Machado Correia

jornalista português

José Sebastião Machado Correia, mais conhecido como Machado Correia, foi um jornalista e dramaturgo português.

Machado Correia
Nome completo José Sebastião Machado Correia
Morte 1935
Lisboa
Nacionalidade Portugal Portugal
Ocupação Jornalista e dramaturgo
Magnum opus Num Rufo

Biografia editar

Primeiros anos editar

Filho de pais humildes, Machado Correia foi bastante auxiliado, durante a sua educação, por um fidalgo artista, que era o patrão do seu pai.[1]

 
Augusto Rosa.

Carreiras profissional e artística editar

Exerceu como jornalista durante a monarquia portuguesa, em vários periódicos vespertinos, tendo colaborado principalmente no Novidades, O Dia, e Notícias de Lisboa.[1]

A sua principal actividade foi a produção teatral, tendo sido autor, ensaiador, ponto, declamador, e secretário de empresas teatrais.[1] Escreveu várias peças, tendo alcançado alguma notoriedade com as obras O ano em três dias e Roupa de franceses.[1] Foi secretário no Teatro Chalet, no Largo do Rato, tendo passado para a Companhia Sousa Bastos, onde, além de secretário, também exerceu como ponto.[1] Nesta empresa representou a sua primeira obra original, Roupa de franceses, no Teatro da Avenida.[1] Por volta de 1891, viajou para o Pará, no Brasil, junto com a Companhia, tendo também exercido naquele estado como jornalista.[1] No regresso a Portugal, emprega-se como ponto e ensaiador na Companhia do Teatro D. Amélia, tendo colaborado com Augusto Rosa, e escrito e traduzido várias peças, como A Cigarra, Russinha, Simão, Simões e C.ª, Beijos do Diabo, Princesa Colombina, Mancha que limpa, Tio da minh'alma, Musa dos estudantes, e Seguro de vida.[1] Também escreveu e adaptou várias cançonetas, e traduziu couplets de operetas, tendo-se distinguido como um dos melhores autores portugueses nesta última variedade.[1] Introduziu a actriz Lucinda do Carmo no canto na comédia O marido da Debutante, que teve um grande sucesso.[1] A sua primeira revista, Breliques e Breloques, foi escrita em 1888, em colaboração com Miguel Teotónio dos Santos, para o teatro de variedades na Feira de Alcântara.[1]

Também foi poeta humorista, e sabia escrever e falar correctamente os idiomas francês, castelhano, romeno e italiano.[1]

Colaborou no semanário Papagaio Real [2] (1914) e na revista ilustrada Cine [3] publicada em Maio de 1934.

Falecimento e vida pessoal editar

Morreu aos 74 anos de idade, no Hospital de São José, em Lisboa, nos finais de 1935.[1] O seu corpo foi transladado para a Casa da Imprensa, onde decorreu o velório durante a noite, tendo depois sido sepultado no Cemitério de Benfica.[1] Apesar da sua activa vida artística e profissional, estava quase destituído quando faleceu.[1]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n o «Os nossos mortos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 48 (1153). 1 de Janeiro de 1936. p. 33-34. Consultado em 27 de Outubro de 2012 
  2. Rita Correia (16 de novembro de 2014). «Ficha histórica: Papagaio real : semanário monarchico : política, caricatura e humorismo (1914)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 19 de fevereiro de 2015 
  3. Jorge Mangorrinha (25 de Fevereiro de 2014). «Ficha histórica: Cine (1934).» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 30 de Dezembro de 2014 


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