L-Aminoácido aromático descarboxilase

L-Aminoácido aromático descarboxilase (abreviada na literatura AADC ou AAAD do inglês aromatic L-amino acid decarboxylase), também conhecido como DOPA decarboxilase (DDC), triptofano decarboxilase, e 5-hidroxitriptofano decarboxilase, é uma enzima liase. (EC 4.1.1.28)

Rota de biossíntese de serotonina humana

Reações editar

AADC catalisa diversas reações de descarboxilação diferentes:[1]

A enzima usa piridoxal fosfato, a forma ativa de vitamina B6, como um cofator.

Como um passo limitador de taxa editar

Na síntese normal de neurotransmissores dopamina e serotonina (5-HT), AADC não é o passo determinante de taxa em qualquer reação. No entanto, AADC torna-se o passo limitante da síntese de dopamina em pacientes tratados com L-DOPA (tal como na doença de Parkinson), e o passo de limitação de taxa de síntese de serotonina em pessoas tratadas com 5-HTP (tal como em depressão leve ou distimia). AADC é inibido por carbidopa fora da barreira hematoencefálica inibindo a conversão prematura de L-DOPA a dopamina no tratamento da doença de Parkinson.

Em humanos, AADC é também o passo determinante de taxa na formação de aminas traço. Deficiência de AADC é associada com vários sintomas como atraso de desenvolvimento severo, crise oculogírica e disfunção autonômica. O espectro molecular e espectro clínico de deficiência AAAC é heterogêneo. O primeiro caso de deficiência AADC foi descrito em gêmeos em 1990. Pacientes podem ser tratados com agonistas de dopamina, inibidores da MAO, e piridoxina (vitamina B6).[2] O fenótipo clínico e a resposta ao tratamento são variáveis e o resultado a longo prazo e funcional é desconhecido. Para fornecer uma base para melhorar a compreensão da epidemiologia, correlação genótipo/fenótipo é resultado dessas doenças seu impacto na qualidade de vida dos pacientes, e para avaliação de estratégias de diagnóstico e terapêutica um registro de pacientes foi estabelecido pela instituição sem fins comerciais Grupo de Trabalho Internacional sobre Distúrbios Relacionados a Neurotransmissor (iNTD, International Working Group on Neurotransmitter Related Disorders).[3]

Genética editar

O gene codificando a enzima é referida como DDC e localizado no cromossoma 7 em humanos.[4] Polimorfismos de nucleotídeo único e outras variações do gene tem sido investigadas relacionados a transtornos neuropsiquiátricoss, e.g., uma eliminação de pares de uma base em –601 e uma eliminação de pares de quatro bases em 722–725 no exon 1 relacionado a transtorno bipolar[5] e autismo. Não foi encontrada correlação direta entre a variação genética e o autismo.[6]

Referências

  1. «AADC». Human Metabolome database. Consultado em 17 de fevereiro de 2015 
  2. Pons R, Ford B, Chiriboga CA, Clayton PT, Hinton V, Hyland K, Sharma R, De Vivo DC (abril de 2004). «Aromatic L-amino acid decarboxylase deficiency: clinical features, treatment, and prognosis». Neurology. 62 (7): 1058–65. PMID 15079002. doi:10.1212/WNL.62.7.1058 
  3. «Patient registry» 
  4. Scherer LJ, McPherson JD, Wasmuth JJ, Marsh JL (junho de 1992). «Human dopa decarboxylase: localization to human chromosome 7p11 and characterization of hepatic cDNAs». Genomics. 13 (2): 469–71. PMID 1612608. doi:10.1016/0888-7543(92)90275-W 
  5. Børglum AD, Bruun TG, Kjeldsen TE, Ewald H, Mors O, Kirov G, Russ C, Freeman B, Collier DA, Kruse TA (novembro de 1999). «Two novel variants in the DOPA decarboxylase gene: association with bipolar affective disorder». Molecular Psychiatry. 4 (6): 545–51. PMID 10578236. doi:10.1038/sj.mp.4000559 
  6. Lauritsen MB, Børglum AD, Betancur C, Philippe A, Kruse TA, Leboyer M, Ewald H (maio de 2002). «Investigation of two variants in the DOPA decarboxylase gene in patients with autism». American Journal of Medical Genetics. 114 (4): 466–70. PMID 11992572. doi:10.1002/ajmg.10379 

Ver também editar