Mônimo de Siracusa

Mônimo de Siracusa (português brasileiro) ou Mónimo de Siracusa (português europeu) (em grego: Μόνιμος; século IV a.C.) foi um filósofo cínico de Siracusa.

Vida editar

De acordo com Diógenes Laércio, Mônimo era escravo[1] de um cambista de coríntio, ele ouviu falar sobre Diógenes de Sinope de Xeniades, o mestre de Diógenes. A fim de que pudesse se tornar um aluno de Diógenes, Mônimo fingiu ter enlouquecido e começou a atirar dinheiro para a rua até que seu senhor o descartou.[2] Mônimo também conheceu Crates de Tebas.[3][4]

Obras editar

Mônimo tornou-se famoso ao dizer que "tudo é vaidade"[5] (τῦφος, tuphos, literalmente 'névoa' ou 'fumaça'). De acordo com Sexto Empírico, Mônimo era como Anaxarco, porque "comparado coisas existentes a uma pintura e supondo-a parecida com as impressões vividas durante o sono ou a loucura."[6] Ele disse que "era melhor não ter visão do que não ter educação, porque sob a primeira aflição, você cai no chão, sob a última, caia para o subterrâneo profundo",[7][8] e ele também disse que "a riqueza é o vômito da Fortuna".[9][7]

Ele escreveu dois livros: Sobre impulsos, e uma Exortação à Filosofia, Mônimo também escreveu algumas piadas misturadas com temas sérios, (presumivelmente relacionadas com o estilo cínico spoudogeloia).[3]

Referências

  1. George Boys-Stones; Barbara Graziosi; Phiroze Vasunia. The Oxford Handbook of Hellenic Studies. Oxford University Press; 2009. ISBN 978-0-19-160870-4. p. 946.
  2. Keith Seddon; C. D. Yonge. An Outline of Cynic Philosophy: Antisthenes of Athens and Diogenes of Sinope in Diogenes Laertius Book Six. Lulu.com; 2010. ISBN 978-0-9556844-4-9. p. 104 – 105.
  3. a b R. BRACHT BRANHAM; MARIE-ODILE-GOULET CAZE. Os Cínicos. Loyola; ISBN 978-85-15-03223-5. p. 429.
  4. Diógenes Laércio, A vida dos Filósofos Eminentes, vi. 82
  5. Diógenes Laércio, A vida dos Filósofos Eminentes, vi. 83
  6. Sexto Empírico, Contra os lógicos, 7.88.
  7. a b Donald J. Zeyl. Encyclopedia of Classical Philosophy. Routledge; 2013. ISBN 978-1-134-27078-1. p. 350.
  8. Estobeu, Florilegium, ii. 13. 88
  9. Estobeu, Florilegium, iv. 31. 89