Lorica (do latim: lorica; "espartilho" ou "couraça" [usada pelos antigos soldados romanos]) é designação utilizada em biologia para designar a cobertura externa protectora, uma forma de exoesqueleto, geralmente em forma de concha, frequentemente reforçada com grãos de areia e outras partículas, que é secretada pelos organismos do filo Loricifera e por alguns protozoários.[1] Geralmente é de forma tubular ou cónica, como um invólucro ou concha solta que é fechada apenas numa extremidade.[2]

Lorica (de coloração rosa) de um loricífero do género Spinoloricus.

Descrição editar

Um exemplo é o género de protozoários Stentor, no qual a lorica assume uma forma semelhante a um trompete. Nos tintinídeos, a lorica é frequentemente transparente e é usado como domicílio.[3] A espécie Halofolliculina corallasia apresenta uma lorica que é ligada ao organismo como se fosse uma estrutura externa e na qual este se retrai quando perturbado.

A formação da lorica segue três fases distintas: (1) aglomeração em torno de um molde natural; (2) extensão helicoidal; e (3) estabilização.[4]

Referências editar

  1. Davis, Charles C. (1 janeiro 1981). «Variations of lorica shape in the genus Ptychocylis (Protozoa: Tintinnina) in relation to species identification». Journal of Plankton Research. 3 (3): 433-443. doi:10.1093/plankt/3.3.433 
  2. «lorica (biology) -- Britannica Online Encyclopedia». britannica.com. Consultado em 16 de agosto de 2009 
  3. «Mic-UK: TINTINNINAE». www.microscopy-uk.org.uk. Consultado em 16 de agosto de 2009 
  4. «Protozoan plankton ecology – Three phases of lorica formation». books.google.com. Consultado em 16 de agosto de 2009 

Ver também editar