Manoel Alves Ribeiro
Manoel Alves Ribeiro, ou Seu Mimo (Imaruí, 13 de Março de 1903 - Florianópolis, 29 de Setembro de 1994) foi um eletricista e destacado dirigente comunista do Partido Comunista Brasileiro, desde a fundação do partido em Santa Catarina na década de 1930 até 1980, quando sai do partido após a ruptura de Luiz Carlos Prestes, vindo a integrar o que comumente se refere como Corrente Prestista (que contou com nomes como Anita Prestes, Maria Aragão e Gregório Bezerra).[1][2][3][4] Dentre os anos de 1959 a 1963 foi vereador da cidade de Florianópolis, na época eleito pelo Partido Social Progressista, em vista da ilegalidade do Partido Comunista.
Manoel Alves Ribeiro, Seu Mimo | |
---|---|
Vereador de Florianópolis | |
Período | de 1959 até 1963 (uma legislatura) |
Dados pessoais | |
Nome completo | Manoel Alves Ribeiro |
Nascimento | 13 de março de 1903 Imaruí, Santa Catarina, Brasil |
Morte | 29 de setembro de 1994 (91 anos) Florianópolis, Santa Catarina |
Nacionalidade | brasileiro |
Partido | Partido Comunista Brasileiro (1930-1980) |
Religião | Ateu |
Ocupação | Eletricista |
Biografia
editarIniciando sua militância a partir da construção da ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, Manoel Alves Ribeiro (conjuntamente com outros lideres sindicais da época, como Álvaro Ventura e João Verzola), formam a primeira geração de militantes que iriam vir a fundar o Partido Comunista. Em 1935, lançam-se em campanha para ajudar na constituição local da Aliança Nacional Libertadora (ANL). Seu Mimo iria ser responsável pela fundação do Partido Comunista em Santa Catarina em 1939, após a onda de repressões que foi desencadeada no Estado Novo em 1937.[5]
Nos anos 1950, fez intensa campanha contra o envio de soldados brasileiros à Guerra da Coreia e pela paz na península coreana[5].
Foi perseguido durante a Ditadura Militar de 1964, tendo de se esconder e passar a viver clandestinamente por boa parte do período.[5]
A partir de 1980 seguiu militância orientado pela visão de Luiz Carlos Prestes em sua ruptura com o PCB. Fundou e foi presidente de honra de organizações de solidariedade, como o Instituto Cultural de Amizade e Solidariedade aos Povos (Icasp).[6]
Livros
editar- Caminho (1989)
- Rumo (1990)
Referências
- ↑ Costa, Izabel Cristina G. da (2013). «Uma rede prestista: Os diversos fios dos "filhos" da Carta aos Comunistas no PDT». Perseu: História, Memória e Política (09). ISSN 2595-4008
- ↑ «Manoel Alves Ribeiro, o seu Mimo: camarada sem desafetos». ND. 15 de julho de 2017. Consultado em 18 de maio de 2020
- ↑ maurelio (13 de março de 2013). «Manoel Alves Ribeiro – Mimo: 110 anos». Desacato. Consultado em 18 de maio de 2020
- ↑ admin (22 de março de 2011). «MANOEL ALVES RIBEIRO – MIMO – 108 ANOS». PCB - Partido Comunista Brasileiro. Consultado em 18 de maio de 2020
- ↑ a b c https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/112122/95936.pdf?sequence
- ↑ «Deputado homenageia Manoel Alves Ribeiro, o Mimo». Moacir Pereira. Consultado em 18 de maio de 2020
Ligações Externas
editar- Vídeo de entrevista com Manoel Alves Ribeiro, o "Seu Mimo", 1989 - Parte 1.
- Vídeo de entrevista com Manoel Alves Ribeiro, o "Seu Mimo", 1989 - Parte 2.
- Vídeo de entrevista com Manoel Alves Ribeiro, o "Seu Mimo", 1989 - Parte 3.
- Homenagem do então Deputado Estadual de Santa Catarina, Amauri Soares, pelos 110 anos de "Seu Mimo".
- Publicação sobre Seu Mimo no sítio do Coletivo "Memória Verdade e Justiça" de Santa Catarina.