de unidade de fenômenos, mas que são contraditórios quanto a suas origens em comum.

Bibliografia editar

  • Chaudenson, Robert (1974). Le Lexique du parler créole de la Réunion. Paris: Champion, tomes I-II.
  • Baker, Philip & Chris Corne (1982). Isle de France Creole: Affinities and origins. Ann Arbor:Karoma.
  • Faine, Jules (1939). Le créole dans l'univers: études comparatives des parlers français-créoles. Tome I: le mauricien. Port-au-Prince: Imprimerie de l'État.
  • Parkvall, Mikael (2000). Out of Africa: African influences in Atlantic Creoles. London: Battlebridge.[1]
  • Wittmann, Henri (1972). Les parlers créoles des Mascareignes: une orientation. Trois-Rivières: Travaux linguistiques de l'Université du Québec à Trois-Rivières 1.[2]
  • Wittmann, Henri (1995). "Grammaire comparée des variétés coloniales du français populaire de Paris du 17e siècle et origines du français québécois." Le français des Amériques, ed. Robert Fournier & Henri Wittmann, 281-334. Trois-Rivières: Presses universitaires de Trois-Rivières.[3]
  • Wittmann, Henri (2001). "Lexical diffusion and the glottogenetics of creole French." CreoList debate, parts I-VI, appendixes 1-9. The Linguist List, Eastern Michigan University & Wayne State University.[4]
  • Wittmann, Henri & Robert Fournier (1987). "Interprétation diachronique de la morphologie verbale du créole réunionnais." Revue québécoise de linguistique théorique et appliquée 6:2.137-50.[5]

Ver também editar

Referências

  1. «Les parlers créoles des Mascareignes» (em francês). Consultado em 3 de março de 2015