Luiz Alfredo Garcia-Roza

escritor brasileiro

Luiz Alfredo Garcia-Roza (Rio de Janeiro, 16 de setembro de 1936Rio de Janeiro, 16 de abril de 2020) foi um escritor e psicanalista brasileiro conhecido por seus romances policiais, em sua maioria protagonizados pelo investigador Espinosa.

Luiz Alfredo Garcia-Roza
Luiz Alfredo Garcia-Roza
Fotografia de arquivo do autor, de 25 de junho de 2012. Foto de autoria de Marcos Michael para Folhapress
Nascimento 16 de setembro de 1936
Rio de Janeiro, RJ
Morte 16 de abril de 2020 (83 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Nacionalidade brasileiro
Cônjuge Livia Garcia-Roza
Ocupação escritor
Principais trabalhos O silêncio da chuva (1996)
Prémios Prêmio Jabuti (1997)
Prêmio Nestlé de Literatura Brasileira (1997)
Género literário romance, conto, estudos de psicanálise

Biografia editar

Garcia Roza nasceu em 16 de setembro de 1936, no Rio de Janeiro. Se casou com a psicanalista e também escritora Livia Garcia-Roza[1].

Na maior parte de sua vida, trabalhou como professor universitário e autor de livros e artigos sobre psicanálise. Em 1996, aos 60 anos de idade, estreou na ficção com o romance policial O Silêncio da Chuva, que lhe rendeu o prêmio Jabuti em 1997, na categoria romance.[2][3]

Em 2006, recebeu o título de professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro no Fórum de Ciência e Cultura.[4]

O escritor faleceu na cidade do Rio de Janeiro, em 16 de abril de 2020, após 1 ano internado devido a complicações de um Acidente Vascular Cerebral (AVC)[5]

Sobre a sua obra de ficção editar

Suas histórias se passam, basicamente, na cidade do Rio de Janeiro, entre Copacabana e o bairro Peixoto. Neste reside o personagem recorrente de seus livros, o delegado Espinosa, cuja delegacia se localiza em Copacabana. A galeria de personagens conta ainda com o jovem investigador Welber, braço-direito de Espinosa e tão incorruptível quanto o delegado. O único romance do autor em que o delegado não aparece é Berenice Procura, de 2005.

Suas histórias, embora ambientadas no Rio de Janeiro, fogem do estereótipo ao apresentar casos muito mais relacionados a dramas pessoais mal-resolvidos do que aos temas recorrentes do narcotráfico e da venda de armas. O interior de cada personagem é bastante explorado, sem, contudo, esquecer as descrições de um Rio de Janeiro muito particular, a cidade vista pelo heterodoxo policial Espinosa.[6]

Adaptações editar

Cinema editar

O primeiro livro a receber adaptação para o cinema foi Achados e Perdidos, em 2006, dirigido por José Joffily e protagonizado por Antônio Fagundes. Em 2007, o roteirista Paulo Halm ganhou o Prêmio ABL de Cinema, por melhor roteiro adaptado.[7][8]

Outro livro que recebeu adaptação foi Berenice Procura. O filme foi destaque na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, no Festival Mix Brasil e no Festival do Rio em 2017, além de ter percorrido alguns países através do Festival Brasileiro de Paris, do 34º Chicago Latino Film Festival, da 9ª Edição do Festival de Cinema Cidade do Luxemburgo e do Festival Internacional de Cinema Brasileiro em Milão.[9] Teve direção de Allan Fiterman e foi protagonizado por Cláudia Abreu, Caio Manhente e a modelo Valentina Sampaio.[10]

Em 2018, foi anunciada a adaptação do livro O Silêncio da Chuva para o cinema, com direção de Daniel Filho e roteiro de Lusa Silvestre ("Estômago", "O Roubo da Taça" e "A Glória e a Graça"). O filme terá como protagonista o ator Lázaro Ramos, interpretando o detetive Espinosa e deverá ser lançado em 2019.[11]

Ano Título Diretor
2006 Achados e Perdidos José Joffily
2018 Berenice Procura Allan Fiterman
2019 O Silêncio da Chuva Daniel Filho

Série de televisão editar

No dia 15 de outubro de 2015, estreou no canal GNT a série Romance Policial - Espinosa, uma série televisiva baseada no romance Uma Janela Em Copacabana. Com direção de José Henrique Fonseca e tendo como protagonista o ator Domingos Montagner, a série contou com oito capítulos semanais.[12][13]

Ano Título Diretor
2015 Romance Policial - Espinosa José Henrique Fonseca

Obras editar

Romances editar

Não-ficção editar

Referências

  1. «O Casal 2000 da literatura brasileira». digestivocultural.com. 24 de julho de 2007. Consultado em 24 de junho de 2018. Cópia arquivada em 24 de junho de 2018 
  2. «60º Prêmio Jabuti - Premiados». premiojabuti.com.br. Consultado em 24 de junho de 2018. Cópia arquivada em 24 de junho de 2018 
  3. «Luiz Alfredo Garcia-Roza». zahar.com.br. Consultado em 24 de junho de 2018. Cópia arquivada em 24 de junho de 2018 
  4. Borgerth, Mariana (5 de outubro de 2006). «Luis Alfredo Garcia Roza ganha título de professor emérito». Agência UFRJ de Notícias. Consultado em 9 de outubro de 2019 
  5. «Morre, aos 84 anos, o mestre da literatura policial Luiz Alfredo Garcia-Roza». 16 de abril de 2020 
  6. «Garcia-Roza: da psicanálise ao romance policial». comciencia.br. Consultado em 24 de junho de 2018. Cópia arquivada em 24 de junho de 2018 
  7. «Achados e Perdidos». TV Brasil. 10 de outubro de 2014. Consultado em 9 de outubro de 2019 
  8. «Prêmios Literários da ABL». Academia Brasileira de Letras. Consultado em 9 de outubro de 2019 
  9. Lima, Leandro (9 de julho de 2018). «Berenice Procura | "É um filme de inclusão", afirmam diretor e produtora em entrevista». Observatório do Cinema. Consultado em 9 de outubro de 2019 
  10. Haddefinir, Henrique (13 de abril de 2018). «Berenice Procura | Crítica». Omelete. Consultado em 9 de outubro de 2019 
  11. Brandão, Amanda (21 de novembro de 2018). «Lázaro Ramos será detetive Espinosa no cinema». AdoroCinema. Consultado em 9 de outubro de 2019 
  12. Furquim, Fernanda (31 de agosto de 2015). «Fotos e trailer de 'Romance Policial – Espinosa', que estreia em outubro». Veja. Consultado em 9 de outubro de 2019 
  13. Brasil, Ubiratan (11 de outubro de 2015). «Detetive criado por Luiz Alfredo Garcia-Roza inspira série de TV». O Estado de S. Paulo. Consultado em 9 de outubro de 2019 

Ligações externas editar

Precedido por
Ivan Ângelo, Rodrigo Lacerda e Carlos Heitor Cony
  Prêmio Jabuti - Romance
1997
Sucedido por
Carlos Heitor Cony, Márcio Souza e Sérgio Sant'Anna