Lagoa de Saquarema

A Lagoa de Saquarema (tupi: Socó-rema, «socó fedorento[nota 1]»)? é uma massa de água hipersalina. Situa-se no município de Saquarema, na Região dos Lagos, no estado do Rio de Janeiro, no Brasil.

Lagoa de Saquarema
Lagoa de Saquarema
Localização
País  Brasil
Localidades mais próximas Saquarema
Barra da lagoa

Características editar

É própria para banho, pesca e esportes náuticos. Recentemente, foi feita a ligação permanente da lagoa com o mar através da Barra Franca, para que, deste modo, pudesse ser feito normalmente o controle e a regulação do sistema lagunar.[5]

Através da lagoa, 3 por cento da população de Saquarema obtém o seu sustento através da pesca artesanal. A Lagoa de Saquarema já foi uma grande produtora de pescados e crustáceos. Espera-se que, com a ligação permanente com o mar (que permite, assim, uma maior oxigenação) e, também, com o tratamento do esgoto que é lançado na lagoa (principalmente o do Rio Bacaxá, que é o principal agente poluidor da lagoa), a Lagoa de Saquarema retorne aos tempos de outrora, quando era possível os pescadores, em apenas uma noite, garantir o sustento para uma semana ou mais.

Notas e referências

Notas

  1. Socó é uma espécie de ave que era abundante na lagoa no início da colonização da região.[1] Segundo Pedro Guedes Alcoforado, significa gavião fedorento, uma variação para a mesma origem.[2][3] Outra variação seria "bando de socós".[1] Já o tupinólogo Eduardo de Almeida Navarro sugere outra hipótese etimológica para "Saquarema": segundo ele, "Saquarema" pode ser oriundo da junção dos vocábulos tupis sakurá (uma variedade de caramujo) e rema (fedorento), significando, portanto, "caramujos fedorentos".[4] O nome teria sido dado pelos indígenas que dominaram a parte litorânea onde hoje se localiza a sede do município de Saquarema.[1]

Referências

  1. a b c «História - Prefeitura de Saquarema». 9 de outubro de 2016. Consultado em 13 de janeiro de 2024 
  2. ALCOFORADO, Pedro Guedes (1950). O tupi na Geografia Fluminense. Niterói: [s.n.] p. 167 
  3. SEIXAS, Antônio (2022). «Registros Paroquiais no Arquivo da Cúria Metropolitana de Niterói (séculos XVII ao XX)». Revista da Asbrap (29): 373 
  4. NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 597.
  5. Calazans, Alessandra (9 de maio de 2013). «Barra Franca, um dilema histórico em busca de uma solução definitiva». O SAQUÁ. Consultado em 13 de janeiro de 2024 
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