Macarrão

tipo de massa alimentícia

Macarrão (em italiano plural: maccheroni, singular: maccherone[1]) é um tipo de massa alimentícia com o formato de tubos curtos, em que se incluem os penne e os cotovelos.[2] No entanto, em algumas regiões do Brasil, o termo "macarrão" é usado para se referir a qualquer tipo de massa alimentícia, desde o espaguete às letras e outras formas usadas em vários cozidos e sopas.[3]

Macarrão
Macarrão
Categoria massa
País Itália
Ingrediente(s)
principal(is)
Farinha de trigo
Receitas: Macarrão   Multimédia: Macarrão

História

editar

Segundo uma antiga teoria, teria sido o explorador italiano Marco Polo a levar o macarrão da China para a Itália durante o século XIII. Porém, em 1279, já havia na Itália o registro da palavra “macaronis”, usada por um soldado genovês em seu inventário para descrever o alimento que deixava para sua família.[4] Hoje sabe-se que as massas alimentícias já eram conhecidas na Europa muito antes disso.[5]

A versão mais aceita confere aos árabes a paternidade da invenção. Eles teriam levado o macarrão para a Sicília no século IX, quando conquistaram a ilha durante a Expansão Árabe. A massa seca, fácil de conservar e transportar nas longas travessias, logo se espalhou por todo o Mediterrâneo. Na Itália, a receita recebeu o toque final: a farinha de grano duro, que permite o cozimento ideal da massa, al dente.

Durante o período da Renascença (séc. XIV – XVI), a massa era um prato nobre, servido pelos ricos em seus banquetes.  No século XIX, surgiram as primeiras fábricas de massas, e as receitas começaram a se popularizar. Mas foi depois da Primeira Guerra Mundial que o macarrão se espalhou e conquistou o mundo.[4]

Introdução da massa no Brasil

editar

O macarrão desembarcou em terras brasileiras com a chegada da família real, em 1808, mas a sua popularização só ocorreu com a chegada dos imigrantes italianos, que trouxeram o hábito do preparo para a rotina dos brasileiros. O crescente interesse fez surgir pequenas fábricas de massa, tendo sempre como mão de obra, a família italiana. Sendo uma produção rudimentar, e baixo volume e bem caseira, até começar a surgir as primeiras indústrias de fabricação de massas alimentícias, tendo nos dias atuais modernas máquinas de fabricação de massa. [6]

Segundo pesquisa da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães e Bolos Industrializados (ABIMAPI), realizada em 2019, o Brasil é o terceiro maior produtor de macarrão do mundo. De acordo com a publicação, o brasileiro consome cerca de 6kg de macarrão por ano.[7]

As massas secas (tradicional, caseira, sêmola, integral, grano duro e com ovos) são as preferidas dos brasileiros, respondendo por 81,3% do consumo, o que correspondia a cerca de 744,9 mil toneladas no ano passado, segundo a Abimapi. Em seguida, aparecem as instantâneas [lámen], com 14,7% (134,6 mil toneladas), e as frescas [que necessitam refrigeração], com 4% (ou 36,6 mil toneladas). As massas secas são mais consumidas por pessoas das classes D e E, enquanto as frescas pelas classes A e B. As instantâneas, por sua vez, são consumidas por pessoas das classes D e E, principalmente jovens. A preferência do brasileiro é pelo espaguete, principalmente com o molho à bolonhesa [preparado com tomate e carne moída]. Outra massa que se destaca é a lasanha seca.

Outra preferência brasileira é comê-lo em casa. “Onde se gasta mais com macarrão é dentro de casa, talvez pela aceitação, pela praticidade em prepará-lo ou por ser um produto nutritivo também”, disse o presidente executivo da associação. O grano duro, muito consumido na Europa, por outro lado, não faz parte dessa preferência nacional seja por um problema cultural [aqui se prefere macarrão mais mole], seja pelo preço, geralmente mais alto. “De 1 milhão de toneladas que consumimos de massa seca, apenas 0,3% é grano duro”, disse.

O estudo foi feito no ano passado em mais de 11,3 mil lares brasileiros. No ranking nacional de consumo, as regiões Norte e Nordeste juntas apresentaram o maior índice de compra, responsáveis por 39% do volume de vendas. Em 2018, segundo dados da Abimapi, o volume total de vendas de massas alimentícias no país foi de R$ 916,3 mil toneladas.[7]

Informações Nutricionais

editar

O macarrão tradicional, mais comum de se encontrar nos mercados, é feito à base de farinha/sêmola de trigo comum, além da adição de água e ovos em algumas opções.[8]

Quantidade por 100 g
Calorias 371
Gorduras Totais 1,5 g
Gorduras Saturadas 0,3 g
Gorduras Trans 0 g
Colesterol 0 mg
Sódio 6 mg
Potássio 223 mg
Carboidratos 75 g
Fibras Alimentar 3,2 g
Açúcar 2,7 g
Proteínas 13 g
Vitamina C 0 mg
Ferro 1,3 mg
Cobalamina 0 µg
Cálcio 21 mg
Vitamina B6 0,1 mg
Magnésio 53 mg

[9]

Referências

  1. Vocabolario Treccani: maccherone
  2. «Cópia arquivada». Consultado em 5 de setembro de 2012. Arquivado do original em 3 de setembro de 2014 
  3. "Os 7 tipos de massa de macarrão" no site de culinária da Editora Abril
  4. a b «Origens do macarrão». Invivo. Consultado em 24 de outubro de 2024 
  5. «"Invenções chinesas" no site "How Stuff Works"». Consultado em 15 de abril de 2012. Arquivado do original em 18 de maio de 2015 
  6. «Você conhece a história do macarrão?». MICHELIN Guide. Consultado em 24 de outubro de 2024 
  7. a b «Dia do Macarrão: Brasil é o terceiro maior produtor do mundo». Agência Brasil. 25 de outubro de 2019. Consultado em 24 de outubro de 2024 
  8. «Saiba escolher o melhor tipo de macarrão do mercado - MinhaSaúde». 11 de fevereiro de 2022. Consultado em 23 de outubro de 2024 
  9. «FoodData Central». fdc.nal.usda.gov. Consultado em 23 de outubro de 2024 
  Este artigo sobre culinária é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.