Lúcio Aurélio Cota (cônsul em 144 a.C.)
Lúcio Aurélio Cota (em latim: Lucius Aurelius Cotta) foi um político da gente Aurélia da República Romana eleito cônsul em 144 a.C. com Sérvio Sulpício Galba. Lúcio Aurélio Cota, cônsul em 119 a.C., era seu filho. Através de sua filha com Rutília Rufa, Aurélia Cota, Lúcio era bisavô do famoso ditador Júlio César e trisavô do primeiro imperador romano, Augusto.
Lúcio Aurélio Cota | |
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Cônsul da República Romana | |
Consulado | 144 a.C. |
Primeiros anos
editarCota foi eleito tribuno da plebe em 154 a.C. e, durante seu mandato, recusou-se a pagar suas dívidas, citando a "santidade" da sua posição[1]. Seus colegas declararam que ele não receberia seu apoio a não ser que concordasse entrar num acordo com seus credores. Por volta de 147 a.C., Cota foi eleito pretor.[2]
Consulado (144 a.C.)
editarEm 144 a.C., Cota foi eleito cônsul com Sérvio Sulpício Galba e ambos rapidamente entraram em um conflito no Senado Romano sobre quem seria o líder da guerra em andamento contra Viriato na Península Ibérica[3]. Finalmente, Cipião Emiliano propôs um decreto afirmando que nenhum deles deveria liderar a campanha, uma honra que deveria ser entregue a um dos procônsules atuando na região, Quinto Fábio Máximo Emiliano (ele próprio um dos cônsules de 145 a.C.).
Logo depois, Cota foi acusado por Cipião Emiliano de atos de injustiça. Embora pareça que Cota de fato tenha sido culpado, ele foi absolvido de todas as acusações pois os juízes queriam evitar seria o resultado de uma aparente influência de Cipião. Ele foi defendido por Quinto Cecílio Metelo Macedônico, cônsul em 143 a.C..
Cícero afirmou que Cota era considerado um "veterator", afirmando que ele era uma pessoa capaz, tanto nos negócios quanto na vida pessoal.[4]
Árvore genealógica
editarVer também
editarCônsul da República Romana | ||
Precedido por: Quinto Fábio Máximo Emiliano |
Sérvio Sulpício Galba 144 a.C. |
Sucedido por: Ápio Cláudio Pulcro |
Referências
- ↑ Broughton, pg. 450
- ↑ Broughton, pg. 463
- ↑ Broughton, pg. 470
- ↑ Valério Máximo, Nove Livros de Feitos e Dizeres Memoráveis VI 4 § 2, 5 § 4; VIII 1 § 11; Cícero, Pro Muren. 28; Pro Font. 13; Brut. 21; Divin in Caecil. 21; Tácito, Ann. III 66.
Bibliografia
editar- Broughton, T. Robert S. (1951). The Magistrates of the Roman Republic. Volume I, 509 B.C. - 100 B.C. (em inglês). I, número XV. Nova Iorque: The American Philological Association. 578 páginas
- Este artigo contém texto do do Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology (em domínio público), de William Smith (1870).
- (em alemão) Carolus-Ludovicus Elvers: [6] A. Cotta, L.. In: Der Neue Pauly (DNP). Volume 2, Metzler, Stuttgart 1997, ISBN 3-476-01472-X, Pg. 320.