Lissamphibia é uma sub-classe de cordados que integra todos os anfíbios viventes. O grupo evoluiu entre o Triássico (pererecas, rãs e sapos) e Jurássico (gimnofionos, salamandras e tritões). Os anfíbios viventes pertencem a uma de três ordens - Anura (rãs, incluindo sapos), Caudata ou Urodela (salamandras, incluindo tritões) e Gymnophiona ou Apoda. Apesar dos ancestrais de cada um destes grupos ser controversa, todos partilham algumas características comuns, que indicam que eles evoluíram a partir de um ancestral comum e por isso formam um clado. A descoberta de uma forma do Permiano (Gerobatrachus hottoni) mostrou que rãs e salamandras tem um ancestral comum mais recentemente (±290 M.a.) do que anteriormente se achava baseado apenas no relógio molecular.

Lissamphibia
Intervalo temporal:
Triássico InferiorPresente
250–0 Ma
(Possível registro no Permiano)
Centrolene prosoblepon
Classificação científica e
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Amphibia
Subclasse: Lissamphibia
Haeckel, 1866
Subgrupos
Wikispecies
Wikispecies
O Wikispecies tem informações sobre: Lissamphibia

Taxonomia

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Enquanto que a monofilia dos Lissamphibia é aceita por muitos herpetólogos e paleontólogos, a origem e relação entre os vários grupos de Lissanfíbios quer entre eles quer com outros grupos de tetrápodes permanece controversa.[1] Nem todos os paleontólogos estão convencidos que os lissamphibia são de facto um grupo natural, pois as várias características também são partilhadas com alguns anfíbios do Paleozoico, e é possível que estas características tenham evoluído independentemente.[2]

Actualmente há três hipoteses prevalecentes sobre a origem dos lissanfíbios: monofilia com os temnospondyli, monofilia com lepospondyli ou difilético (duas ancestrias separadas) com os apoda dentro dos lepospondyli e caudata e anura com os temnospondyli.

Características

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As seguintes características são partilhadas por alguns, a maioria ou todos os Lissamphibia. Algumas destas aplicam-se a partes do corpo moles e por isso não estão presentes em fósseis. Aquelas que se referem ao esqueleto e são fossilizáveis também são conhecidas em vários tipos de anfíbios do Paleozoico:

-pulmonar -cultênea -buco-faringeana -branquial

  • "Centra" cilíndrica (o corpo central das vértebras; também encontrado em vários grupos dos primeiros tetrápodes)
  • Dentes pedicilados (a coroa dos dentes estão separados da raiz por uma zona de tecido fibroso; também encontrado em alguns Dissorophoidea; os dentes de algumas salamandras fósseis não são pedicilados)
  • Dentes bicuspidos (duas cúspides por dente, também encontrado em Dissorophoidea juvenis)
  • Presença de papilla amphibiorum e papilla basilaris: áreas na parede do sáculo do ouvido interno sensíveis a frequências inferiores a 1000 Hz e superiores a 1000 Hz, respectivamente.
  • Opérculo (pequeno osso no crânio, ligado à cintura escapular pelo músculo opercular → sons de baixa frequência do ar ou substrato; provavelmente envolvido na audição e equilibrio; ausente em Gymnophiona e algumas salamandras, fundido aos ossos do ouvido na maioria dos anuros)
  • Perda dos ossos do crânio posteriores )também em Microsauria e Dissorophoidea)
  • Pterigóide pequeno e muito separado (também em Temnospondyli e Nectridea)
  • Processo cultriforme largo do parasfenóide (também em alguns Microsauria (Rhynchonchos) e Lysorophia)
  • Condilo occipital duplo ou emparelhado
  • Sistema reprodutor são dióicos-desenvolvimento indireto (metamorfose)

Referências

  1. Pardo, Jason D.; Small, Bryan J.; Huttenlocker, Adam K. (3 de julho de 2017). «Stem caecilian from the Triassic of Colorado sheds light on the origins of Lissamphibia». Proceedings of the National Academy of Sciences (em inglês). 114 (27): E5389–E5395. ISSN 0027-8424. PMID 28630337. doi:10.1073/pnas.1706752114 
  2. Fong, Jonathan J.; Brown, Jeremy M.; Fujita, Matthew K.; Boussau, Bastien (7 de novembro de 2012). «A Phylogenomic Approach to Vertebrate Phylogeny Supports a Turtle-Archosaur Affinity and a Possible Paraphyletic Lissamphibia». PLOS ONE (em inglês). 7 (11): e48990. ISSN 1932-6203. PMC 3492174 . PMID 23145043. doi:10.1371/journal.pone.0048990 

Ligações externas

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