Long Term Evolution

 Nota: Se procura Companhia Aérea LTE, veja LTE (Companhia Aérea).

O LTE (acrónimo de Long Term Evolution, em português Evolução de Longo Prazo) é um padrão de redes de comunicação móveis que se encontra em fase de adaptação por parte dos operadores que utilizam tecnologias GSM como 3G/W-CDMA e HSPA e também pelos operadores de CDMA. Esta nova tecnologia de rádio permite velocidades de 150Mb/s de downlink e 50Mb/s de uplink (taxas máximas), embora sua proposta original previa, em teoria, uma velocidade de 300Mb/s[1].

Shows the countries where 3GPP Long Term Evolution is available
Adoção da tecnologia LTE em 7 de dezembro de 2014.
  Países com redes LTE em operação comercial
  Países com redes LTE em implantação ou planejadas
  Países a realizar testes com o sistema LTE (pré-acordo)

O LTE foi concebido para manter a compatibilidade com o GSM e o HSPA. Incorpora o Multiple In Multiple Out (MIMO), em combinação com uma multiplexação Orthogonal Frequency Division Multiple Access (OFDMA) no downlink e Single Carrier FDMA no uplink para conseguir utilizações eficientes do espectro. Ele pode ser utilizado em blocos de frequências de 1,4 MHz a 20 MHz e ambas em operação FDD e TDD.

Apesar de tanto o LTE como o WiMAX utilizarem uma ligação sem fios OFDMA, o primeiro possui a vantagem de ser compatível com os recursos existentes nas redes HSPA e GSM, permitindo que os operadores móveis possam realizar a transição para a tecnologia LTE sem descontinuidade de serviço nas redes já existentes.

Vários dos grandes operadores de comunicações móveis, incluindo alguns que utilizam a norma CDMA, optaram pela adopção dessa tecnologia nos próximos anos.

LTE por país editar

Em Portugal editar

A emissão de TV de sinal aberto sofreu alterações em todo o país. A passagem do sinal de TV analógico para o digital era inevitável e a adoptou-se o DVB-T.

Juntando o “útil ao agradável” a ANACOM disponibilizou e levou a leilão várias frequências destinadas a redes móveis.

As 3 operadoras nacionais dispõem da mesma capacidade, nas frequências usadas para serviços 4G:

Frequências Operadores
MEO Vodafone NOS
800Mhz 2x10Mhz 2x10Mhz 2x10Mhz
1800Mhz 2x14Mhz 2x14Mhz 2x14Mhz
2600Mhz 2x20Mhz 2x20Mhz 2x20Mhz

A frequência mais apropriada para a máxima qualidade em redes LTE e que consegue maior penetração em espaços indoor, pondo de parte efeitos externos, é a dos 800 MHz, conseguindo maior alcance com o mínimo de perdas.

Com a migração da TV analógica para digital terminada, entram então em funcionamento as antenas de rede móvel referentes a essa frequência, em Abril de 2012.

Aquando do leilão do 4G, os três operadores ficaram obrigados a cobrir 160 freguesias cada um, fruto dos dois lotes que adquiriram na frequência dos 800 MHz. A lista de 480 freguesias tinha sido definida em setembro de 2012, tendo-se seguido o período de escolha.

A listagem definitiva foi aprovada pela Anacom a 22 de agosto, numa deliberação onde o regulador dispensa uma audiência prévia dos interessados por todo o processo ter decorrido em conformidade com as regras definidas.[2]

No Brasil editar

A faixa 700 MHz, que é hoje destinada à televisão aberta, com previsão de sua extinção gradual entre 2016 e 2018, poderia ser utilizada pois os canais que seriam afetados são atualmente pouco utilizados, no UHF estaria ainda disponíveis vários canais do canal 13 ao canal 51.[3]

O governo brasileiro está tentando fazer o leilão da faixa 2500 MHz onde, a cobertura seria muito menor e mais cara porque precisaria de muito mais antenas. Além disso, celulares e tablets vindos dos Estados Unidos (EUA) e Europa não funcionariam aqui, a exemplo do Apple iPad 3 LTE que só funciona em 700 MHz. Fabricantes como a Qualcomm líder em tecnologia 4G recomendam o uso do espectro de 700 MHz na América Latina.[4]

Liberar os canais de 52 ao 69 em UHF (TV aberta analógica) traria o 4G a um custo menor pois haveria um gasto menor para aumento da cobertura, já que a frequência 700 MHz tem um alcance até 4 vezes maior que o 2500 MHz.

Porém, o serviço nos 700Mhz que já funciona no Japão, causa interferências severas nas TV digitais na faixa do UHF. Por sua vez, entidades do setor de radiodifusão como a ABERT defendem a não implantação deste segmento para o 4G, e apenas para uso de serviços da TV Digital no Brasil.[5][6]

LTE-Avançado editar

O LTE-Avançado estende princípios que estão por trás da tecnologia LTE em mais um passo na transferência de dados. Incorporarem o alto MIMO (4x4 e mais além) e que permite múltiplos operadores para serem ligados em conjunto num único fluxo, o segmento alvo é para taxas de velocidade de 1Gbps que foram estabelecidas.

LTE-Avançado também tem a intenção de usar uma série de outras inovações, incluindo a capacidade de utilização de faixas de frequência não contíguas , com a intenção de que isso irá aliviar problemas na faixa de frequências de um espectro cada vez mais lotado, as suas estações base e plena incorporação de Femto vão utilizar nas células de auto-organização da rede técnicas.

LTE-Avançado é uma tecnologia da 3GPP como um candidato para a ITU-R no processo IMT-Advanced, que se destina a identificar a tecnologia '4G'.

Referências

  1. Astély, David (2009). «LTE: the evolution of mobile broadband» (PDF). IEEE Communications magazine. Consultado em 11 de junho de 2018 
  2. http://www.anacom.pt/streaming/decisao22ago2013Obrigacoes_cobert_faixa800MHz.pdf?contentId=1171333&field=ATTACHED_FILE
  3. «Para Anatel, decisão sobre 700 Mhz é política - Observatório do Direito à Comunicação». www.direitoacomunicacao.org.br. Consultado em 15 de abril de 2012. Arquivado do original em 28 de outubro de 2011 
  4. «TELETIME News - Qualcomm pede harmonização de faixas na América Latina». www.teletime.com.br. Consultado em 15 de abril de 2012. Arquivado do original em 18 de novembro de 2011 
  5. «ABERT - A utilização da faixa de 700 MHz no Brasil, uma situação especial». Consultado em 11 de julho 2012. Arquivado do original em 29 de maio de 2012 
  6. «Estudo japonês mostra problema maior do que o esperado de interferência do LTE na radiodifusão». www.teletime.com.br/. Consultado em 25 de setembro de 2013. Arquivado do original em 27 de setembro de 2013 
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