Larry Kramer (Bridgeport, 25 de junho de 1935 - Nova Iorque, 27 de maio de 2020) foi um dramaturgo, autor, roteirista, produtor de cinema, advogado de saúde pública e ativista de direitos LGBT. Começou sua carreira reescrevendo scripts enquanto trabalhava na Columbia Pictures, que o levou a Londres, onde trabalhou com a United Artists. Lá, ele escreveu o roteiro do filme de 1969 Women in Love (1969) e ganhou uma indicação ao Oscar por seu trabalho. Kramer introduziu um estilo controverso e de confronto em seu romance Faggots (1978), que ganhou críticas mistas e denúncias enfáticas de elementos dentro da comunidade gay pela interpretação de Kramer do que ele caracterizou como relacionamentos homossexuais superficiais e promíscuos na década de 1970.

Larry Kramer
Larry Kramer
Nascimento 25 de junho de 1935
Bridgeport
Morte 27 de maio de 2020 (84 anos)
Nova Iorque
Nacionalidade Estados Unidos
Cidadania Estados Unidos
Irmão(ã)(s) Arthur Kramer
Alma mater Universidade Yale
Ocupação escritor, roteirista
Período de atividade 1960 - 2020
Principais trabalhos ACT UP
Prêmios
  • Isabelle Stevenson Award (67th Tony Awards, 2013)
  • Obie Award (1993)
  • Hull-Warriner Award
  • PEN/Laura Pels International Foundation for Theater Award
Causa da morte pneumonia

Kramer testemunhou a propagação da doença mais tarde conhecida como Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) entre seus amigos em 1980. Co-fundou a Gay Men's Health Crisis (GMHC), que se tornou a maior organização privada do mundo, ajudando pessoas que vivem com AIDS. Kramer ficou frustrado com a paralisia burocrática e a apatia dos gays pela crise da Aids e desejou se engajar em mais ações do que os serviços sociais fornecidos pelo GMHC. Ele expressou sua frustração ao escrever uma peça intitulada The Normal Heart, produzida no The Public Theatre em Nova Iorque em 1985. Seu ativismo político continuou com a fundação da AIDS Coalition to Unleash Power (ACT UP) em 1987, uma influente organização de protesto de ação direta com o objetivo de obter mais ações públicas para combater a crise da aids. O ACT UP foi amplamente creditada pela mudança nas políticas de saúde pública e pela percepção das pessoas que vivem com AIDS, além de aumentar a conscientização sobre o HIV e as doenças relacionadas à AIDS.[1] Kramer foi finalista do Prêmio Pulitzer por sua peça The Destiny of Me (1992), e recebeu duas vezes o Prêmio Obie.

Primeiros anos editar

O mais novo de dois filhos, Kramer nasceu em Bridgeport, Connecticut, sendo considerado “filho indesejado”[2] por seus pais judeus, um advogado e uma assistente social.[3] Quando a família se mudou para Maryland, eles se viram em uma faixa socioeconômica muito menor do que a dos colegas do ensino médio de Kramer. Seu pai queria que ele casasse com uma mulher com dinheiro e, assim, pressionou-o a se tornar um membro de Pi Tau Pi, uma fraternidade judaica.[4]

Kramer se matriculou na Universidade Yale em 1953, onde teve dificuldade em se ajustar. Ele se sentiu sozinho e obteve notas mais baixas do que aquelas com as quais estava acostumado. Tentou se suicidar com uma overdose de aspirina porque se sentia como o “único estudante gay do campus”.[5][6] A experiência o deixou determinado a explorar sua sexualidade e colocou-o no caminho da luta “pelo valor dos gays”.[5] No semestre seguinte, teve um caso com seu professor de alemão - seu primeiro relacionamento romântico com um homem.[7] Quando o professor estava programado para estudar na Europa, convidou Kramer para acompanhá-lo, mas Kramer optou por não ir.[carece de fontes?]

Yale era uma tradição familiar: o pai de Kramer, o irmão mais velho Arthur e dois tios eram ex-alunos.[5] Kramer desfrutou do Varsity Glee Club durante seu tempo restante em Yale e se formou em 1957 com um diploma em inglês.[carece de fontes?]

Morte editar

Morreu em 27 de maio de 2020, aos 84 anos, de pneumonia.[8]

Notas editar

  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Larry Kramer».

Referências

  1. Specter, Michael (13 de maio de 2002), «Larry Kramer, the man who warned America about AIDS, can't stop fighting hard-and loudly», The New Yorker, p. 56 
  2. Gay Brother, Straight Brother: It Could Be a Play, Anemona Hartocollis, The New York Times, June 25, 2006.
  3. Timeline Theatre Company (2013), Timeline Theatre Company; The Normal Heart Study Guide (PDF), consultado em 30 de maio de 2014 
  4. Mass 1997, p. 26.
  5. a b c Arenson, Karen W (9 de julho de 1997), «Playwright Is Denied A Final Act; Writing Own Script, Yale Refuses Kramer's Millions for Gay Studies», The New York Times, consultado em 23 de setembro de 2007 
  6. Marcus 2002, p. 32.
  7. Mass 1997, p. 27.
  8. Cox, Gordon (27 de maio de 2020). «Larry Kramer, Playwright and AIDS Activist, Dies at 84». Variety (em inglês). Consultado em 27 de maio de 2020 

Bibliografia editar

  • Clendinen, Dudley, and Nagourney, Adam (1999). Out for Good, Simon & Schuster. ISBN 0-684-81091-3
  • Marcus, Eric (2002). Making Gay History, HarperCollins Publishers. ISBN 0-06-093391-7
  • Mass, Lawrence, ed. (1997). We Must Love One Another or Die: The Life and Legacies of Larry Kramer, St. Martin’s Press. ISBN 0-312-17704-6
  • Shilts, Randy (1987). And The Band Played On, St . Martin’s Press. ISBN 0-312-00994-1
  • “The Making of an AIDS Activist: Larry Kramer,” pp. 162–164, Johansson, Warren and Percy, William A. Outing: Shattering the Conspiracy of Silence. New York and London: Haworth Press, 1994.
  • “Public Nuisance, Larry Kramer the man who warned America about AIDS, can’t stop fighting hard and loudly.” Michael Specter, The New Yorker, May 13, 2002.

Ligações externas editar

  Media relacionados com Larry Kramer no Wikimedia Commons