Louise "Lua" Aurora Getsinger (1o. Novembro de 1871, Hume, NY – 1o Maio 1916, Cairo, Egito) conhecida como Lua Getsinger foi uma das primeiras ocidentais a se tornar membro da Fé Bahá'í, em 1897. Lua foi a sexta dos dez filhos de Ellen McBride (nascida em 1843) e seu marido Reuben D. Moore em Hume, uma pequena localidade rural localizada a noroeste do estado de Nova Iorque, Condado de Wyoming, acerca de 90 quilômetos ao sul do Lago de Ontário.

Lua Getsinger
Nascimento Louise Aurora Getsinger
1871
Morte 1916 (44–45 anos)
Cidadania Estados Unidos
Religião Fé bahá'í

Quando tinha cerca de vinte anos, Lua foi a Chicago para estudar teatro, porém logo o palco perdeu lugar para o interesse em religiosidade de diversas denominações, sociedades místicas e cultos que havia naquela cidade. Procurando uma fé que lhe satisfizesse, Lua ficava constantemente decepcionada, mas nunca desencorajada. Ela tinha vinte e dois anos quando pela primeira vez ouvira sobre Bahá’u’lláh em 1893 ao ler um relato do jornal sobre o Parlamento Mundial de Religiões, que foi uma das reuniões especialmente realizadas na Columbian Exposition em Chicago no mesmo ano.[1]

Desde o momento em que abraçou a Fé Bahá'í, ela fez inúmeras viagens a Akká em visitas a ‘Abdu’l-Bahá. Nessas viagens, houve também longos períodos de serviço como professora de inglês na casa do próprio filho de Bahá'u'lláh, permitindo-lhe aprender o persa e ensinar a língua inglesa a membros de Sua família.[2]

Ao se tornar uma proeminente discípula do filho de Bahá’u’lláh, `Abdu'l-Bahá, Lua recebeu Dele os títulos de "Arauto do Convênio", "Instrutora Mãe do Ocidente" e “Estandarte”, dada sua pureza, força impetuosa, grande ternura de coração e pelos numerosos serviços prestados por ela à Fé Bahá'í em diversos lugares do mundo. Ela ensinou os princípios de Bahá'u'lláh em diversas ocasiões e também representou a Fé em visitas a representantes de governo como o Xá Muzaffari’d-Dín Shah (Persia) em visita a Paris, e ao Marajá de Jalowar, na India. Tais atos significaram uma coragem e resiliência incomum para uma Ocidental naquele período, características de destaque que a guiaram por todo o seu serviço em vida.[3]

Em maio de 1912, quando`Abdu'l-Bahá lançou a pedra fundamental do Templo-Mãe do Ocidente (em Wilmette, Chicago, EUA), Lua recebeu a grata missão simbólica de ser a primeira a escavar a terra para o início das construções, uma simbologia que marcaria para sempre o papel dela no início da disseminação da Fé Bahá'í no mundo ocidental[4]. Lua Getsinger morreu repentinamente aos 45 anos de ataque cardíaco no dia 2 de maio de 1916 em Cairo, Egito, pouco antes de começar um serviço voluntário como enfermeira para soldados feridos na Primeira Guerra Mundial.[5]

Referências

  1. RUHE-SCHOEN, Janet (2013). Um amor que não espera. Mogi Mirim: Bahá'i do Brasil. p. 11. ISBN 978-85-320-0265-5 
  2. METELMANN, Velda Piff. Lua Getsinger: Herald of Covenant. Oxford : George Ronald Pub., 1997, p. 85-91.
  3. Biography: Lua Getsinger. In: http://www.thejourneywest.org/2012/01/23/biography-lua-getsinger
  4. RUHE-SCHOEN, p. 28.
  5. RUHE-SCHOEN, p. 33.