No contexto da Guerra Civil dos Estados Unidos, a Marcha ao Mar, ou a Campanha de Savannah, foi a incursão federal realizada no fim de 1864 através do território da Geórgia. As tropas incursoras eram constituídas pelos Exércitos do Cumberland (George Henry Thomas), do Tennessee (James B. McPherson) e do Ohio (John M. Schofield), sob comando geral do Maj. General William Tecumseh Sherman. A marcha começou com a força de Sherman deixando a cidade de Atlanta em 15 de Novembro e terminou com a captura do porto de Savannah em 21 de Dezembro. A campanha, frequentemente designada como a primeira realizada de acordo com o conceito moderno de guerra total, causou extensos danos à infra-estrutura econômica e ao moral combativo dos confederados.

Marcha de Sherman em direção ao Mar
Campanha de Savannah
Parte da Guerra Civil Americana

Soldados da União destruindo postes telegráficos e ferrovias e libertando escravos, que estão ajudando os soldados da União a fazer o seu caminho para a segurança.
Data 15 de novembro de 186421 de dezembro de 1864
Local Geórgia
Desfecho Vitória da União
Beligerantes
 Estados Unidos  Estados Confederados
Comandantes
William T. Sherman William J. Hardee
Joseph Wheeler
Unidades
Exército do Tennessee[1]
Exército da Geórgia[1]
Milícia Confederada
Forças
59 545 – 62 204[2] 12 466[3]

Até Outubro, Sherman perseguia o Exército confederado de Tennessee de John Bell Hood pela Georgia, sem contudo conseguir provocar uma batalha decisiva. Notando a esterilidade da estratégia, resolveu seguir com 62 mil homens para o sul, no que se tornaria a Marcha ao Mar. Para lidar com Hood, que ameaçava retornar a Tennessee, deixou para trás Schofield e Thomas. Esses dois generais derrotaram Hood sucessivamente nas batalhas de Franklin e Nashville de forma tão contundente que o Exército de Tennessee dos confederados cessaria de existir como força de combate eficaz.

Na sua marcha pela Georgia, Sherman mudou a face da guerra: em vez de buscar engajamento com as forças inimigas, destruía sistematicamente toda a infra-estrutura econômica que sustentava as forças rebeldes, antecipando os conceitos da Guerra Total. Ele rompeu o contato com suas bases de suprimento, vivendo do que tomava da população.

Naturalmente, essa estratégia impunha grande sofrimento aos civis. Para Sherman, a sua atitude era moralmente justificável sob dois aspectos. Primeiro, o apoio do povo da Georgia a rebelião desqualificava-nos como parte inocente. Segundo, a crueldade seria inerente à guerra e abster-se de tomar medidas que pudessem abreviá-la, por mais duras que fossem, apenas aumentaria o sofrimento de todos os envolvidos. Sherman acreditava acertadamente que muitos confederados abandonariam a luta para socorrer suas famílias que passavam privações, e que isso pouparia muitas vidas, dos dois lados.

Em 21 de Dezembro, tendo percorrido 480 km e feito a "Georgia urrar" como havia prometido, Sherman encerra a campanha tomando a cidade de Savannah no litoral, ofertando-a como presente de Natal ao presidente Lincoln.

Referências editar

Notas editar

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