Marcelo Castro

médico e político brasileiro, Ex-ministro da Saúde do Brasil

Marcelo Costa e Castro (São Raimundo Nonato, 9 de junho de 1950) é um médico e político brasileiro filiado ao MDB, com atuação política no Piauí desde o final da década de 1970. Foi ministro da Saúde no governo Dilma Rousseff.[2] Em 17 de fevereiro de 2016 Castro pediu saída temporária do Ministério, no qual foi atendido prontamente,[3] entretanto retornou ao cargo no dia seguinte.[4] Em 17 de abril de 2016, Marcelo Castro votou contra a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff.[5] Entregou sua carta de demissão definitiva em 27 de abril de 2016.[6]

Marcelo Castro

Marcelo Castro
Senador pelo Piauí
No cargo
Período 1º de fevereiro de 2019
até atualidade
Ministro da Saúde do Brasil
Período 18 de fevereiro de 2016
até 27 de abril de 2016
Presidente Dilma Rousseff
Antecessor(a) Agenor Álvares
Sucessor(a) Agenor Álvares
Ministro da Saúde do Brasil
Período 1º de outubro de 2015
até 17 de fevereiro de 2016
Presidente Dilma Rousseff
Antecessor(a) Arthur Chioro
Sucessor(a) Agenor Álvares
Deputado Federal pelo Piauí
Período 1.º de fevereiro de 1999
até 31 de janeiro de 2019 [a]
Deputado Estadual pelo Piauí
Período 1983-1995
Dados pessoais
Nascimento 9 de junho de 1950 (74 anos)
São Raimundo Nonato, Piauí
Nacionalidade brasileiro
Alma mater Universidade Federal do Piauí
Prêmio(s)
Cônjuge Savina Castro
Partido ARENA (1978-1979)
MDB (1980-presente)
Profissão Médico

Em 2016, com o apoio de boa parte do PT, PCdoB, PDT e PSB, se candidatou a presidente da Câmara dos Deputados, contudo, após fracassar no pleito passou a tomar decisões alinhado com o Governo Temer, votando a favor da reforma trabalhista.[7][8][9]

Trajetória política

editar

Filho de José Dias de Castro e Clotildes Costa e Castro, é formado em Medicina pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) e Doutor em Psiquiatria pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).[10] Sua estreia política ocorreu pela ARENA como candidato a uma vaga na Assembleia Legislativa do Piauí em 1978 figurando em penúltimo lugar naquele pleito com 129 votos. Extinto o bipartidarismo ingressou no PMDB e foi eleito deputado estadual em 1982, 1986 e 1990, abstendo-se de disputar mais um mandato na eleição seguinte quando já estava filiado ao PPR após uma passagem pelo PSDB.[11][nota 1]

No primeiro governo Mão Santa presidiu o Instituto de Assistência e Previdência do Estado do Piauí (IAPEP) voltando ao PMDB e sendo eleito deputado federal em 1998, sendo o primeiro piauiense a romper a marca dos cem mil votos numa eleição para a Câmara dos Deputados. No segundo governo Mão Santa foi secretário de Agricultura[nota 2] reelegendo-se deputado federal em 2002, 2006, 2010 e 2014.[12] É o presidente da executiva estadual do MDB.[nota 1]

Entre maio e outubro de 2007 foi titular da comissão parlamentar de inquérito do Sistema de Tráfego Aéreo.[13]

Votou contra do Processo de impeachment de Dilma Rousseff.[14] Já durante o Governo Michel Temer, votou a favor da PEC do Teto dos Gastos Públicos.[14] Em abril de 2017 foi favorável à Reforma Trabalhista.[14][15] Em agosto de 2017 se ausentou da votação do processo em que se pedia abertura de investigação do presidente Michel Temer, ajudando a arquivar a denúncia do Ministério Público Federal.[14][16]

Seu pai foi eleito deputado estadual pela ARENA em 1970 e 1974. Primo de João Batista de Castro Dias, sobrinho de Manoel da Silva Dias e neto de José Dias de Souza, membros de uma família influente na política do estado que tem origem no município de São Raimundo Nonato.

Eleição ao senado

editar

Em 2018 foi eleito senador pelo Piauí com mais de 800 mil votos.[17]

Em junho de 2019, votou contra o Decreto das Armas do governo, que flexibilizava porte e posse para o cidadão.[18]

Notas

  1. a b Foi o deputado estadual mais votado do Piauí em 1986 (com 26.708 votos) e 1990 (com 21.567 votos) e o deputado federal mais votado em 1998 (116.262 votos), 2006 (160.310 votos) e 2010 (171.697 votos), sendo que a marca de 2010 é um recorde ainda vigente no estado.
  2. Segundo o banco de dados da Câmara dos Deputados ocupou o cargo entre 18 de agosto de 1999 e 15 de janeiro de 2000.
  1. Licenciado entre 1º de outubro de 2015 e 17 de fevereiro de 2016 para assumir o Ministério da Saúde.

Referências

  1. «DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO - Seção 1 | Edição extra | Nº 225-A , quinta-feira, 1 de dezembro de 2022». Imprensa Nacional. 1 de dezembro de 2022. p. 1. Consultado em 4 de fevereiro de 2024 
  2. «Deputado Marcelo Castro, do PMDB, será o novo ministro da Saúde». Folha de S.Paulo. 1 Outubro de 2015. Consultado em 2 de Outubro de 2015 
  3. Carolina Oms (17 de fevereiro de 2016). «Diário Oficial informa saída temporária de Marcelo Castro da Saúde». Valor. Consultado em 17 de fevereiro de 2016 
  4. «Dilma renomeia Marcelo Castro para o cargo de ministro da Saúde». G1. 18 de Fevereiro de 2016. Consultado em 18 de fevereiro de 2016 
  5. «Deputados autorizam impeachment de Dilma, saiba quem votou a favor e contra». EBC. 17 de abril de 2016. Consultado em 5 de maio de 2016 
  6. "Entrego hoje minha carta de demissão", confirma ministro da Saúde
  7. http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2016-07-12/marcelo-castro-e-escolhido-candidato-unico-do-pmdb-para-presidencia-da-camara.html
  8. http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/sucessao-na-camara-pt-pdt-e-pcdob-preparam-apoio-a-marcelo-castro-ex-ministro-de-dilma/
  9. http://g1.globo.com/politica/noticia/saiba-como-votou-cada-deputado-no-texto-base-da-reforma-trabalhista.ghtml
  10. BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado Marcelo Castro». Consultado em 27 de junho de 2019 
  11. BRASIL. Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. «Eleições 1945 a 1992». Consultado em 25 de janeiro de 2024 
  12. «Banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral». Consultado em 27 de junho de 2019 
  13. «Membros da Comissão — Portal da Câmara dos Deputados». camara.gov.br. Consultado em 30 de junho de 2009 
  14. a b c d G1 (2 de agosto de 2017). «Veja como deputados votaram no impeachment de Dilma, na PEC 241, na reforma trabalhista e na denúncia contra Temer». Consultado em 11 de outubro de 2017 
  15. Redação (27 de abril de 2017). «Reforma trabalhista: como votaram os deputados». Consultado em 18 de setembro de 2017 
  16. Carta Capital (3 de agosto de 2017). «Como votou cada deputado sobre a denúncia contra Temer». Consultado em 18 de setembro de 2017 
  17. «Senado Federal do Brasil: senador Marcelo Castro». Consultado em 27 de junho de 2019 
  18. TEMPO, O. (18 de junho de 2019). «Veja como votou cada senador sobre decretos de porte e posse de armas». Politica. Consultado em 6 de janeiro de 2021 

Ligações externas

editar

Precedido por
Arthur Chioro
Ministro da Saúde do Brasil
2015 - 2016
Sucedido por
Agenor Álvares
Precedido por
Agenor Álvares
Ministro da Saúde do Brasil
2016 -
Sucedido por
-