Linha 2 do Metrô de São Paulo

Linha do metrô da cidade de São Paulo


A Linha 2–Verde do Metrô de São Paulo é constituída pelo trecho compreendido entre as estações Vila Madalena e Vila Prudente. A linha é também chamada de Linha da Paulista, por percorrer a Avenida Paulista, um dos principais centros financeiros de São Paulo. Apesar de ser chamada de Linha 2, ela foi a terceira a ser construída — a segunda, na verdade, foi a atual Linha 3–Vermelha.


     Linha 2 do Metrô de São Paulo

Estação Sacomã da Linha 2 - Verde.
Dados gerais
Tipo Metrô
Sistema Metrô de São Paulo
Local de operação São Paulo, Brasil
Terminais Início: Vila Madalena
Fim: Vila Prudente
Linhas ligadas Metrô:

Azul (Nas estações Paraíso e Ana Rosa);
Prata (Na estação Vila Prudente);
ViaQuatro:
Amarela (Na estação Consolação);
ViaMobilidade:
Lilás (Na estação Chácara Klabin);
CPTM:
Turquesa (Na estação Tamanduateí);
Turquesa - Expresso ABC(Na estação Tamanduateí);
Serviço (Na estação Tamanduateí).

Estações
  • 14 operacionais
  • 8 em construção
  • 5 em projeto
Operação
Proprietário Governo do Estado de São Paulo
Operador Metrô
Sistema de condução CBTC
Armazém(ns) / pátios Pátio Tamanduateí
Material circulante
Histórico
Abertura oficial 25 de janeiro de 1991 (32 anos)
Dados técnicos
Comprimento da linha 14,7 km (9,1 mi)
Bitola 1 600 mm (5 ft 3 in)
Eletrificação 750 V DC terceiro carril
Velocidade de operação 80 km/h (50 mph) (máxima)/
32 km/h (20 mph) (média)[2]

História editar

Projeto editar

 
Plataforma da Estação Santuário Nossa Senhora de Fátima-Sumaré

A Linha 2, originalmente chamada de Linha da Paulista, foi planejada desde o projeto HMD de 1968. Na época, como a Avenida Paulista já era o grande centro de negócios de São Paulo, era preciso haver uma linha que passasse por ela. O projeto básico previa que a linha deveria ir da Vila Madalena ao Paraíso.

Em 1972, foi elaborado um novo projeto da Linha 2 para a Avenida Paulista, no trecho do Sumaré ao Paraíso. Esse projeto seria complementado em 1980, com o estudo definitivo chamado "Terceira Linha do Metrô de São Paulo".

Obras e inauguração editar

As obras da Linha 2 foram iniciadas em 30 de novembro de 1987, sendo o primeiro trecho (localizado sob a Avenida Paulista) construído por meio do método NATM, o que exigiu adaptações, por causa da complexidade de diversos trechos que corta.[3] Uma delas foi em dois prédios na esquina das ruas do Paraíso e Maestro Cardim, que tiveram seus pontos de apoio alterados, com partes dos prédios ficando suspensas por placas de concreto e aço, sem que seus moradores percebessem.[3] A linha passa ainda debaixo da torre da TV Cultura, localizada na Avenida Doutor Arnaldo, no Sumaré, o que exigiu na época da construção uma análise do projeto da antena, que levou a adaptações na planta do túnel.[3] Como as fundações da torre tinham profundidade maior que a do túnel, suas hastes de aço foram afastadas, e elas passaram a "abraçar" o túnel.[3]

Apesar de as obras terem sido iniciadas em 1987, os contratos com as construtoras foram assinados a partir de 1990 (sendo o caso mais grave o lote 4, iniciado em 1989, mas com o contrato assinado apenas em 1995). Isso fez com que o acompanhamento das obras, por parte da Companhia do Metropolitano de São Paulo, fosse deficiente, e os custos das obras estouraram os limites de aditivos contratuais legais de 25%. Outro problema encontrado nos lotes 3 e 4 foram infiltrações, cuja análise para a resolução do problema foi contratada pelo Metrô junto ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) pelo valor de 148 775,75 reais em dezembro de 2001 (cerca de dez anos depois da conclusão do lote 3 e menos de quatro anos após a conclusão do lote 4).[4][5]

Em 1997, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo constatou o problema ao levantar os custos contratados das obras. Após a análise, todos os contratos foram julgados irregulares, em setembro, e os responsáveis foram multados em 200 UFESPs (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo).[6]

Lote/contrato Trecho Empresas Custo previsto Custo aferido pelo TCE-SP

(ago. 1997)

Diferença/aditivo
1 /
  • TC 61794/026/90
  • TC 951/026/91
  • TC 1529/026/92
Paraíso

e poço de ventilação Min. Rocha Azevedo

Andrade Gutierrez R$ 654 milhões R$ 1,51 bilhão 131%
2 /
  • TC 5331/026/91
  • TC 19035/026/90
Estações Brigadeiro e Trianon CBPO R$ 329 milhões R$ 750 milhões 114%
3 /
  • TC 61793/026/90
Poço de ventilação Min. Rocha Azevedo

e Estação Sumaré

Camargo Corrêa R$ 1,16 bilhão R$ 1,58 bilhão 36%
4 /
  • TC 8170/026/95
Estações Sumaré e Vila Madalena Constran R$ 913 milhões R$ 913 milhões N/D
Total: 9,9 km Total: R$ 3,056 bilhões Total: R$ 4,723 bilhões

A linha foi inaugurada em 25 de janeiro de 1991, contando naquele momento com 2,9 quilômetros de extensão e quatro estações. Com esta linha, o Metrô passou a abranger um dos mais importantes eixos do centro expandido de São Paulo, com grande concentração de instituições financeiras, hospitais, escolas, hotéis, consulados, secretarias de Estado, emissoras de rádio e televisão, teatros e museus.

 
Estação Alto do Ipiranga.

No ano seguinte, foram inauguradas as estações Ana Rosa e Clínicas, ampliando para 4,7 quilômetros. Em 1998, duas novas estações (Vila Madalena e Sumaré) foram concluídas, acrescentando mais 2,3 quilômetros ao trecho.

Obras do trecho Ana Rosa–Vila Prudente editar

Em 30 de março de 2006, o então governador Geraldo Alckmin, em seu último dia no governo, inaugurou a Estação Santos-Imigrantes. Pouco depois, em 9 de maio, houve a inauguração da Estação Chácara Klabin pelo ex-governador Cláudio Lembo, completando assim o trecho de 2,9 quilômetros entre Ana Rosa e Santos-Imigrantes, ficando a linha com 9,9 quilômetros de extensão total.

Em 30 de junho de 2007, o governador José Serra inaugurou a Estação Alto do Ipiranga, localizada na confluência da Avenida Dr. Gentil de Moura com a Rua Visconde de Pirajá, elevando a rede metroviária paulistana a 61 quilômetros, com previsão de demanda de passageiros na Linha 2 de 370 mil pessoas por dia. Serra havia publicado decreto, em 9 de maio de 2007, para o início das desapropriações e autorização para estender a linha até a Vila Prudente, com as respectivas estações Sacomã, Tamanduateí e Vila Prudente. De acordo ainda com o projeto de expansão, a linha teria o seu primeiro pátio de trens, que seria construído no lugar das ruínas da fábrica da Vemag.

 
Alstom Milênio chegando à Estação Tamanduateí.

No dia 10 de maio de 2007, durante a visita do papa Bento XVI à cidade de São Paulo, a Linha 2 apresentou a maior demanda de sua história até então, com o transporte de 370 226 passageiros. Já no fim de semana de 17 e 18 de maio de 2008 a linha teve sua operação comercial interditada no trecho entre as estações Clínicas e Consolação, para que a máquina Shield (o popular "tatuzão") passasse sete metros abaixo do nível do seu túnel para a continuidade das obras da Linha 4–Amarela. O recorde de pessoas transportadas pela linha seria batido novamente em 7 de maio de 2008, com 428 056 passageiros.

 
Estação Sacomã.

Em 28 de março de 2009, entrou em operação o primeiro dos dezesseis novos trens a ser entregues até a inauguração do trecho Sacomã–Vila Prudente. Em 10 de janeiro de 2010, a Estação Sacomã foi aberta ao público, inicialmente em operação assistida, das 10h30 às 15 horas e, posteriormente, a partir do dia 22, das 10 às 16 horas. Por fim, no dia 30 do mesmo mês, foi aberta totalmente ao público em horário normal. Apesar de as obras de extensão da Linha 2 terem sido as únicas a receber a totalidade da verba prevista para 2009, o cronograma atrasou — a inauguração das estações Tamanduateí e Vila Prudente, inicialmente prevista para março de 2010, foi adiada para junho,[7] mas depois passou a não ter mais data definida.[8] Em 18 de agosto, foi anunciada a inauguração em operação assistida de Vila Prudente para dali a três dias. Em 21 de setembro, foi inaugurada a Estação Tamanduateí, também em operação assistida.

O início da cobrança de tarifa nestas duas estações ocorreu em 5 de fevereiro de 2011, com o horário de funcionamento sendo ampliado para das 8 às 17 horas.[9] Com isso, a necessidade de desembarcar na Estação Sacomã para prosseguir viagem pela Linha 2–Verde não existia mais. Em 19 de março de 2011 as estações Tamanduateí e Vila Prudente tiverem seu horário de funcionamento ampliado para das 4h40 às 21 horas e, por fim, em 12 de setembro, para o horário normal, até a meia-noite.[10]

Cronologia editar

Data Evento
30 de novembro de 1987 Início das obras da Linha 2–Verde (trecho Paulista), entre as estações Ana Rosa e Clínicas.
25 de janeiro de 1991 Inauguração do trecho Paraíso ↔ Consolação
12 de setembro de 1992 Inauguração das estações Clínicas e Ana Rosa.
21 de novembro de 1998 Inauguração das estações Sumaré e Vila Madalena.
30 de março de 2006 Inauguração da Estação Santos–Imigrantes.
9 de maio de 2006 Inauguração da Estação Chácara Klabin.
30 de junho de 2007 Inauguração da Estação Alto do Ipiranga.
10 de janeiro de 2010 Início da operação assistida da Estação Sacomã.[11]
30 de janeiro de 2010 Inauguração oficial da Estação Sacomã.[12]
25 de maio de 2010 Interligação da Estação Consolação para a Estação Paulista da Linha 4 Amarela
21 de agosto de 2010 Inauguração da Estação Vila Prudente.[13]
21 de setembro de 2010 Inauguração da Estação Tamanduateí.[14]
12 de setembro de 2011 Ampliação do horário da operação das estações Tamanduateí e Vila Prudente.
30 de agosto de 2014 Inauguração da transferência para a Linha 15–Prata na Estação Vila Prudente.
28 de setembro de 2018 Inauguração da transferência para a Linha 5–Lilás na Estação Chácara Klabin.

Características editar

 
Trens novos parados na Estação Vila Madalena.

Em 2010, a Linha 2 era a terceira linha do Metrô de São Paulo a receber mais passageiros, com 38 mil passageiros por hora, acima da capacidade máxima estipulada da linha, de 35 mil por hora.[15] Entre março de 2009 e março de 2010, a média de passageiros transportados por dia na linha aumentou de 416,4 mil para 472,1 mil, por causa de uma restrição da Prefeitura a ônibus fretados no centro expandido da cidade e da inauguração da Estação Sacomã.[15]

Originalmente, o monotrilho da zona leste, ligando as estações Vila Prudente e Hospital Cidade Tiradentes, em construção desde 2009, era conhecido como uma extensão em monotrilho da Linha 2.[16] Entretanto, em setembro de 2012 o Metrô anunciou que a linha passaria a chamar-se Linha 15–Prata, com o trecho antes identificado como Linha 15–Branca (de Vila Prudente à futura Estação Dutra) passando a ser a extensão da Linha 2.[16] "É mais lógico, porque, de fato, o que antes era a Linha 15 será o prolongamento da Linha 2, e pelo próprio modo de transporte dela, o metrô subterrâneo", comentou ao JT o presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Metrô na época.[16] A previsão era de que a obra, avaliada em 7,8 bilhões de reais, fosse licitada até o final de 2012.[16]

Estações editar

Frota editar

 Ver artigo principal: Frota do Metrô de São Paulo
 
Trem da Frota I.
 
Trem da Frota J

A Linha 2–Verde possui uma frota total de 27 trens, incluindo veículos reservas.[1]

Expansão da linha editar

Vila Prudente ↔ Dutra editar

A concessão de financiamento para a obra foi liberada, em 21 de junho de 2013, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de 1,5 bilhão de reais, representando 45,6% dos investimentos totais.[17]

As desapropriações[18] para uma extensão da linha no sentido nordeste, com treze estações, foram iniciadas em meados de 2014.[19]

No entanto, até junho de 2019, as obras ficaram paralisadas por falta de recursos, mesmo com imóveis já tendo sido demolidos no trecho Vila Prudente–Penha de França.[20] [21] [22] [23] De acordo com o Relatório de Empreendimentos do Metrô-SP de junho de 2018, a falta de recursos fez com que a empresa trabalhasse com a possibilidade de as obras de expansão serem divididas em duas fases: Vila Prudente–Penha e Penha–Dutra. A decisão sobre a retomada das obras de construção em duas fases seria decidida até março de 2019.[24][25]

Em junho de 2019, o Governo de São Paulo anunciou a retomada das obras, divididas em duas fases: Vila Prudente–Penha e Penha–Dutra. O prazo para a conclusão da fase Vila Prudente–Penha é de meados de 2025, enquanto o prazo previsto para a conclusão do trecho Penha–Dutra é de meados de 2028.[26][27]

A ordem de serviço para início das obras do trecho Vila Prudente-Penha foi dada em 17 de janeiro de 2020. Com 8,3 quilômetros de extensão e oito estações, o prazo de conclusão das obras deste trecho passou a ser meados de 2026 (um ano acima do prazo estimado pelo governo anteriormente).[28] Posteriormente, o prazo de conclusão para o trecho Vila Prudente–Vila Formosa foi mudado para meados de 2025, enquanto o trecho Vila Formosa–Penha continuou com prazo de conclusão previsto para 2026.[29]

Em 10 de maio de 2023, o tatuzão "Cora Coralina" responsável pela escavação dos túneis da extensão da linha 2 Verde chegou no porto de Santos, procedente da China.

Em 3 de agosto de de 2023, o tatuzão terminou de ser montado no complexo da Rapadura.

 
Diagrama das estações da Linha 2-Verde mais o trecho em obras



Sigla Estação Integração Município Previsão de entrega
VPT Vila Prudente   Terminal Vila Prudente /   Expresso Tiradentes /
  Corredor Paes de Barros
  Linha 15–Prata
São Paulo Já em operação
Orfanato Meados de 2025
Ordem de serviço em vigor[29]
Santa Clara[30]   Terminal Santa Clara
Anália Franco   Linha 16-Violeta
Vila Formosa   Terminal Vila Formosa
Santa Isabel[30] Meados de 2026
Ordem de serviço em vigor[31]
Guilherme Giorgi[30]
Aricanduva   Corredor Aricanduva[32]
PEN Penha   Linha 3–Vermelha e   Linha 11–Coral
Penha de França Meados de 2028
Tiquatira   Terminal Tiquatira /   Corredor Guarulhos–SP /
  Linha 12–Safira e   Linha 13–Jade
Fernão Dias
Ponte Grande Corredor Guarulhos–SP Guarulhos
Dutra   Linha 19-Celeste

Obras do trecho Vila Prudente-Dutra editar

A licitação para as obras do trecho Vila Prudente-Dutra foi realizada em setembro de 2014 [33]:

Lote/contrato Trecho Empresas Custo previsto Prazo
1 /
  • TC 4138221301 (2014)
Estação Vila Formosa - Túnel de via dupla em TBM monotubo; Túnel NATM estacionamento Rapadura; poço Madri; poço Cestari; poço João Prioste; poço Julio Colaço; poço Soares Neiva; poço Rapadura; terminal de ônibus; superestrutura de via permanente do túnel de via, de estacionamentos e das estações entre o prolongamento existente após a Estação Vila Prudente (exclusive) e a Estação Penha (exclusive); Galvão Engenharia e Somague R$ 1.474.084.404,05 meados de 2025[31]
2 /
  • TC 4138221302 (2014)
Estação Penha; Estação Penha de França; Estação Penha, da CPTM; poço Penha; poço Padre João; poço Carlos Meira; poço Basuca; poço Baracela; poço Cabo Quevedo; poço João de Oliveira; túnel NATM de acesso ao Pátio; túnel NATM estacionamento Penha; VCA de transição e elevado na chegada ao pátio; superestrutura de via permanente do túnel de via, de estacionamento e das estações entre a Estação Penha (inclusive) e o poço João de Oliveira (exclusive) e acesso ao pátio até o limite de fixação em lastro (exclusive). Grupo C.R. Almeida, Ghella Spa. e Consbem R$ 1.856.407.514,03 meados de 2026[31] (Penha)/meados de 2028 (Penha de França);
3 /
  • TC 4138221303 (2014)
Estação Orfanato; Estação Santa Clara; túnel NATM entre o prolongamento existente após a Estação Vila Prudente e o poço Falchi Gianini; túnel NATM estacionamento Vila Prudente; poço Falchi Gianini; terminal de ônibus. Mendes Junior R$ 599.589.559,57 meados de 2025[31]
4 /
  • TC 4138221304 (2014)
Estação Anália Franco; poço Capitão; poço Coxim; NATM de transição junto aos poços; NATM via singela. Mendes Junior R$ 509.681.136,53 meados de 2025[31]
5 /
  • TC 4138221305 (2014)
Estação Santa Isabel; Estação Guilherme Giorgi; Mendes Junior R$ 432.780.772,39 meados de 2026[31]
6 /
  • TC 4138221306 (2014)
Estação Aricanduva; Estação Tiquatira; Estação Tiquatira, da CPTM; terminal de ônibus e ponto de parada; estacionamento de autos. Cetenco, Acciona e Ferreira Guedes R$ 704.617.281,46 meados de 2026[31] (Aricanduva)/meados de 2028 (Tiquatira)
7 /
  • TC 4138221307 (2014)
Estação Fernão Dias; Estação Dutra; terminais de ônibus; Mendes Junior R$ 597.365.773,17 Meados de 2028
8 /
  • TC 4138221308 (2014)
Pátio Paulo Freire; infraestrutura, edifícios administrativos e oficinas do pátio de manutenção e estacionamento de trens; superestrutura de via permanente do pátio de manutenção, do estacionamento de trens e da via de teste, até o limite da fixação em lastro (inclusive). Cetenco, Acciona e Ferreira Guedes R$ 563.789.976,19 meados de 2028
Total: 15,5 km, 14 estações Total: R$ 6.738.316.417,39

Expansão Oeste editar

Após o projeto da Linha 2 ter sua implantação priorizada entre as estações Clínicas e Ana Rosa, a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) estudou uma expansão até Vila Madalena e inseriu-a no contrato de construção da linha. Por falta de recursos, as obras das estações Sumaré e Vila Madalena, iniciadas em 1989, foram paralisadas e retomadas apenas em 1995, sendo concluídas em 1998.

Ao mesmo tempo, em 1995, o Metrô iniciou o estudo de ampliação da Linha 2 a oeste de Vila Madalena. Esse projeto foi apresentado em 1999, dentro do Plano Integrado de Transporte Urbano (PITU) Horizonte 2020 (plano do Governo do Estado que envolveu todas as empresas públicas de mobilidade estaduais e do município de São Paulo), prevendo-se a expansão da Linha 2 pelo distrito da Lapa sob a Rua Cerro Corá até o cruzamento desta com a Rua Pio XI, em um total de 2,9 mil metros de extensão. As estações previstas pelo projeto eram: Aurélia (no cruzamento entre as ruas Cerro Corá e Aurélia), Tonelero (no cruzamento entre as ruas Cerro Corá e Tonelero) e Terminal Cerro Corá (no cruzamento entre as ruas Cerro Corá e Pio XI). A Estação Cerro Corá teria integração com outra linha do metrô que seria semicircular entre a Estação Bresser e a região do Rio Pequeno, passando pela Zona Norte de São Paulo.[34]

Posteriormente, o Metrô lançou um projeto independente do Plano PITU (chamado Rede Azul) e propôs a ampliação da Linha 2 até Vila Nova Cachoeirinha, com 9,6 mil metros de extensão, nove estações e excluindo a Estação Cerro Corá. O projeto acabou descartado quando da elaboração do PITU 2025 (atualização do PITU 2020): a primeira proposta de ampliação até Cerro Corá foi retomada e apareceu no planejamento do Metrô nos relatórios de sustentabilidade da empresa entre 2013 e 2016.[35][36][37]

O projeto de expansão da Linha 2 para o oeste apareceu, também, nos documentos da licitação para o projeto funcional da Linha 20–Rosa em 2020, mas somente incluindo a Estação Cerro Corá, imediatamente após Vila Madalena e em conexão com a linha estudada.[38] Aguarda-se a elaboração do PITU-2040, porém, para que seja atualizado de maneira mais concreta.[39]

Galeria editar

Ver também editar

Referências

  1. a b Companhia do Metropolitano de São Paulo (2020). «Realizações 2019 - Linha 2 – Verde» (PDF). Relatório Integrado 2019, página 35. Consultado em 19 de maio de 2020 
  2. Companhia do Metropolitano de São Paulo (maio de 2020). «Infraestrutura- Abril de 2020». Portal da Governança Corporativa e Transparência. Consultado em 31 de maio de 2020 
  3. a b c d Marco Uchôa (7 de abril de 1992). «Túnel passará pela torre da 'Cultura'». São Paulo. O Estado de S. Paulo: Cidades, pág. 2 
  4. Tribunal de Contas do estado de São Paulo (20 de agosto de 1997). «TCS-61.794/026/90, 951/026/91 e 1.529/026/92» (PDF). Diário Oficial do estado de São Paulo, Caderno Legislativo, página 29. Consultado em 26 de maio de 2019 
  5. Companhia do Metropolitano de São Paulo (9 de janeiro de 2002). «Processo 4114125201» (PDF). Diário Oficial do estado de São Paulo, Caderno Empresarial, página 14. Consultado em 7 de junho de 2019 
  6. Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (16 de setembro de 1997). «Julgamento dos Contratos» (PDF). Diário Oficial do estado de São Paulo. Consultado em 7 de junho de 2019 
  7. Felipe Grandin (26 de abril de 2010). «Governo de SP deixou de investir R$ 1,3 bi no Metrô». Jornal da Tarde (14 490). São Paulo: S.A. O Estado de S. Paulo. pp. pág. 3A. ISSN 1516-294X. Consultado em 1 de maio de 2010 
  8. Bruno Ribeiro (26 de junho de 2010). «Estações da Linha 2–Verde vão atrasar». Jornal da Tarde (14 551). São Paulo: S.A. O Estado de S. Paulo. pp. 9A. ISSN 1516-294X. Consultado em 26 de junho de 2010 
  9. http://blogs.estadao.com.br/jt-cidades/estacoes-com-horario-ampliado/[ligação inativa]
  10. «Mais de um ano após inauguração, linha 4 do Metrô de São Paulo passa a funcionar até 0h». UOL Notícias. 11 de setembro de 2011. Consultado em 11 de setembro de 2011 
  11. NOVA ESTAÇÃO SACOMÃ PODE SER VISITADA PELA POPULAÇÃO[1]
  12. Estaçãosacomã - Página oficial do metrô de São Paulo, acessada em 4 de junho de 2010 [2]
  13. [3][ligação inativa]
  14. Metrô inaugura estação Tamanduateí para melhorar ligação ABC-Paulista [4]
  15. a b «Linha 2 do Metrô já está saturada». Jornal da Tarde (14 492). São Paulo: S.A. O Estado de S. Paulo. 28 de abril de 2010. pp. pág. 4A. ISSN 1516-294X. Consultado em 1 de maio de 2010 
  16. a b c d Caio do Valle (11 de setembro de 2012). «Monotrilho da zona leste vira Linha 15-Prata». Jornal da Tarde (15 359). São Paulo: S.A. O Estado de S. Paulo. pp. pág. 4A. ISSN 1516-294X 
  17. «BNDES dá novo apoio à expansão do Metrô de SP com financiamento de R$ 2,3 bilhões». Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 21 de junho de 2013. Consultado em 23 de maio de 2014. Cópia arquivada em 3 de março de 2016 
  18. «Desapropriações -linha 2–verde». Companhia do Metropolitano de S. Paulo. Consultado em 23 de maio de 2014 
  19. «Governo do Estado anuncia publicação do edital da extensão da Linha 2–Verde». Governo do Estado de São Paulo. 10 de abril de 2014. Consultado em 23 de maio de 2014 
  20. Gerson Rodrigues (24 de Março de 2017). «Metrô demole imóveis desapropriados na Santa Clara». Folha de Vila Prudente. Consultado em 23 de julho de 2018 
  21. Vanessa de Sousa Fernandes (21 de julho de 2017). «Linha 2-Verde do Metrô: imóveis começam a ser demolidos na Vila Carrão». Gazeta do Tatuapé. Consultado em 23 de julho de 2018 
  22. Kátia Leite (7 de dezembro de 2017). «Metrô faz mais demolições em Vila Prudente». Folha de Vila Prudente. Consultado em 23 de julho de 2018 
  23. Igor Roberto (21 de outubro de 2018). «Obras paradas do Metrô criam ruas fantasmas em São Paulo». Rede Noticiando. Consultado em 21 de novembro de 2018 
  24. Companhia do Metropolitano de São Paulo (julho de 2018). «Linha 2-Verde» (PDF). Relatório de Empreendimentos. Consultado em 23 de julho de 2018 
  25. CETESB (20 de março de 2015). «Licença Ambiental de Instalação - Linha 2 Verde» (PDF). Metrô-SP. Consultado em 23 de julho de 2018 
  26. Ricardo Meier (3 de junho de 2019). «Linha 2-Verde terá expansão retomada até Penha em 2020». Metro CPTM. Consultado em 7 de junho de 2019 
  27. Diário do Transporte (1 de abril de 2019). «Prometida para 2018, chegada do Metrô em Guarulhos fica para 2028». Guarulhosweb. Consultado em 7 de junho de 2019 
  28. «Governo de SP autoriza início das obras de ampliação da Linha 2-Verde até Penha:Com mais 8,3 km de extensão e 8 novas estações, linha vai cruzar a zona leste, beneficiando mais de 300 mil pessoas por dia». Portal do Governo do Estado de São Paulo. 17 de janeiro de 2020. Consultado em 18 de janeiro de 2020 
  29. a b Lobo, Renato (16 de setembro de 2020). «Trecho da Linha 2-Verde até a estação Vila Formosa do Metrô deve ser entregue primeiro». Via Trolebus. Consultado em 17 de setembro de 2020 
  30. a b c Lobo, Renato (2 de outubro de 2020). «Três estações da expansão da Linha 2-Verde até a Penha têm nomes alterados». Via Trolebus. Consultado em 3 de outubro de 2020 
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