Luís Marinho (dramaturgo)

dramaturgo brasileiro
(Redirecionado de Luiz Marinho (autor))

Luiz Marinho Falcão Filho [1] (Timbaúba, 8 de maio de 1926Recife, 3 de fevereiro de 2002) foi um dramaturgo contemporâneo brasileiro. Procurou demonstrar através de suas obras o universo cultural e social do nordeste brasileiro. Vários de seus trabalhos foram reconhecidos ao longo de sua vida [2].

Luiz Marinho
Nome completo Luiz Marinho Falcão Filho
Nascimento 8 de maio de 1926
Timbaúba
Morte 3 de fevereiro de 2002 (75 anos)
Recife
Nacionalidade Brasil Brasileiro
Cônjuge Zaílde Maria França (4 filhos)
Ocupação Dramaturgo
Principais trabalhos Incelença (1963)
Prémios Prêmio Literário Othon Bezerra de Mello (1963, 1969, 1971)

Biografia editar

Luiz Marinho Falcão Filho é filho de Rosa Bezerril Falcão e Luiz Marinho Falcão. Nasceu e foi criado na cidade de Timbaúba, no interior do Pernambuco. Membro de uma família grande de nove irmãos, cresceu ouvindo histórias, observando pessoas, e prometendo retrata-las através de livros ou peças teatrais, tanto histórias de sua infância ou adolescência como na sua fase adulta, que viveu a partir de seus 17 anos, no Recife [3]

Luiz Marinho casou-se com Zaílde Maria França, com quem teve quatro filhos. Faleceu em 3 de fevereiro de 2002, às cinco da manhã, no Hospital Santa Joana no Recife, vítima de um câncer na bexiga. Seu corpo foi velado na Academia Pernambucana de Letras e foi enterrado no mesmo dia, no cemitério de Santo Amaro, também no Recife [3].

Obra editar

Luiz Marinho escreveu 14 peças teatrais que lhe renderam vários prêmios como o Molière, o da Academia Brasileira de Letras, o da Academia Pernambucana de Letras e o Estadual de Teatro (do então Estado da Guanabara) [3]. Suas obras foram:

  1. Um sábado em trinta.
  2. A promessa.
  3. Viva o cordão encarnado.
  4. A derradeira ceia.
  5. A incelença.
  6. A afilhada de Nossa Senhora da Conceição.
  7. A valsa do diabo.
  8. A estrada.
  9. Foi um dia.
  10. A família Ratoplan.
  11. As aventuras do capitão Flúor.
  12. O último trem para os igarapés.
  13. Corpo corpóreo.
  14. As três graças.

Em sua dramaturgia, era transmitida um pouco das suas memórias interioranas, a partir de um universo de crendices, violeiros, vaqueiros, cangaceiros e outros tipos locais. Muito embora tenha sido reconhecido como um autor regionalista, ele acreditava que sua obra transcendia a esta categorização, segundo palavras do próprio [3]:

Sua primeira peça, "Um sábado em trinta", foi vista por milhares de pessoas, em diversas grandes cidades como: Recife, São Paulo, Rio de Janeiro e em outras capitais do Brasil, tendo grande sucesso e alcançado um surpreendente êxito incomum no teatro brasileiro. Antes mesmo de sua estréia, Luís Marinho recebeu em 1963, dois importantes prêmios: um no concurso da União Brasileira de Escritores, secção Pernambuco; outro no concurso da Escola de Belas Artes, da Universidade do Recife. Outra premiação significativa deu-se em 1974, quando o teatrólogo foi contemplado com o prêmio Molière, de melhor autor, pela obra "Viva o cordão encarnado", dirigida por Luís Mendonça, no Rio de Janeiro [3].

Notas e referências editar

  1. Pela grafia arcaica, Luiz Marinho Falcão Filho.
  2. Prefeitura do Recife. Luiz Marinho - O homenageado.
  3. a b c d e VIEIRA, Anco Márcio Tenório. Luiz Marinho: o sábado que não entardece. Recife: Fundação de Cultura Cidade do Recife, 2004, (Coleção Malungo, volume 10).

Ligações externas editar