Um mapa dasimétrico é um mapa coroplético em que as áreas se subdividem em áreas de homogeneidade relativa baseando-se em informação complementar.[2]

Comparação de um mapa coroplético (em cima) e dasimétrico (em baixo) da população da Área da baía de São Francisco em 2000.[1]

O método de construir mapas dasimétricos foi definido e desenvolvido em 1911 por Benjamin (Veniamin) Petrovich Semenov-Tyan-Shansky[3] e divulgado por John Kirtland Wright, embora haja referências anteriores a técnicas similares de George Poulett Scrope (1833)[3] e Henry Drury Harness (1838).[4][5]

O termo "dasimétrico" foi inventado por Semenov-Tyan-Shansky a partir dos termos em grego para "medição da densidade" (dasys – denso, metreo – medir).[3] Semenov-Tyan-Shansky definiu os mapas dasimétricos como mapas "onde a densidade populacional, independente de fronteiras administrativas, é mostrada como se distribui na realidade, ou seja, por pontos naturais de concetração e rarefação."[3] Os cartógrafos usam preferencialmente mapas dasimétricos para grandezas como a densidade populacional face a outros mapas temáticos, uma vez que têm a capacidad de realisticamente mapear essas grandezas distribuídas desigualmente pelo território. Considerados como híbrido ou compromisso entre mapas coropléticos e maps por isolinhas,[6][7] os mapas dasimétricos usam dados estandartizados, mas usam símbolos areais tendo em conta as densidades dentro das fronteiras do mapa. Para tal, informação auxiliar é necessária, o que implca que o cartógrafo use informação estatística recolhida no interior da região cartografada.

Bibliografia editar

  • Petrov, A. "Setting the record straight: On the Russian origins of dasymetric mapping." Cartographica, 2008, 44(2)

Referências

  1. «Western Geographic Science Center». Consultado em 13 de novembro de 2015 
  2. Asignatura: Diseño Cartográfico (Cartografía II) - Departamento de Ingeniería Topográfica y Cartografía - Escuela Técnica Superior de Ingenieros en Topografía, Geodesia y Cartografía - Universidad Politécnica de Madrid. «Mapas dasimétricos» (PDF). Consultado em 19 de fevereiro de 2018 
  3. a b c d Petrov, Andrey (2012). «One Hundred Years of Dasymetric Mapping: Back to the Origin». The Cartographic Journal. 49 (3): 256-264 
  4. Harness, Henry D. (1838). Atlas to Accompany the Second Report of the Railway Commissioners, Ireland. [S.l.]: H.M.S.O., Dublin 
  5. Robinson, Arthur H. (1955). «The 1837 Maps of Henry Drury Harness» (PDF). The Geographical Journal. 121 (4). pp. 440–450 
  6. «Dasymetric Mapping and Areal Interpolation: Implementation and Evaluation. - Cartography and Geographic Information Science». Accessmylibrary.com. Consultado em 14 de dezembro de 2011 
  7. http://www.geog.ucsb.edu/~kclarke/G118/Lecture08.html