Luís III, Duque de Anjou

Luís III (Angers, 25 de setembro de 1403Calábria, 12 de novembro de 1434) foi rei titular de Nápoles, conde da Provença, de Focalquier, do Piemonte e do Maine, duque de Anjou e, a partir de 1426, da Calábria.

Luís III, Duque de Anjou
Luís III, Duque de Anjou
Nascimento 25 de setembro de 1403
Angers
Morte 12 de novembro de 1434 (31 anos)
Cosença
Cidadania França
Progenitores
Cônjuge Margarida de Saboia
Irmão(ã)(s) Renato I de Nápoles, Carlos, Conde de Maine, Maria de Anjou, Iolanda de Anjou
Ocupação monarca
Título Duque de Anjou, conde de Provença e Forcalquier, Duque da Calábria
Causa da morte malária

Biografia editar

Era o mais velho e o herdeiro de Luís II, duque de Anjou, e de Iolanda de Aragão. Eram seus irmãos Maria de Anjou, rainha consorte de Carlos VII da França; Renato, conde de Guise; Iolanda de Anjou, primeira esposa de Francisco I, duque da Bretanha; Carlos, futuro conde do Maine.

Em 1410, o trono de Aragão ficou vago com a morte do rei Martim. A mãe de Luís, Iolanda, filha do rei João I de Aragão, o antecessor de Martim I, reivindicou o trono em nome de Luís, então com seis anos de idade. Todavia, embora muito obscuras, as leis de sucessão aragonesas davam preferência a todo parente homem a qualquer mulher (foi assim que o tio de Iolanda, Martim, herdou o trono). Martim morreu sem descendentes legítimos, e depois de dois anos de interregno, os estados de Aragão, pelo Compromisso de Caspe, em 1412, escolheram o infante Fernando de Castela, outro sobrinho de Martim, o segundo filho varão de sua irmã Leonor de Aragão e João I de Castela. Iolanda e seus filhos, no entanto, consideravam-se os herdeiros de mais direito, e passaram a usar o título de reis de Aragão.

O papa Martim V investiu-o, em 4 de dezembro de 1419, como "rei da Sicília" (Nápoles), em oposição à vontade da rainha Joana II, a qual, sem filhos, adotara Afonso V de Aragão como seu herdeiro. Em 1420, Luís desembarcou em Campânia e cercou Nápoles, mas teve que se retirar com a chegada da frota aragonesa. Afonso entrou na cidade em 1421, e Luís perdeu o apoio do papa, cansado pelos custos da guerra. Contudo, com o detrimento das relações entre Afonso e Joana após a prisão do amante e primeiro-ministro da rainha, Giovanni Caracciolo, a monarca mudou-se para Aversa, onde se aliou a Luís. Este foi adotado e nomeado herdeiro, recebendo o título de duque da Calábria. Quando Afonso teve que retornar para a Espanha, o reino estava pacificado. Luís mudou-se para seu feudo na Calábria, onde viveu com sua esposa, Margarida de Saboia, filha Amadeu VIII de Saboia.

Infelizmente, Luís jamais chegou a ser rei efetivamente, pois faleceu de malária, em Cosenza, meses antes de Joana II. Como não teve filhos, sua herança foi passada a seu irmão, o conde de Guise, que foi coroado Renato I de Nápoles. Margarida de Saboia permaneceu viúva por mais de dez anos, casando-se novamente com Luís, futuro Eleitor do Palatinato, e foi mãe de Filipe do Palatinado. Viúva mais uma vez, uniu-se a Ulrico V, conde de Vutemberga-Estugarda, de quem teve mais três filhas.[1]

Referências editar

Precedido por:
Luís II
 
Duque de Anjou
Conde do Maine, da Provença, de Focalquier e do Piemonte

29 de abril de 141712 de novembro de 1434
Sucedido por:
Renato
Precedido por:
Duque da Calábria
14261434