Lantanídeo

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Os lantanídeos ou lantanoides (nomenclatura IUPAC)[1] são um grupo de elementos químicos que formam parte do período 6 da tabela periódica. Estes elementos são chamados terras-raras[2] porque se encontram na forma de óxidos e junto com os actinídeos constituem os elementos de transição interna.

Lantanídeos

O nome procede do elemento químico lantânio, que incluído neste grupo, constitui um total de 15 elementos. Desde o de número atômico 57 (o lantânio) até o de número atômico 71 (lutécio). Embora o lantânio não tenha nenhum elétron ocupando orbital f, os demais 14 elementos seguintes apresentam o orbital 4f parcial ou totalmente ocupado (veja configuração eletrônica).

Estes elementos são quimicamente bastante semelhantes entre si, pois os elétrons situados em orbitais "f" são pouco importantes nas ligações que formam, em comparação com os "p" e "d". Também são bastante parecidos aos lantanídeos os elementos ítrio e escândio por apresentarem um raio atômico similar e, tal qual os lantanídeos, seus estados de oxidação mais importantes são +3. Este é o estado de oxidação mais importante dos lantanídeos, porém também apresentam os estados de oxidação +2 e +4.

A abundância destes elementos na crosta terrestre é relativamente alta, em minerais como, por exemplo, a monazita, onde são encontrado os diferentes lantanídeos e o ítrio.

Na tabela periódica usual, estes elementos estão situados abaixo dos demais, junto com os actinídeos, formando uma tabela mais compacta. Esta convenção é usada apenas por razões práticas e estéticas. Algumas tabelas situam estes elementos entre os blocos s e d, originando uma tabela mais longa (ver acima) também chamada de tabela periódica estendida.

O raio dos lantanídeos vai diminuindo conforme vai aumentando o número atômico, porém não são variações grandes .

Referências

  1. a segunda forma é por vezes encontrada, dada a recomendação IUPAC para designar, em inglês, estes elementos como lanthanoids em vez de lanthanides para evitar a confusão com os aniões minerais que em inglês têm sempre o sufixo -ide, como chloride (cloreto), fluoride (fluoreto). Tal diretiva não faz grande sentido em literatura em português, pois não existe tal ambiguidade nesta língua, e além disso, o sufixo -ídeo geralmente designa os membros de uma mesma família, como é o caso dos lantanídeos: são da "família do lantânio".
  2. Buarque De Holanda Ferreira, Aurelio (2014). Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. [S.l.]: Editora Positivo 

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