Ludwig Riedel (Berlim, Prússia, 2 de março de 1790Rio de Janeiro, Brasil, 1861) foi um botânico alemão que chegou ao Brasil em 1811 com a expedição do barão Langsdorff. Ao final desta (1825-1829), Riedel radicou-se no Rio de Janeiro, ocupando o posto de diretor do Jardim do Passeio Público e, posteriormente, diretor da seção de botânica do Museu Nacional.

Ludwig Riedel
Ludwig Riedel
Nascimento 2 de março de 1790
Berlim
Morte 6 de agosto de 1861
Rio de Janeiro
Residência Reino da Prússia
Cidadania Reino da Prússia, Brasil
Ocupação botânico, colecionador de plantas

Em colaboração com Carlos Augusto Taunay[1] escreveu o 'Manual do Agricultor Brasileiro'. Foi também Chefe das Matas e Jardins, no tempo do Império. Ludwig casou-se com uma brasileira, o que se tornou uma tradição constante na família Riedel.

Biografia editar

Riedel iniciou sua vida profissional servindo ao exército prussiano (1813-1815) e após isso, começou à sua prática na coleta de vegetais no sul da França (1816-1817). [2]

Riedel foi para o Brasil em 1821, convidado a participar da expedição organizada pelo médico, naturalista, etnógrafo e explorador alemão-russo Baron von Langsdorff financiada pelo Governo Russo.

De 1821 a 1830, Riedel trabalhou no Brasil coletando plantas na Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerais para o Jardim Botânico de São Petersburgo. Com o término da expedição em 1829, Riedel retornou a São Petersburgo, onde foi generosamente recompensado por seu trabalho na expedição, uma vez que ele foi responsável em finalizá-la, pois Langsdorff ficou enfermo [3]. Da coleta deste período, organizou um herbário com 60.000 exemplares [2].

No período entre 1831 e 1836, retorna uma segunda vez ao Brasil para fazer mais coletas no Rio, Minas Gerais e então incluindo também Goiás e São Paulo. Entre 1833 e 1835, trabalhou também junto ao explorador dinamarquês Peter Wilhelm Lund.

Em 1836, ele aceitou uma posição permanente no Museu Nacional do Rio de Janeiro, desligando-se do Governo Russo e sendo o primeiro estrangeiro com posto permanente no museu. Fundou e dirigiu o departamento de botânica e o Jardim Botânico a ele ligado (Horto Florestal) até 1858.[4]

Em 1839, foi nomeado Diretor do então Jardim Botânico do Passeio Público (1839-1858), e posteriormente, já em 1848, tornou-se o primeiro Diretor de Jardins (1848-1861). Com isso, ele participou da primeira institucionalização da prática paisagística na Capital Imperial do Brasil.

Honras editar

Epônimos editar

Gêneros
Espécies

Abreviatura editar


Referências

  1. «Manual do Agricultor Brasileiro». Consultado em 25 de abril de 2019 
  2. a b «arquitextos 213.02 paisagismo: Ludwig Riedel, o primeiro diretor de jardins da capital do império do Brasil | vitruvius». www.vitruvius.com.br. Consultado em 15 de junho de 2020 
  3. Ramachandra, Adilson Silva (2007). Pensamento em mutação: a trajetória de uma editora : Pensamento--Cultrix 100 anos, 1907-2007. [S.l.]: Editora Pensamento 
  4. «Riedel, Ludwig (1790-1861)». JSTOR (em inglês). Consultado em 4 de abril de 2020 
  5. Fl. Bras. (Martius) 7: 171. 1863 (IK)
  6. Linnaea 7: 240. 1832 (IK)
  7. Hooker's Icon. Pl. 15: t. 1419. 1883 (IK)
  8. Gen. Pl. [Bentham & Hooker f.] 2(2): 1111. 1876 (IK)
  9. Kew Bull. 43(4): 605 1988 (IK)
  10. Ann. Bot. (Oxford) 5. 213. 1891. 1891 (IF)
  11. Fl. Bras. (Martius) 5(1): 212 (IK)
  12. Ark. Bot. 5(4): 11. 1906 (IK)
  13. Notizbl. Bot. Gart. Berlin-Dahlem 14: 163. 1938 (IK)
  14. Bull. Herb. Boissier Ser. II. iv. 196. 1904 (IK)
  15. Apocyn. S. Amer. 160 1878 (IK)
  16. Oesterr. Bot. Z. 9: 99. 1859 (IK)
  17. Palmiers [Kerchove] 245. 1878 (IK)
  18. Fl. Bras. (Martius) 6(4): 225 (IK)
  19. Fl. Bras. (Martius) 6(3): 82 (IK)
  20. London J. Bot. 5: 213. 1846 (IK)
  21. Bull. Soc. Bot. France 52(Mém. 3[a]): 52, nomen. 1905 (IK)
  22. Ann. Sci. Nat., Bot. sér. 2, 20: 143. 1843 (IK)
  23. Brittonia iii. 488 1940 (IK)
  24. Fl. Bras. (Martius) 12(1): 410. 1888 (IK)
  25. Blumea iii. 366 1939 (IK)
  26. Fl. Bras. (Martius) 14(2): 155 (IK)
  27. Enum. Subst. Braz. 50. 1836 (IK)
  28. Flora 72: 424. 1889 (IK)
  29. Bull. Jard. Bot. Natl. Belg. 43(3-4): 406. 1973 (IK)
  30. 1931 (GCI)
  31. Darwiniana 3: 195. 1939 (GCI)
  32. Anat. Charakt. Dalberg. 41. 1892 as Hecastophyllum (GCI)
  33. Prodr. (DC.) 11: 649. 1847 (IK)
  34. Jahrb. Königl. Bot. Gart. Berlin 5: 37. 1889 (GCI)
  35. Nomencl. Icon. Cannel. 6 1889 (IK)
  36. a b (GCI)
  37. Fl. Bras. (Martius) 12(3): 576. 1892 (IK)
  38. Fl. Bras. (Martius) 12, pt. 3: 296. 1891 (GCI)
  39. Pflanzenr. (Engler) 4, Fam. 48: 105. 1902 (GCI)
  40. Trudy Imp. S.-Peterburgsk. Bot. Sada iii. II. 284 1875 (IK)
  41. Gartenflora 80. 1858 (IK)
  42. Ind. Sem. Hort. Hafn. 1853 (IK)
  43. Revis. Gen. Pl. 2: 952. 1891 (GCI)
  44. Fl. Bras. (Martius) 11(1): 202 (IK)
  45. Ann. Mus. Bot. Lugduno-Batavi iii 223 (IK)
  46. 1897 (GCI)
  47. Ann. Sci. Nat., Bot. sér. 8, 16: 224. 1902 (IK)
  48. Fl. Bras. (Martius) 3, pt. 4: 80. 1893 (GCI)
  49. Mém. Acad. Imp. Sci. Saint-Pétersbourg, Sér. 6, Sci. Math., Seconde Pt. Sci. Nat. vii 113. 1849 (IK)
  50. Fl. Bras. (Martius) 2(3): 213 (IK)
  51. Sp. Gram. Ic. iii. t. 323 (IK)
  52. Fam. Podost. iii 19 t. 21 fig. 11-22 et t. 22 fig. 1-11. 1888 (IK)
  53. Prodr. (DC.) 17: 61. 1873 (IK)
  54. Bot. Jahrb. Syst. 13(2): 137. 1890 (GCI)
  55. Scripta Bot. Belg. 1: 139, 167. 1992 (GCI)
  56. Index Seminum [St. Petersburg] (1858) 50; et in Gartenfl. 1859 (IK)
  57. Rep. Voy. Challenger, Bot. i. III. 128 (IK)
  58. Jahrb. Königl. Bot. Gart. Berlin 2: 110. 1883 (IK)
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