Mamonas Assassinas (fita demo)
Mamonas Assassinas é a fita demo que o Mamonas Assassinas gravou em 1994 para se apresentar às gravadoras.[1] Antes dessa demo, porém, a banda, ainda se chamando banda Utopia, já havia gravado o fracassado disco independente Utopia, com tiragem pequena, de mil cópias.
Mamonas Assassinas | |||||||
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Álbum de demonstração de Mamonas Assassinas | |||||||
Lançamento | outubro de 1994 | ||||||
Gravação | outubro de 1994 | ||||||
Gênero(s) | rock cômico | ||||||
Idioma(s) | língua portuguesa | ||||||
Formato(s) | K7 | ||||||
Produção | Rick Bonadio | ||||||
Cronologia de Mamonas Assassinas | |||||||
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História da demo editar
A fita demo, composta por 2 canções, foi gravada numa madrugada do mês de outubro de 1994, no antigo estúdio do produtor Rick Bonadio, na zona norte de São Paulo. Rodrigo Castanho, produtor e técnico de masterização, foi quem acompanhou a gravação. Os músicos gravaram as faixas “Mina (Minha Pitchulinha)”, que mais tarde seria conhecida como “Pelados em Santos”, e “Robocop Gay”. Segundo Castanho, boa parte das letras foram criadas naquele momento.[1]
Na manhã seguinte, Castanho encontrou-se com o produtor Rick Bonadio, e elogiou as canções, dizendo que havia "dado risada a noite inteira".[2] Bonadio, então, escutou as faixas e adorou as canções (segundo o próprio, "a coisa mais engraçada que já havia ouvido na vida"[3]). Ao ouvir Mina (Minha Pitchulinha), Rick imaginou que ela poderia ser a primeira canção de trabalho da banda, mas ela teria que ficar menos brega e ganhar uma sonoridade mais "rock'n' roll".[2]
Bonadio se reuniu com o grupo e sugeriu que a mudança de perfil, além da composição das canções, deveria ser completa, a começar pelo nome. Foi então que a banda Utopia mudou definitivamente seu nome para Mamonas Assassinas. Após a mudança de perfil, uma nova gravação da demo foi feita. "Mina (Minha Pitchulinha)" ficou mais pesada e passou a ser chamada "Pelados em Santos". "Robocop Gay" ganhou uma nova mixagem e "Vira-Vira" foi gravada pela primeira vez.[2]
Após ter sido gravada, a fita demo com as 3 canções foi enviada para várias gravadoras, entre elas WEA, PolyGram, Sony e BMG Ariola, sendo recusadas por todas elas.[4] João Augusto, então diretor da EMI, foi o último a recebê-la. Ele ouviu as duas primeiras canções no carro, enquanto voltava do trabalho. Deixou a fita de lado. Seu filho, Rafael Ramos, baterista da banda Baba Cósmica, pegou a fita, ouviu, e gostou tanto da sonoridade da banda que insistiu na contratação.[4] Num primeiro momento, João Augusto Soares se negou a assinar com a banda. Mas Rafael insistiu, e conseguiu que em 7 de abril de 1995 seu pai assistisse a um show da banda. Conforme relata o livro Mamonas Assassinas: Blá Blá Blá - A Biografia Autorizada, "quando João Augusto de Macedo Soares, 39 anos, vice-presidente da gravadora EMI-Odeon, seu filho Rafael, 16, e o produtor independente Arnaldo Saccomani enfim chegaram, a boate Lua Nua estava quase vazia. Eram dez e trinta da noite meio fria de 7 de abril de 1995."[5]
Após assistir ao show, imediatamente João Augusto assinou contrato com eles.[5]
Faixas editar
Referências
- ↑ a b c «Produtor relembra gravação da demo dos Mamonas Assassinas». Ligado à Música. 2 de março de 2016. Consultado em 3 de julho de 2023
- ↑ a b c Editora, On Line; Editora, Personalidades On Line (18 de março de 2016). Mamonas Assassinas - Revista Personalidades Especial (em inglês). [S.l.]: On Line Editora
- ↑ «A revolução dos Mamonas». web.archive.org. 3 de fevereiro de 2014. Consultado em 3 de julho de 2023
- ↑ a b «Folha de S.Paulo - Grandes selos recusaram os Mamonas - 6/3/1996». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 3 de julho de 2023
- ↑ a b Rios, Nanni (3 de março de 2016). «20 anos sem o Blá, Blá, Blá dos Mamonas Assassinas | Blog da L&PM Editores». Consultado em 3 de julho de 2023