Linha orleanista de sucessão ao trono francês
O herdeiro aparente do ramo orleanista ao trono de França é Jean de Orléans, duque de França e conde de Paris, pentaneto do rei Luís Filipe I de França, último Rei dos Franceses.
Orléans e BragançaEditar
O ramo de Orléans e Bragança, apesar de originado pelos descendentes do primogênito do duque de Némours, D. Luís Gastão de Orléans, conde d'Eu, perdeu sua precedência para os demais ramos orleanistas franceses, pelo conde d'Eu ter-se casado com D. Isabel Leopoldina de Bragança, princesa imperial, herdeira aparente do trono do Brasil. Os termos dessa ordem sucessória foram expressos quando da assinatura da Declaração de Bruxelas, em 1909, que instituiu o título de príncipe de Orléans e Bragança e cuja primazia vigora entre os membros do ramo de Petrópolis. Pelo pacto, a casa real francesa reconhecia, em tese, os direitos de D. Luís Gastão de Orléans e seus filhos brasileiros desde que ele os reclamasse apenas no caso de todos os outros ramos orleanistas franceses terem sido extintos.
O fato dos membros do chamado ramo dinástico de Petrópolis não pertencerem mais à linha de sucessão ao trono brasileiro, pela renúncia de D. Pedro de Alcântara, não os impediu de deterem a primazia do principado de Orléans e Bragança e manterem-se com precedência ao trono francês maior do que os membros do chamado ramo dinástico de Vassouras.
PolêmicaEditar
A legitimidade dessa precedência garantida aos Orléans e Bragança, bem como seu título principesco francês, é questionada por muitos monarquistas e genealogistas. Isso se deve, principalmente, pela suposta reconquista, por parte de D. Luís Gastão de Orléans, conde d'Eu, consorte de D. Isabel de Bragança, última princesa imperial do Brasil, de seus direitos dinásticos quando da declaração de Bruxelas, algo considerado ilegítimo haja vista que esses direitos podem, tradicionalmente, ser perdidos ou renunciados, mas nunca reavidos. Também, a aparente falta de organização do principado de Orléans e Bragança, que não se encaixa no perfil das titulações francesas: a possibilidade de mantê-la mesmo em casamentos não-equivalentes, sua gerência pertencer, em tese, à casa imperial brasileira e a falta de pronunciamento da casa francesa quanto a legitimidade do principado de Orléans e Bragança.
Todavia, a tese de que direitos dinásticos podem ser perdidos mas não reconquistados se demonstra um tanto relativizada. O duque de França e conde de Paris, Henrique de Orléans (1933-2019),reabilitou seus irmãos Miguel, conde de Evreux, e Thibaut, antigo conde de La Marche, que haviam sido banidos da linha sucessória por seu pai, Henrique, antigo duque de França. Note-se que o pai de Henrique os baniu por se terem casado com pessoas não-dinastas, em matrimônio desigual.
GallieraEditar
Todavia, mesmo o ramo de Orléans e Bragança antecede ao ramo de Orléans e Galliera, cujos membros são em geral desconsiderados à ordem sucessória. Isso porque estes são descendentes de Antônio, duque de Montpensier, filho de Luís Filipe I de França, que se tornou dinasta espanhol após casar-se com a infanta Luísa Fernanda de Bourbon, em 1846. Como agravante, Afonso de Orléans, quinto duque de Galliera e neto do duque de Montpensier, casou-se, em 1909, com a protestante Beatriz Leopoldina Vitória, princesa de Saxe-Coburgo-Gota e Edimburgo, o que era considerado inadmissível pelas casas da Espanha e de França. Desse casamento descendem os atuais membros de Orléans e Galliera, que há várias gerações se tornaram cidadãos espanhóis e não possuem qualquer precedência ao trono francês reconhecida.
Pretendentes orleanistas ao trono de FrançaEditar
- João de Orléans, conde de Paris (1965)
- Eudes de Orléans, duque de Angoulême (1968)
- Pedro de Orléans (2003)
- Miguel, conde de Evreux (1941)
- Carlos Filipe de Orléans, duque de Anjou (1973)
- Francisco de Orléans (1982)
- Tiago, duque de Orléans (1941)
- Carlos Luís, duque de Chartres (1972)
- Filipe, duque de Valois (1998)
- Constantino de Orléans (2003)
- Foulques, duque de Aumale (1974)
- Roberto, conde de la Marche (1976)
- Pedro Carlos de Orléans e Bragança (1945)
- Pedro Tiago de Orléans e Bragança (1979)
- Filipe Rodrigo Alexandre de Orléans e Bragança (1982)
- Afonso Duarte de Orléans e Bragança (1948)
- Manuel Álvaro de Orléans e Bragança (1949)
- Manuel Afonso de Orléans e Bragança (1981)
- Francisco Humberto de Orléans e Bragança (1956)
- Francisco Teodoro de Orléans e Bragança (1979)
- Gabriel Pires de Orléans e Bragança (1989)
- João Henrique de Orléans e Bragança (1954)
- João Filipe de Orléans e Bragança (1986)
- Luíz Gastão de Orléans e Bragança (1938)
- Eudes Maria de Orléans e Bragança (1939)
- Luiz Philippe de Orléans e Bragança (1969)[1]
- Maximiliano de Orléans e Bragança (2012)
- Eudes de Orléans e Bragança (1977)
- Eudes de Orléans e Bragança (2011)
- Guy de Orléans e Bragança (1985)
- Bertrand Maria José de Orléans e Bragança (1942)
- Pedro de Alcântara Henrique de Orléans e Bragança (1945)
- Gabriel de Orléans e Bragança (1980)
- Fernando Diniz de Orléans e Bragança (1948)
- Antônio João de Orléans e Bragança (1950)
- Rafael Antônio de Orléans e Bragança (1986)
- Francisco Maria de Orléans e Bragança (1955)
- Alberto Maria José de Orléans e Bragança (1957)
- Pedro Alberto de Orléans e Bragança (1988)
- Antônio de Orléans e Bragança (1997)
Ver tambémEditar
- Linha de sucessão ao trono brasileiro
- Príncipe de Orléans e Bragança
- Orleanista
- Casa de Orleães
- Casa de Orleães-Bragança
Referências
- ↑ «As ideias do príncipe». Época. 18 de setembro de 2018. Consultado em 18 de janeiro de 2022