Manuel Carneiro da Silva

 Nota: Para outros significados de Ururaí, veja Ururaí (desambiguação).

Manuel Carneiro da Silva, segundo barão e primeiro visconde de Ururaí, (Quissamã, 19 de abril de 1833Quissamã, 18 de setembro de 1917), foi um fidalgo, fazendeiro, senhor de engenho e empresário brasileiro da região norte fluminense.

Manuel Carneiro da Silva
Conhecido(a) por Fundador e presidente da Cia. Engenho Central de Quissamã.
Nascimento 19 de abril de 1833
Quissamã[carece de fontes?]
Morte 18 de setembro de 1917 (84 anos)
Quissamã
Parentesco Filho de José Carneiro da Silva, primeiro barão e visconde de Araruama.
Cônjuge Ana do Loreto Carneiro Viana de Lima e Silva, filha caçula do Duque de Caxias.
Ocupação fazendeiro e empresário
Serviço militar
Patente Tenente-coronel da Guarda Nacional

Biografia editar

Filho de José Carneiro da Silva, primeiro barão de Araruama e visconde de Araruama, e de Francisca Antônia Ribeiro de Castro, filha do primeiro barão de Santa Rita. Irmão de Bento Carneiro da Silva, segundo barão, visconde e conde de Araruama; de João Caetano Carneiro da Silva, barão e visconde de Quissamã; e de João José Carneiro da Silva, barão de Monte Cedro. Cunhado de Inácio Francisco Silveira da Mota, barão de Vila Franca e do conselheiro João de Almeida Pereira Filho[1].

Casou-se em com Ana do Loreto Carneiro Viana de Lima, filha caçula do duque de Caxias[1]. Tiveram seis filhos, dentre eles Mariana do Loreto de Lima Carneiro da Silva, que se casou com seu primo, Francisco Nicolau de Lima Nogueira da Gama, filho dos barões de Santa Monica.

Para sua residência, ergueu em 1867 um luxuoso solar na Fazenda Machadinha, em Quissamã (RJ), projeto do arquiteto alemão Antonio Becher, com mobiliário comprado, em Paris, por seu cunhado, o Barão de Villa Franca, assim como o monumental serviço em porcelana da renomada manufatura "F. Dommartin", monogramado, com barrado ondulado em azul e motivos de frutas, flores, pássaros, efígies e cenas clássicas, além dos cristais de Baccarat e do faqueiro Christofle, criando um ambiente de luxo e apurado bom gosto. O Solar da Machadinha hospedou os duques de Caxias em diversas ocasiões. Ali faleceu, em 1902, a Baronesa de Santa Mônica, Luisa do Loreto Viana de Lima Nogueira da Gama, primogênita de Caxias.

Recebeu os títulos de barão de Ururaí e, em 1888, de visconde de Ururaí[2][nota 1]. O título de barão de Ururaí foi concedido anteriormente ao seu tio paterno, João Carneiro da Silva. Faz referência ao rio Ururaí que é a principal fonte de água doce da lagoa Feia.

Foi moço fidalgo e Fidalgo Cavaleiro da Casa Imperial, cavaleiro da Imperial Ordem de Cristo e tenente-coronel da Guarda Nacional[2].

Membro-fundador do Instituto Fluminense de Agricultura.

Foi um dos fundadores da companhia Engenho Central de Quissamã[3], da qual foi presidente durante vinte e seis anos.

Notas

  1. Algumas obras indicam o título incorretamente como Uraraí. A ortografia antiga registrava o nome como Ururahy.

Referências

  • ALMEIDA, Eliana Cunha Cavour P.; CARNEIRO DA SILVA, Gisela Cunha. A Casa de Mato de Pipa. Rio de Janeiro: Companhia Brasileira de Artes Gráficas, s. data, p. 34. 
  • PEREIRA, Rubem Carneiro de Almeida. Velhos Solares de Quissamã. In: Mensário do Arquivo Nacional, Rio de Janeiro, 13 (2): 39-56, fev. 1982.
  • DREYFUS, Jenny. Louça da Aristocracia no Brasil. Rio de Janeiro: Monteiro Soares Editores e Livreiros, 1982, p. 339.
  • GAVINHO, Vilcson. Baronesa de Ururahy - Anna do Loreto Vianna de Lima e Silva. In: FROSSARD, Larissa; GAVINHO, Vilcson (Orgs.). Macaé, Nossas Mulheres, Nossas Histórias. Macaé, RJ: Macaé Offshore, 2006, verbete 28.
  • GAVINHO, Vilcson. Macaé, Quissamã e o Duque de Caxias (Coluna Naquele tempo... Instituto Histórico e Geográfico de Macaé; Fundação Macaé de Cultura; Petrobras - E & P - Bacia de Campos). In: O DEBATE: Diário de Macaé. Macaé/RJ,14/11/1999, p. 3, Caderno Dois.

Ver também editar

Ligações externas editar

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