Lanassa (filha de Agátocles)

 Nota: Para outros significados de Lanassa, veja Lanassa.

Lanassa foi uma filha do tirano Agátocles de Siracusa, esposa de Pirro do Epiro e mãe de Alexandre II de Epiro.

Lanassa
Lanassa (filha de Agátocles)
Nascimento século IV a.C.
Siracusa
Morte século III a.C.
Progenitores
Cônjuge Pirro, Demétrio I da Macedónia
Filho(a)(s) Alexandre II de Epiro, Heleno
Ocupação consorte
Título rainha consorte

Casamento com Pirro editar

Pirro, rei do Epiro, teve várias esposas, uma delas foi Lanassa, filha do tirano siciliano Agátocles.[1]

Pirro recebeu de dote, pelo casamento com Lanassa, Córcira, que havia sido recentemente capturada por Agátocles.[1]

Agátocles aproveitou o casamento de Lanassa em uma jogada estratégica: querendo tomar Crotona, então governada pelo tirano Menedemo, seu amigo, Agátocles avisou que estava indo para a Itália escoltar sua filha Lanassa para o casamento real no Epiro; com isso, Crotona foi pega de surpresa e ele cercou a cidade, que se rendeu, mas Agátocles matou todos os homens e pilhou as casas.[2]

Separação de Pirro editar

Quando Pirro estava disputando a Macedônia com Demétrio Poliórcetes,[3] Lanassa, culpando Pirro por ser mais devotado às suas mulheres bárbaras do que a ela, retirou-se para Córcira, e convidou Demétrio, que se casou com ela e colocou uma guarnição na cidade.[4]

Na guerra para tomar Córcira, Pirro teve ajuda dos tarentinos, e quando estes estiveram em guerra contra os romana, chamaram Pirro para ajudá-los.[5]

Por ser Pirro casado com Lanassa, e ter um filho, Alexandre, com ela, os siracusanos chamaram Pirro para ajudá-los,[6] quando eles estavam sendo sitiados pelos cartagineses e dois anos e quatro meses depois que Pirro havia desembarcado na Itália.[7]

Descendentes editar

Alexandre II de Epiro, filho de Pirro e Lanassa,[6][1] casou-se sua irmã, Olímpia II de Epiro, teve dois filhos, Pirro e Ptolemeu e uma filha, Fítia.[8] Nereida, filha de seu neto Pirro, casou-se com Gelão II, e foi a mãe de Jerônimo de Siracusa.[9][10] Outra filha de seu neto Pirro, Laodâmia,[Nota 1] foi assassinada no Epiro;[11] após sua morte, o Epiro tornou-se uma anarquia.[12]

Notas e referências

Notas

  1. Laodâmia é chamada de Deidâmia no texto do geógrafo Pausânias e do macedônio Polieno.

Referências

  1. a b c Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Pirro, 9.1 [em linha]
  2. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XXI, 4.1 [ael/fr][en]
  3. Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Pirro, 10.1-4
  4. Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Pirro, 10.5
  5. Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 1.12.1 [em linha]
  6. a b Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XXII, 8.2 [ael/fr][en]
  7. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XXII, 8.1 [ael/fr][en]
  8. Justino, Epítome das Histórias de Pompeu Trogo, 28.1 [la] [en] [en] [fr] [ru]
  9. Políbio, Histórias, 7.4.4 [em linha]
  10. Justino, Epítome das Histórias de Pompeu Trogo, 28.3 [la] [en] [en] [fr] [ru]
  11. Justino, Epítome das Histórias de Pompeu Trogo, 38.3 [la] [en] [en] [fr] [ru]
  12. Pausânias, Descrição da Grécia, 4.35.3 [em linha]