Madureira (Rio de Janeiro)

bairro do município do Rio de Janeiro no Brasil
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Madureira é um bairro da Zona Norte do município do Rio de Janeiro, Capital do Estado de mesmo nome, no Brasil. É um bairro muito popular da cidade, sendo conhecido como "Capital do Subúrbio", "Coração da Zona Norte" e "Berço do Samba". É fundamental para a cultura e economia da cidade. É um bairro de localização central e de encontro de algumas linhas de trens da SuperVia e de Bus Rapid Transit (BRT) que operam na cidade. Interliga vários bairros da Zona Norte, Zona Oeste e da Baixada Fluminense. O destaque também fica por conta do tamanho do bairro, de quase quatrocentos hectares, um terço maior do que a média dos bairros da Zona Norte.

Madureira

"Berço do Samba", “Capital do Subúrbio” e "Coração da Zona Norte"

  Bairro do Brasil  
Arcos Olímpicos da Rio 2016 no Parque Madureira.
Arcos Olímpicos da Rio 2016 no Parque Madureira.
Arcos Olímpicos da Rio 2016 no Parque Madureira.
Localização
Zona Zona Norte
Distrito Zona Norte
Município Rio de Janeiro
História
Criado em 24 de maio de 1613[1]
Características geográficas
Área total 378,76 ha (em 2003)
População total 50 106 (em 2 010)[2] hab.
 • IDH 0,831[3](em 2000)
Outras informações
Domicílios 18 937 (em 2010)
Limites Oswaldo Cruz, Turiaçu, Vaz Lobo,
Cavalcanti, Engenheiro Leal,
Cascadura e Campinho[4]
Subprefeitura Zona Norte

É uma referência comercial e cultural para os bairros vizinhos: Cascadura, Campinho, Cavalcanti, Engenheiro Leal, Oswaldo Cruz, Turiaçu e Vaz Lobo.[4] O bairro tem uma grande diversidade de opções de lazer como shoppings, escolas de samba, clubes, bares, bailes e o Parque de Madureira. O bairro é cortado por uma amplitude de linhas de ônibus e possui uma grande variedade de estabelecimentos comerciais, sendo o segundo maior centro comercial e o quinto maior centro financeiro da cidade, e o maior do subúrbio comercialmente e financeiramente.

O bairro é famoso por sediar duas grandes escolas de samba, Império Serrano e a Portela, além de ter o maior mercado popular do Brasil (o Mercadão de Madureira) e o terceiro maior parque da cidade (Parque Madureira, que possui uma área de 103,5 mil metros quadrados). Possui nove tradicionais paróquias católicas. Possui, ainda, uma rádio exclusiva para toda a região, a emissora Bicuda (FM 98,7), com programação durante as 24 horas do dia. Seu índice de desenvolvimento humano) em 2000 era de 0,831, o 67º melhor do município dentre 126 bairros avaliados, sendo considerado regular.[3]

O bairro se destaca por conta de uma amplitude de linhas de ônibus e ramais de trem que levam a diversos bairros do Rio de Janeiro; por sua enorme variedade de estabelecimentos comerciais; e também por sua população, o bairro é composto por pessoas de diversas etnias, a presença e cultura negra é bem marcante na região, há também muitos imigrantes e descendentes, como portugueses, italianos, japoneses, chineses, bolivianos, sírios e coreanos, por migrantes vindos principalmente da Região Nordeste do Brasil, além de trabalhadores que vêm de outros bairros, que engrossam a força de trabalho e contribuem para uma parte do produto interno bruto do município.

História editar

No início do século XIX, o Rio de Janeiro, recém-alçado à condição de sede do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve, era fracamente povoado em seu interior, o chamado "sertão carioca". Esta região era composta por grandes propriedades rurais.

Na Freguesia do Irajá, existia um grande engenho pertencente ao capitão Francisco Ignácio Xavier do Canto. Ele era casado com Rosa Maria dos Santos e não deixou filhos, tendo legado metade do seu espólio a esposa e elegendo como seus herdeiros o negociante português Domingos Lopes da Cunha, Victorino Francisco Simões e o boiadeiro Domingos Lourenço Madureira. A viúva Rosa Maria não concordou com a partilha e entrou em disputa judicial, saindo perdedora. Domingos Lourenço Madureira deteve sua propriedade do imóvel até falecer, em 16 de fevereiro de 1851. Após a sua morte, com o loteamento da fazenda, surgiu a semente do que viria a se tornar o bairro de Madureira.

O trecho correspondente ao atual "Mercadão de Madureira", pertencia ao boiadeiro Lourenço Madureira. O trecho entre esta área e a rua Domingos Lopes, formava o engenho do Portella, de propriedade de Miguel Gonçalves Portella, um dos maiores produtores de rapadura, aguardente, cana de açúcar. Já a parte seguinte, desde a atual rua Domingos Lopes (antiga estrada de Irajá), até a chegada da estrada Intendente Magalhães, ficou como propriedade de Domingos Lopes da Cunha e Victorino Francisco Simões. Domingos se casou com a filha de Victorino, dona Clara Joaquina Simões. Desta união, nasceram seus Maria e Antônio Lopes da Cunha, sendo Maria mãe de João Macieira, Marietta Macieira, Alayde Macieira e Maria José Macieira, todos tendo seus nomes homenageados em ruas do bairro. Antônio teve 5 filhos, José, Antonietta, Marietta, Gracietta e Georgeta, sendo apenas Antonietta homenageada em uma rua que se origina na rua Carlos Xavier.

A propriedade da fazenda Dona Clara, também chamada de Fazenda do Campinho, ficou para a família de dona Clara Simões Lopes, que posteriormente se casou com o comendador Carlos Xavier do Amaral, em 1880. Após a morte de Clara, em 1905, o comendador se casou em 1911 com dona Constança Augusta de Oliveira, e até sua morte em 1915, fez loteamento dos terrenos excedentes da fazenda. Dona Constança, foi a última residente na fazenda até sua morte em 1943, e tendo como herdeiros seus funcionários Luiz Carlos do Lago e Joanna Thereza Vieira de Lima, seu sobrinho Celso Jacobina, a sede da fazenda foi leiloada, assim como todos os seus itens históricos (como exemplo uma pia doada à fazenda por uma rainha de Portugal e uma cadeira dada por dom Pedro II quando se hospedou na fazenda). Na localidade hoje ainda existe a sede da fazenda, porém totalmente descaracterizada.

 
Avenida Ministro Edgar Romero, próximo à Estação de Madureira.

Em 1890, foi inaugurada, no bairro, a Estação Madureira, que recebeu essa denominação em homenagem ao boiadeiro e proprietário.[5] A denominação ajudou a consolidar o nome de Madureira ao nascente bairro.

Em 1897, foi inaugurada a Estação Dona Clara, num terreno doado pelo comendador Carlos Xavier e sua esposa dona Clara, proprietários da fazenda de mesmo nome.[6]

Em 1908, foi inaugurada a Estação Inharajá, rebatizada para Estação Magno em 1928.[7]

 
Rua Carolina Machado, na esquina com a Avenida Ministro Edgar Romero.

No ano de 1914, surgiu o primeiro clube de futebol da região: o Fidalgo Futebol Clube, que, mais tarde, daria origem ao Madureira Esporte Clube. Nesse mesmo ano, foi inaugurado o mercado de Madureira, embrião do atual Mercadão de Madureira.

Em 1916, os bondes a tração animal começaram a ser substituídos por bondes elétricos, processo que somente foi concluído em 1937, com a desativação da Estação Dona Clara. Com esse fato, Dona Clara foi absorvido por Madureira, desaparecendo como referência geográfica, processo semelhante ao que se repetiu posteriormente com Magno.

Na década de 1960, foi construído o Viaduto Negrão de Lima, à época o maior do município. Na década de 1990, embaixo do viaduto, teve início um dos principais movimentos culturais do bairro e da cultura negra da cidade: o Baile Charme de Madureira, considerado atualmente o maior do país.

Em 2012, foi inaugurado o Parque Madureira.

Geografia editar

Segundo dados de 2003 da Prefeitura do Rio de Janeiro, Madureira ocupa uma extensão de 378,76 hectares, tendo uma altíssima taxa de urbanização (99,93%). Possui uma população de 49 546 habitantes (embora sua população flutuante seja bem maior que isso) distribuídos em 15 400 domicílios (média de 3,21 habitantes por domicílio).

Administração editar

O bairro de Madureira é sede da região administrativa de Madureira. Os bairros integrantes dessa região administrativa são: Madureira, Campinho, Cascadura, Cavalcanti, Engenheiro Leal, Honório Gurgel, Oswaldo Cruz, Quintino Bocaiúva, Rocha Miranda, Turiaçu e Vaz Lobo. A região administrativa, por sua vez, está subordinada à subprefeitura da Zona Norte.

Economia editar

O comércio do bairro conta com várias lojas, com várias galerias comerciais, com o Madureira Shopping Rio, o Shopping São Luiz (Shopping dos Peixinhos), o Polo 1, o "Tem Tudo", o Portela Shopping e diversas lojas de rua. É um dos maiores polos comerciais do município, atraindo pessoas de diferentes bairros do município em busca de variados produtos e serviços.

Mercado Popular editar

 
Estação do BRT em frente ao Mercadão de Madureira, o maior mercado popular do país.

Madureira é um centro comercial que possui vários estabelecimentos, dentre os quais destaca-se um cuja história se confunde com a do próprio bairro: o Mercadão de Madureira, no início uma grande quitanda de hortifrutigranjeiros. As origens do assim chamado "Mercadão" remontam à República Velha, quando, em 1914, foi inaugurado o Mercado de Madureira, ponto de venda de produtos agrícolas. Ele mudou de sede em 1916 e passou por uma ampliação em 1929. No ano de 1959, o presidente Juscelino Kubitschek inaugurou o novo Mercadão de Madureira, no local onde se encontra até hoje (Avenida Ministro Edgard Romero). Como reflexo, o bairro passou a ser um dos maiores arrecadadores de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da cidade. A concorrência que passou a enfrentar por parte da CEASA motivou a diversificação de produtos vendidos por suas 650 lojas. No dia 15 de janeiro de 2000, o Mercadão sofreu um incêndio que danificou boa parte de suas instalações, tendo sido recuperado posteriormente e reinaugurado a 5 de outubro de 2001. É tido hoje como sendo o maior mercado popular do Brasil, não podendo ser confundido com um camelódromo.

Shopping Center editar

 
Entrada principal do Madureira Shopping.

O principal shopping do bairro é o Madureira Shopping, um centro integrado de lojas e salas comerciais. Foi inaugurado em abril de 1989 sob projeto do escritório Coutinho, Diegues e Cordeiro Arquitetos.[8][9] Dentro dele, está localizada a unidade Madureira da Universidade Estácio de Sá[9] Em julho de 2011, foi atingido por um incêndio em seu terceiro andar.[10][11] No final do mesmo ano, anunciou altos investimentos, como o cinema 4D,[12] a contratação de um novo superintendente[13][14] e uma milionária campanha de natal.[15] Estima-se que, em média, cerca de 45 mil clientes o frequentem diariamente.

Infraestrutura editar

 
Viaduto Prefeito Francisco Negrão de Lima

No quesito serviços, Madureira dispõe dos mais diversos, no bairro e em suas adjacências:

  • Unidades de Saúde Públicas: Maternidade Herculano Pinheiro, Unidade de Pronto Atendimento Madureira e Clínica da Família Praça do Patriarca.
  • Escolas Públicas: I.E. Carmela Dutra, E.M. Ministro Edgard Romero, E.M. Cardeal Arcoverde, C.E. Manaceia Manuel José de Andrade, C.E. Astolfo Rezende, C.E. Cidade de Lisboa, E.M. Luís Carlos da Fonseca
  • Escolas Particulares: Bahiense, Elite, GPI, Lemos de Castro, Martins, Tamandaré, C.E. Santa Mônica, Ponto de Ensino (Pensi), e Wakigawa.
  • Cursos preparatórios: Curso Maxx, Ponto de Ensino, Elite, Tamandaré, Martins e Degrau Cultural.
  • Campus da Universidade Estácio de Sá.

Transportes editar

 
Estação ferroviária Mercadão de Madureira (Magno), do ramal de Belford Roxo.
 
Estação ferroviária Madureira, dos ramais de Deodoro, Santa Cruz e Japeri, em 2011.

O bairro de Madureira é conhecido como "Coração da Zona Norte" muito pela disponibilidade do transporte da região, tendo quatro ramais de trem da cidade cortando o bairro e inúmeras linhas de ônibus que ligam o bairro não somente aos bairros da Zona Norte, mas também a Zona Central, Zona Oeste, Baixada Fluminense, Niterói e São Gonçalo.

A linha de trem chegou ao bairro em 1858 e, como sua construção é posterior, este se dividiu em três partes. Os trens que por ali passam interligam o Centro da cidade com o bairro de Santa Cruz, na Zona Oeste, e com os municípios da Baixada Fluminense como Belford Roxo e Japeri e com o município de Paracambi, pertencente ao Vale do Café, embora todos ainda no chamado Grande Rio. No bairro estão situadas as estações de Madureira (Ramais Deodoro; Santa Cruz; Japeri) e do Mercadão de Madureira (Ramal Belford Roxo), a última anteriormente chamada de Magno.

Madureira também conta com várias linhas de ônibus que atravessam o bairro e o liga as diversas Zonas da cidade do Rio de Janeiro e localidades da Região Metropolitana. No bairro, há um terminal rodoviário[16] - de onde partem as linhas 700, 701, 708D, 718D, 719D, 761, 762, 763, 764, e 780 -, além de três estações do BRT TransCarioca que interliga o terminal Alvorada na Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim no Galeão, e é ponto final de diversos ônibus municipais como 254, 355, 618, 676A, 702A, 734, 766, 774, 775, 777, 910, 918, 940, entre outros.

Cultura editar

 
Ocaso do sol no Parque Madureira.

Embora rico quando o assunto é samba, o mesmo não se pode dizer das artes cênicas. A exemplo do que ocorreu em outros locais do subúrbio carioca, os teatros de Madureira há alguns anos perderam espaço para os cinemas de rua e estes depois para os atuais shoppings centers, os quais, hoje, são uma das maiores opções de lazer. O Parque Madureira é terceiro maior parque e quarta maior área verde do Rio de Janeiro, se tornou uma opção de lazer, tanto para os moradores do bairro quanto para os de outras regiões, com seus atrativos (pista de esqueite, ciclovias, bosques e riacho) e shows frequentes.

 
Sambista Arlindo Cruz, criado no bairro: foi ele quem criou a letra da música "Meu Lugar", que fala sobre Madureira.

O bairro foi cantado em verso e prosa por diversos compositores e intérpretes conhecidos da MPB, tendo ficado famoso na voz de Clara Nunes, Beth Carvalho, Caetano Veloso, Arlindo Cruz, Cássia Eller, Vanessa da Mata, Zeca Baleiro, Paulinho da Viola, Grupo Revelação, Jorge Ben Jor, Gerson King Combo, Os Originais do Samba, Raimundos e Zeca Pagodinho. Ficou muito conhecida também como tema da música Meu Lugar, de Arlindo Cruz,[17] e como inspiração para o bairro fictício "Divino" da telenovela Avenida Brasil, da Rede Globo.

Tem, também, o antigo Imperial Basquete Clube, que, hoje, é a Galeria Imperial, localizada no início da estrada do Portela, onde eram realizadas as melhores tardes dançantes de 1964. E também as melhores quadrilhas de festa junina, premiadas por vários anos.

Carnaval editar

 
Desfile da Portela em 2009.

O bairro é conhecido também como "O Berço do Samba", pois, têm sede em Madureira, duas das maiores escolas de samba do Carnaval do Rio de Janeiro: o Império Serrano (9 vezes campeão do carnaval) e a Portela (22 vezes campeã do carnaval) ao todo as duas escolas foram 31 vezes campeãs do Grupo Especial do carnaval carioca, sendo assim Madureira tem mais títulos que qualquer outro bairro ou comunidade do Rio de Janeiro. Além disso o bairro é conhecido por abrigar diversos blocos de carnaval o que faz o bairro ser uma referência do carnaval carioca.

A pintora modernista Tarsila do Amaral fez, em 1924, uma obra chamada "Carnaval em Madureira", em referência clara ao bairro e ao carnaval carioca. Não se sabe se ela visitou o bairro, mas ela estava no Rio de Janeiro durante o carnaval de 1924. Na obra, ela desenha a Torre Eiffel, ao lado da qual voa um dirigível (uma referência a Santos Dumont), tudo isso no meio de Madureira. Ela abusa das cores e das formas e pinta o carnaval no bairro com a presença pertinente de mestiços.

Baile Charme editar

O Baile Charme de Madureira é o maior desse gênero no Brasil, levando aproximadamente duas mil pessoas nos dias do evento ao Viaduto Negrão de Lima. Foi criado em 1990 por camelôs do bairro que curtiam discotecagem e aproveitavam os finais de semana no baile charme do clube Vera Cruz no bairro da Abolição, mas que queriam criar o seu próprio baile. Inicialmente apoiados por equipamentos emprestados pelo DJ Marlboro, os camelôs de Madureira, vendendo cópias de artigos originais a preços populares, utilizaram a parte inferior do Viaduto Negrão de Lima para eventos de black music. Eles cobriam os custos do evento com a venda das bebidas e, assim, os amigos fundaram o Baile Charme na Rua.

 
Carro alegórico da Portela de 2013, que homenageava o Baile Charme.

Segundo DJ Michell, um dos criadores do baile, o termo "charme" foi cunhado pelo DJ Corello, entre 1979 e 1980, em um baile que acontecia no clube Mackenzie no Méier. No set de música lenta, Corello falava para a plateia: "chegou a hora do charminho, transe seu corpinho bem devagarinho".

Com a alta do movimento hip-hop no Rio de Janeiro e a identificação deste público com a Música Negra em geral, os jovens cariocas, especialmente os negros, passaram a frequentar cada vez mais o Baile Charme de Madureira. Atualmente, o hip-hop, o new jack swing e o R&B têm presença definitiva no repertório e contam com diferentes gerações de amantes da Música Negra.

Há, no baile, a tradição de premiar os "charmeiros de destaque" com o Prêmio Halley, uma referência a um dos frequentadores mais antigos do espaço. 

No ano de 2013, o Viaduto de Madureira foi definitivamente entregue ao Baile Charme. O prefeito Eduardo Paes declarou, no Diário Oficial, o Baile Charme do Viaduto de Madureira como "Bem Cultural de Natureza Imaterial" da cidade do Rio de Janeiro.

Comunicação editar

Para disseminar a cultura do bairro, Madureira conta com a Rádio Comunitária BICUDA FM 98,7 MHz, que no dia 3 de março de 2013 recebeu a outorga definitiva nº 002/2013-RJ, atestada pelo Ministério das Comunicações / República Federativa do Brasil. Desde abril de 2009 no ar, a Bicuda FM busca promover a educação ambiental, a democratização da comunicação e as expressões culturais da Zona Norte. São esses os objetivos da Rádio Comunitária Bicuda FM 98,7 MHz, o veículo de comunicação daorganização não governamental Bicuda Ecológica. Sua transmissão alcança Madureira, Irajá, Vicente de Carvalho, Vila da Penha, Vila Kosmos, Colégio, Rocha Miranda, Guadalupe, Oswaldo Cruz, Campinho, Tomás Coelho e Vaz Lobo, além de transmitir pela internet através do endereço http://www.bicuda.org.br e também em celulares mais modernos.

Escoteiros editar

O bairro possui um grupo de escoteiros do ar: o 55º Grupo Escoteiro do Ar Júlio Verne, que, em 2013, completou 15 anos, e que costuma realizar suas reuniões no Parque Madureira e na igreja de São Luiz Gonzaga.

Paróquias editar

No aspecto religioso, o bairro tem adeptos de diversas religiões. Da religião católica,[18] encontram-se as seguintes paróquias:

  • Santo Sepulcro

End.: Rua Sanatório, 310 Tel: 3899-4750 Pároco: Pe. Ademir Martini, SDV Até a década de 1970, era um mosteiro de frades da Ordem dos Franciscanos.

  • Nossa Senhora da Glória

End.: Rua Candiru, s/n

  • Santa Clara

End.: Rua Sanatório, 802

  • Santo Antônio

End.: Rua Iguaçu, 360 c/ 56

  • São Brás

End.: Rua Andrade Figueira, 158 Pároco: Padre Nivaldo Alves dos Anjos Júnior Diáconos: Valdir Bernardino Bastos (P), João Luiz da Roza (P), Marcelo Pulcherio (P) e Sidney (P).

  • Santo Antônio (Capela de São Brás)

End.: Rua Licurgo, 133 - Serrinha

  • São José da Pedra (Capela de São Brás)

End.: Rua Alves, s/n - Morro de São José.

Os visitantes da capela, construída entre 1901 e 1904 e reconstruída em 1931, são brindados com uma visão panorâmica da região. Segundo a tradição, em fins do século XIX, um grupo de caçadores subiu o morro buscando se abrigar da chuva. Lá, encontraram uma imagem de São José em cima de uma pedra. Ao interpretar o fato como um milagre, iniciou-se a devoção ao local onde foi erguida a capela. A escadaria somente foi construída em 1978, facilitando o acesso. Os fiéis que frequentam a igreja gostam de lembrar que ela tem um degrau a mais do que a famosa escadaria da Igreja da Penha, no bairro da Penha.

  • Nossa Senhora Aparecida (Capela de São Brás)

End.: Rua Tatuí, 125 - Cajueiro

  • Nossa Senhora das Graças (Capela de São Brás)

End.: Rua Firmino Fragoso, 270 - Madureira - próx. Madureira Shopping

  • São Luiz Gonzaga

26 de outubro de 1915 - SB/4ª - 7320/04 End.: Rua Manuel Martins, 43 Tel: 2451-0626 (casa Paroquial) Pároco: Pe. Paulo Cardoso Diácono: João de Barros Almeida (P)

  • São Sebastião (Irmandade de São Sebastião de Dona Clara)

End.: Rua Alaide, 63

Antiga capela da fazenda Dona Clara.

Entre os evangélicos, Madureira também é conhecida por ter sido a localidade onde teve início o Ministério de Madureira e onde foi fundada a Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil (CONAMAD), pelo pastor Paulo Leivas Macalão (1903-1982) nos anos de 1930, hoje sendo uma das maiores convenções representantes da igreja no Brasil e no mundo, tendo, como seu principal templo, a Catedral da Assembleia de Deus em Madureira, fundada na Rua Carolina Machado, 174, em maio de 1953.

Esporte editar

 
Escudo do Madureira E.C.

Há, em Madureira, um dos maiores clubes do subúrbio do Rio de Janeiro, o Madureira Esporte Clube, que tem, como principal esporte, o futebol. Foi fundado em 1914 por comerciantes do bairro com o nome de Fidalgo Futebol Clube. Se uniu em 1971 a outros três clubes do bairro: o Madureira Atlético Clube, o Madureira Tênis Clube e o Imperial Basquete Clube, a fim de ampliar suas atividades esportivas, alterando o nome para o atual. O clube é muito querido no bairro e é considerado o segundo clube de coração de muitas pessoas da região do clube. Tem muita regularidade de desempenho, quase sempre se mantendo na Primeira Divisão do campeonato estadual de futebol.

Principais vias editar

Referências

  1. O Dia (24 de maio de 2013). «Madureira festeja 400 anos no ritmo da modernidade». 00:19:22. Consultado em 25 de maio de 2013 
  2. «Dados». portalgeo.rio.rj.gov.br. Consultado em 24 de março de 2012. Arquivado do original em 2 de setembro de 2013 
  3. a b «Tabela 1172 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH), por ordem de IDH, segundo os bairros ou grupo de bairros - 2000». www.armazemdedados.rio.rj.gov.br 
  4. a b «Bairros do Rio». www.armazemdedados.rio.rj.gov.br 
  5. Ralph Mennucci Giesbrecht (23 de janeiro de 2012). «Estação Madureira» 
  6. Citação: "Serrinha, Osvaldo Cruz e Dona Clara são lugares periféricos a Madureira e centrais para a geografia e a história das escolas de samba. É verdade que em Dona Clara não se formou nenhuma grande escola de samba; porém, foi dali que saíram aqueles que levaram o samba para a Mangueira, segundo testemunhou Carlos Cachaça a Cabral" - Nélson da Nóbrega Fernandes. Escolas de Samba: Sujeitos Celebrantes e Objetos Celebrados. Rio de Janeiro: Coleção Memória Carioca, vol. 3, 2001, página 59.
  7. Ralph Mennucci Giesbrecht (12 de agosto de 2009). «Estação Magno (Mercadão de Madureira)» 
  8. Revista PROJETO. «Coutinho, Diegues e Cordeiro Arquitetos: Referência na modernidade». Consultado em 22 de janeiro de 2021 
  9. a b Brookfield Shopping Centers. «Madureira Shopping». Consultado em 8 de novembro de 2011. Arquivado do original em 8 de fevereiro de 2012 
  10. O Globo (29 de julho de 2011). «Incêndio atinge o Madureira Shopping». Consultado em 1 de agosto de 2011 
  11. Sidney Rezende (29 de julho de 2011). «Após incêndio, piso do Madureira Shopping é interditado». Consultado em 8 de novembro de 2011 
  12. Guilherme Barros, IG (26 de setembro de 2011). «Madureira Shopping investe em Cine 4D para o Dia das Crianças». Consultado em 8 de novembro de 2011 
  13. Adriana Fonseca, Valor Econômico (11 de outubro de 2011). «Madureira Shopping anuncia novo superintendente». Consultado em 8 de novembro de 2011 
  14. Panorama Brasil (11 de outubro de 2011). «Madureira Shopping anuncia novo diretor superintendente». Consultado em 8 de novembro de 2011 [ligação inativa]
  15. Guilherme Barros, IG (1 de novembro de 2011). «Madureira Shopping investe R$ 1 milhão em campanha de Natal». Consultado em 8 de novembro de 2011 
  16. «Cópia arquivada». Consultado em 5 de janeiro de 2013. Arquivado do original em 26 de janeiro de 2013 
  17. Letras.Terra. «Meu Lugar - Arlindo Cruz». Consultado em 6 de dezembro de 2011 
  18. «Cópia arquivada». Consultado em 5 de janeiro de 2013. Arquivado do original em 22 de dezembro de 2010 
 
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Ligações externas editar