Marisa Monte
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Marisa de Azevedo Monte OMC (Rio de Janeiro, 1 de julho de 1967) é uma cantora, compositora, multi-instrumentista e produtora musical brasileira.
Marisa Monte | |
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Marisa Monte durante apresentação na Verdade, Uma Ilusão Tour 2012/2013 em 2012. | |
Informação geral | |
Nome completo | Marisa de Azevedo Monte |
Nascimento | 1 de julho de 1967 (54 anos) |
Local de nascimento | Rio de Janeiro, RJ Brasil |
Nacionalidade | brasileira |
Gênero(s) | MPB pop samba |
Ocupação(ões) | |
Instrumento(s) | |
Extensão vocal | mezzo-soprano[1] |
Período em atividade | 1985 — presente |
Gravadora(s) | EMI (1987–2013) Phonomotor Records (1999–presente) Universal Music (2013–2019) Sony (2020 – presente)[2] |
Afiliação(ões) | |
Prêmios | Lista
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Página oficial | marisamonte |
Marisa já vendeu mais de 10 milhões de álbuns e ganhou inúmeros prêmios nacionais e internacionais, incluindo quatro Grammy Latino, sete Video Music Brasil, nove Prêmio Multishow de Música Brasileira, cinco APCA e seis Prêmio TIM de Música. A artista é considerada pela revista Rolling Stone Americana como a quarta maior cantora brasileira, atrás somente de Elis Regina, Gal Costa e Maria Bethânia. Ela também tem dois álbuns (MM e Verde, Anil, Amarelo, Cor-de-Rosa e Carvão) na lista dos 100 melhores discos da música brasileira.[3]
Em outubro de 2021, Marisa foi agraciada na 44ª edição do Prêmio Tenco, pelo conjunto de sua obra como cantora e compositora, tornando-se a primeira artista feminina brasileira a receber tal honraria.[4]
InícioEditar
Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, filha do engenheiro Carlos Saboia Monte e de Sylvia Marques de Azevedo Monte. Marisa é descendente de Branca Dias, uma Cristã-nova e senhora de engenho do período colonial brasileiro em Pernambuco. Esta foi processada pelo Santo Ofício sob a acusação de praticar secretamente o judaísmo.[5][6]
Estudou canto, piano e bateria na infância. Em 1982, participou do musical The Rocky Horror Show, dirigido por Miguel Falabella, com alunos do Colégio Andrews. Iniciou o estudo de canto lírico aos catorze anos chegando a ter aulas quase todos os dias da semana.
Em 1983, depois de ouvir uma fita com músicas de jovens talentos, Roberto Menescal, então diretor artístico da extinta gravadora PolyGram, se encantou com Marisa e propôs a gravação de um disco, mas tal proposta foi recusada pela jovem que não se sentia preparada para o projeto na época.[7] Já aos 18 anos, em 1985, Marisa grava oficialmente sua primeira música em estúdio para o filme Tropclip. A música "Sábado à Noite" foi escrita por Sérgio Sá e marcou a estreia da cantora no cenário musical.[8]
CarreiraEditar
1985—1990: Início e primeiro álbumEditar
Aos dezenove, Marisa abandonou o curso na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e mudou-se para Roma, na Itália, onde durante dez meses estudou belcanto. Após esse período, passou a fazer apresentações em bares e casas noturnas cantando música brasileira, acompanhada de amigos. Um desses espetáculos foi assistido pelo produtor musical Nelson Motta, que se tornou diretor do primeiro show no Rio de Janeiro após o retorno de Marisa, em 1987. O show Veludo Azul teve temporadas no Rio e em São Paulo e despertou o interesse das gravadoras.
Marisa Monte já fazia muito sucesso de público e crítica antes de ter o primeiro disco. Na época, Marisa foi convidada pela TV Manchete a gravar seu primeiro especial, que logo após foi lançado em dois formatos: LP e VHS, com o nome MM. A este disco com repertório eclético pertence o primeiro grande sucesso de Marisa, Bem Que Se Quis (versão de Nelson Motta para E Po' Che Fa do compositor italiano Pino Daniele), que foi executada exaustivamente nas emissoras de rádio brasileiras e fez parte da trilha sonora da novela da Rede Globo O Salvador da Pátria, de Lauro César Muniz (1989). Este álbum vendeu 500 mil cópias, um sucesso para uma artista estreante no Brasil. O disco está na lista dos 100 melhores discos da música brasileira feita pela revista Rolling Stone Brasil na posição #62.
1991—1996: Desenvolvimento artísticoEditar
Em 1991, Marisa Monte lançou o segundo álbum, intitulado Mais, através da EMI. As críticas positivas, afirmando que a cantora tinha amadurecido do álbum anterior, introduziram-na no mercado internacional, sendo este o seu primeiro disco autoral. Este disco vendeu ainda mais que o anterior e produziu a faixa "Beija Eu", classificada como uma das melhores canções pop brasileiras, em pesquisa realizada pelo jornalista Zeca Camargo através do Portal G1[9] figurando a vigésima sexta posição. Em 1994, lançou o terceiro álbum, Verde, Anil, Amarelo, Cor-de-Rosa e Carvão. Produzido por Arto Lindsay, mesmo produtor do anterior, e co-produzido pela própria cantora, foi muito bem recebido por crítica e público, sendo considerado o melhor da carreira da cantora. Entre as canções lançadas está o single "Segue o Seco", que ganhou cinco MTV Video Music Brasil 1995, nas categorias Melhor Videoclipe do ano, Melhor Videoclipe de MPB, Melhor direção de Videoclipe, Melhor fotografia de Videoclipe e Melhor edição de Videoclipe. As vendas de Verde, Anil, Amarelo, Cor-de-Rosa e Carvão chegaram a marca de 1 milhão de cópias.[10] Este disco está na lista dos 100 melhores discos da música brasileira na posição #87
Em 1996, Marisa lançou Barulhinho Bom - Uma Viagem Musical, seu primeiro álbum duplo. O trabalho traz o registro ao vivo de alguns sucessos dos trabalhos anteriores, além de canções inéditas, gravadas em estúdio. Barulhinho Bom também provocou grande polêmica pela capa, um desenho do artista de quadrinhos pornô-naif Carlos Zéfiro, que foi censurado ao ser lançado nos EUA. Este CD marcou uma aproximação maior de Marisa com diversas escolas e gerações do samba carioca. No mesmo ano, ela abre sua editora a Monte Songs Edições Musicais Ltda.
1998—1999: Conquista de independência musicalEditar
Em 1998, conquista sua independência musical ao comprar todas as fitas matrizes de suas músicas, desde seu álbum de estreia até Barulhinho Bom. Além disso, abre seu próprio selo, a Phonomotor Records, com distribuição da gravadora EMI.[11] Como produtora, atua em Omelete Man (1998), segundo disco de Carlinhos Brown e colabora com a cantora cabo-verdeana Cesária Évora em seu disco Café Atlantico, produzindo a faixa É Doce Morrer No Mar, na qual também participa. Em 1999, apresenta-se também ao lado da Velha Guarda da Portela, tendo produzido e participado do CD Tudo Azul.[12]
2000—2001: Carreira musical consolidadaEditar
Em 2000 Marisa lança o disco Memórias, Crônicas e Declarações de Amor, trabalho centrado no tema amor e muito aclamado pela crítica[carece de fontes]. Trabalhando juntamente com Arnaldo Antunes, Cury, Carlinhos Brown, entre outros. Com ele, Marisa ganha um Disco de Diamante, concedido pela venda superior a 2 milhões de cópias no Brasil. Este álbum foi puxado pelo hit "Amor I Love You", música mais tocada do ano de 2000 que rendeu um MTV Video Music Brasil 2000 na categoria Melhor Videoclipe de MPB. Teve cinco indicações: Melhor Website de Artista, Videoclipe do Ano, Melhor Fotografia em Videoclipe, Melhor Direção de Arte em Videoclipe e Melhor Direção em Videoclipe. No mesmo ano, Marisa inicia sua quarta tour mundial Memórias, Crônicas e Declarações de Amor Tour. A turnê teve 150 shows e durou mais de um ano.
O álbum ganhou vários prêmios, sendo o mais importante deles um Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro. Além disso, a faixa "Amor I Love You" foi indicada como Melhor Canção Brasileira. O clipe "O Que Me Importa" ganhou ainda o MTV Video Music Brasil 2001, na categoria Melhor Videoclipe de MPB. O álbum ganhou ainda dois Prêmio Multishow de Música Brasileira.
Em 2001, Marisa lança o DVD gravado ao vivo no Rio de Janeiro, com um orçamento de 1,5 milhão de reais.[13] Para divulgar o DVD, a sua gravadora lança um EP com duas faixas, incluindo a então inédita "A Sua", uma das mais tocadas de 2001, que ajudou o DVD a se tornar um sucesso de vendas. Após vender mais de 100 mil cópias, o DVD obteve o certificado de diamante.
2002—2003: TribalistasEditar
Em Novembro de 2002 a cantora lançou seu sexto álbum, em parceira com Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, trio que adotou o nome de Tribalistas. O álbum foi gravado entre 8 e 24 de abril daquele ano no estúdio na casa de Marisa no Rio de Janeiro. A venda do CD alcançou a marca de 1,5 milhão de cópias no Brasil e mais de 1 milhão no resto do mundo. O DVD também foi um grande sucesso. Nele, o trio registrou a gravação do disco. Todas as canções lançadas atingiram o sucesso rapidamente, principalmente "Já Sei Namorar" - hit de 2002, "Velha Infância" - hit de 2003, e "É Você", trilha sonora da novela Da Cor do Pecado (2004), da Rede Globo.
O curioso é que o trio apenas tocou juntos três vezes: no Grammy Latino, no DVD Ao Vivo no Estúdio de Marisa Monte e em uma ocasião no Sarau do Brown, o único show que foi aberto ao público. Além disso, eles só concederam uma entrevista, no site oficial do grupo. Em 2003, o trio ganhou o Grammy Latino de Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro. Além disso, o disco recebeu outras três indicações, nas categorias Gravação do Ano e Melhor Canção Brasileira para "Já Sei Namorar" e Álbum do Ano.
2006—2009: Retorno depois de seis anosEditar
Três anos e meio após o lançamento de Tribalistas e seis anos após seu último disco solo, Marisa voltou ao cenário musical no primeiro semestre de 2006, quando lançou simultaneamente dois discos: Infinito Particular e Universo ao Meu Redor, o primeiro dedicado a canções inéditas Pop, feitas em parceria com Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown, Pedro Baby, Seu Jorge, entre outros. O segundo com um repertório de Samba, incluindo canções inéditas e regravações de D. Yvone Lara, Moraes Moreira, Argemiro Patrocínio, entre outros. Cada disco vendeu 450 mil cópias, o que fez Marisa ultrapassar a marca de 10 milhões de discos vendidos no Brasil. Isso fez a artista entrar para lista de recordistas de vendas no Brasil.
No mesmo ano, Universo ao Meu Redor ganhou o Grammy Latino de Melhor Álbum de Samba ou Pagode. Além disso, Marisa recebeu duas outras indicações para o Grammy Latino: Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro para "Infinito Particular" e Melhor Canção Brasileira para "O Bonde do Dom".
Ainda em 2006, a artista inicia sua quinta turnê mundial, Universo Particular, que durou quase dois anos, e gerou o documentário Infinito ao Meu Redor. O DVD registra os dois anos de trabalho de Marisa, desde o lançamento dos discos até o fim da turnê, mostrando os bastidores com viagens, ensaios, relação dos fãs com seu trabalho e alguns registros dos shows, que também foram lançados em um CD bônus no mesmo estojo do DVD. É neste disco que foi lançada a música "Não é Proibido", incluída na trilha sonora da novela global, Três Irmãs.
O ano de 2008 marcou a estreia de Marisa como produtora de cinema. É que neste ano é lançado o filme "O Mistério do Samba", que retrata a história e o cotidiano dos integrantes da Velha Guarda da Portela e o trabalho de pesquisa de Marisa no resgate de composições quase esquecidas e que existiam apenas na tradição oral, já que os antigos bambas não tinham o costume de registrá-las. Esse filme fez parte da seleção oficial do Festival de Cannes. "O Mistério do Samba", lançado nas salas de cinema em 2008, foi lançado também em DVD em 2009. Além disso, a faixa "Não é Proibido" recebeu uma indicação ao Grammy Latino em 2009, na categoria Melhor Canção Brasileira.
2011—2013: "O Que Você Quer Saber de Verdade" e a sexta turnêEditar
Cinco anos após seus dois últimos discos solo, em outubro de 2011 foi lançado o nono álbum de sua carreira: O Que Você Quer Saber de Verdade, sendo o oitavo álbum da cantora que debutou em primeiro lugar na posição de discos mais vendidos no Brasil. "Ainda Bem", o primeiro single, recebeu críticas geralmente positivas e ganhou um clipe contando com a participação especial do lutador Anderson Silva. O disco foi produzido pela própria Marisa, e co-produzido pelo seu parceiro de anos, Dadi Carvalho. As faixas do álbum foram compostas com novos e antigos parceiros, como Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Rodrigo Amarante, integrante da banda Los Hermanos, que também canta com Marisa em uma das faixas, além de uma regravação de Jorge Ben Jor e uma versão da canção "El Panuelito" feita por Haroldo Barbosa.
Começando em Curitiba em junho de 2012, a tour mundial "Verdade, Uma Ilusão" traz Marisa de volta aos palcos cantando novos e velhos sucessos de seu repertório. A turnê foi encerrada após 1 ano e meio, em dezembro de 2013, com 116 apresentações.
Em agosto de 2012, ela participou da Cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Verão de 2012 para apresentação formal dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016 no Rio de Janeiro. Ela cantou um trecho da Ária Cantilena de Villa-Lobos (retirada da Bachiana Brasileira nº 5) interpretando a rainha do mar Iemanjá, e "Aquele Abraço" com BNegão e Seu Jorge.
Em 20 de novembro de 2013, a cantora participou de um show ao lado de Caetano Veloso. Intitulado Somos Todos Amarildo, toda a renda obtida foi revertida ao Instituto de Desenvolvimento e Direitos Humanos. O show foi feito com o intuito de dar mais visibilidade ao caso do desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo Dias de Souza e de dar oportunidade para mais pessoas ajudarem na causa. Durante o show, Marisa cantou: Vide Gal, Gentileza, Dança da Solidão, Pale Blue Eyes (em homenagem ao recentemente falecido Lou Reed), Vilarejo, Carnavália, Eu Sei e A Menina Dança sozinha e Cajuína, Lua, Lua, Lua, Oração ao Tempo, e De Noite na Cama dividindo os microfones com Caetano, além de realizarem um cover de Canta, Canta, Minha Gente (de Martinho da Vila).[14] O espetáculo foi apresentado no Circo Voador, casa de shows localizada na cidade do Rio de Janeiro e terminou em dezembro de 2013.
2014- 2019 : ColeçãoEditar
Pouco antes do lançamento oficial do DVD "Verdade Uma Ilusão", foram divulgados singles promocionais como "Ilusão" e "Verdade, Uma Ilusão". Em 17 de abril de 2014 a capa e o título do DVD (Verdade, Uma Ilusão Tour 2012/2013) foram divulgados pela cantora em seu Facebook oficial. O último DVD da cantora foi lançado em maio de 2014 em uma sessão de cinema exclusiva para fãs no Cine Leblon, no Rio de Janeiro. Após a exibição do DVD, Marisa apareceu de surpresa no cinema, conversou com a plateia e respondeu a algumas perguntas enviadas por fãs pelo Instagram.[carece de fontes]
A versão em CD de Verdade, Uma Ilusão recebeu, ao final de 2014, uma indicação ao Grammy Latino, na categoria Melhor Álbum de MPB, sendo a primeira indicação da cantora em 5 anos. A sua última indicação foi em 2009 pela canção Não É Proibido.[15] Em 20 de novembro de 2014, a cantora venceu a disputa e levou o prêmio.[16]
Em março de 2016, a cantora recusa um convite para se apresentar com os velhos parceiros Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes na cerimônia de abertura das XXXI Olimpíada, que acontecerão em agosto.
O disco mais recente da cantora, Coleção, foi lançado em abril de 2016 e é a primeira compilação da cantora, que sempre se mostrou avessa ao formato. O disco traz em seu repertório músicas que a cantora gravou para trilhas sonoras ou projetos pouco conhecidos fora da carreira principal. O primeiro single de Coleção, uma releitura de Nu com a minha música (de Caetano Veloso), cantada em trio com Rodrigo Amarante e Devendra Banhart, foi lançado no dia 01 de abril do mesmo ano.[17]
Em novembro de 2016 é lançado o disco Silva Canta Marisa, do capixaba Silva. O disco é uma homenagem à cantora fluminense, que participa como autora e artista convidada de uma das faixas, Noturna (Nada de novo na noite).
2020: CinephoniaEditar
Após trinta anos entre as gravadoras EMI e Universal, a cantora carioca assinou com a Sony. Para iniciar os trabalhos na nova gravadora, Marisa lançou em três partes, um projeto chamado "Cinephonia", com músicas inéditas e regravações. A primeira parte foi liberada digitalmente em 11 de junho de 2020; as outras duas partes foram lançadas respectivamente nos dias 19 de junho e 26 de junho. "Cinephonia" é um projeto inicialmente audiovisual, que segundo a cantora "nunca foi lançado em áudio streaming e é uma forma de liberdade para cada um criar suas próprias imagens".[18] No "Cinephonia" foram liberados os álbuns "Princípios", que tem participação especial do cantor Ed Motta na primeira faixa, "Hotel Tapes" com participação especial de Novos Baianos, Moraes Moreira e Davi Moreira, em algumas canções; e Memórias 2001, álbum proveniente do registro audiovisual da turnê do CD Memórias, Crônicas e Declarações de Amor.[19]
A chegada de Marisa à Sony é considerado pelo crítico musical Mauro Ferreira da Globo, um movimento surpreendente da artista, pois hoje em dia não é preciso mais gravar álbuns com um selo fonográfico atrelado.[20]
2021: PortasEditar
Depois de mais de dez anos sem lançar um álbum inédito, Marisa lançou em 1.º de julho o álbum Portas. O trabalho conta com composições de Nando Reis, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown e Seu Jorge, entre outros. Seu Jorge também participa da faixa "Pra Melhorar", que encerra o disco. O álbum deveria ser lançado em 2020, mas o projeto foi adiado devido à pandemia da COVID-19. No processo de produção, as gravações aconteceram em encontros presenciais e virtuais.[21]
Sucessos nacionais e trilhas sonorasEditar
Entre as gravações mais representativas da carreira de Marisa Monte, seu maiores sucessos são: "Bem Que Se Quis", "Beija Eu", "Segue o Seco", "Amor I Love You", "A Sua", "Já Sei Namorar", "Velha Infância", "Não é Proibido". Muitas de suas músicas foram incluídas em trilhas sonoras de novelas, sendo no total 24 músicas. Em 2012, três canções do último disco (O Que Você Quer Saber de Verdade), entraram para trilha sonora de novelas da Rede Globo: "Depois", tema do casal Nina (Débora Falabella) e Jorginho (Cauã Reymond) em Avenida Brasil, "Ainda Bem", tema do casal Carlos (Gabriel Braga Nunes) e Miriam (Letícia Persiles) em Amor Eterno Amor e "Aquela Velha Canção", tema da personagem Roberta Leone (Glória Pires) em Guerra dos Sexos. Já em 2014, a música "Ilusão", antes mesmo de ser lançada oficialmente em CD/DVD, foi tema do casal Heloísa (Flávia Alessandra) e Thomaz (Alexandre Borges) em Além do Horizonte.
Vida pessoalEditar
Marisa tem três irmãs: Lívia, Letícia e Carolina. Letícia é casada com o produtor e diretor Luiz Buarque de Hollanda.[22]
Marisa foi casada com Pedro Bernardes, músico, e dessa união tiveram um filho, Mano Wladimir, nascido em 17 de dezembro de 2002. Marisa também é mãe de Helena, nascida em 3 de novembro de 2008, de seu casamento com Diogo Pires, seu atual marido.
No início de sua carreira, namorou o cantor Nando Reis no início dos anos 1990,[23] dando origem a composições como Resposta e A Urca, compostas por ele contando sobre o final da relação entre eles. De 1996 a 2001, Marisa se relacionou com o cantor e instrumentista Davi Moraes, que integrou a banda da cantora durante o período do relacionamento.[7]
DiscografiaEditar
Álbuns de estúdioEditar
Álbuns ao vivoEditar
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DVDsEditar
Download digitalEditar
ColetâneasEditar
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TurnêsEditar
- Veludo Azul Tour (1987-1988)
- MM Tour (1989-1990)
- Mais Tour (1991-1992)
- Cor-de-Rosa e Carvão Tour - Uma Viagem Musical (1994-1996)
- Barulhinho Bom Ao Vivo (1996-1998)
- Memórias, Crônicas e Declarações de Amor Tour (2000-2001)
- Universo Particular Tour (2006-2007)
- Verdade, Uma Ilusão (2012-2013)
- Paulinho da Viola Encontra Marisa Monte ≤(2017)
- Tribalistas Tour (2018-2019)
Prêmios e indicaçõesEditar
Grammy LatinoEditar
O prêmio Grammy Latino é realizado desde 2000, para homenagear os artistas da música da América Latina. Marisa Monte foi premiada em quatro oportunidades (incluindo uma com os Tribalistas), e indicada em nove edições, sendo uma destas apenas como compositora.
Ano | Nomeação | Categoria | Resultado |
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2001 | "Amor I Love You" | Melhor Canção Brasileira | Indicação |
Memórias, Crônicas e Declarações de Amor | Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro | Venceu | |
2003 | "Já Sei Namorar" | Gravação do Ano | Indicação |
Melhor Canção Brasileira | Indicação | ||
Tribalistas | Álbum do Ano | Indicação | |
Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro | Venceu | ||
2006 | "O Bonde do Dom" | Melhor Canção Brasileira | Indicação |
Universo ao Meu Redor | Melhor Álbum de Samba/Pagode | Venceu | |
Infinito Particular | Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro | Indicação | |
2009 | "Não é Proibido" | Melhor Canção Brasileira | Indicação |
2014 | Verdade, Uma Ilusão | Melhor Álbum de Música Popular Brasileira | Venceu |
2018 | "Aliança" | Melhor Canção Brasileira | Indicação |
"Convite Para Nascer De Novo"[24] |
Prêmio TencoEditar
O Prêmio Tenco é um reconhecimento à carreira de artistas que deram suporte à canção autoral mundial. A cerimônia, promovida pelo Club Tenco, ocorre anualmente desde 1974 na cidade de San Remo na Itália. Na edição de 2021, Marisa Monte foi premiada na categoria "per cantautore", pelo conjunto de sua obra como cantora e compositora, tornando-se a primeira artista feminina brasileira a ser agraciada com tal honraria.
Monte apresentou-se na cerimônia de premiação na companhia de sua banda e do musicista vencedor do Óscar Jorge Drexler (pelo filme Diários de Motocicleta, de 2004, na categoria "Melhor Canção Original"), e que colaborou em seu álbum de estúdio Portas, de 2021.[25]
MTV Video Music BrasilEditar
O prêmio MTV Video Music Brasil é realizado desde 1995, para homenagear os clipes lançados em cada ano. Marisa Monte ganhou no total oito VMB, incluindo Clipe do Ano.
Ano | Nomeação | Categoria | Resultado |
---|---|---|---|
1995 | "Segue o Seco" | Melhor Videoclipe do Ano | Venceu |
Melhor Videoclipe de MPB | Venceu | ||
Melhor Direção | Venceu | ||
Melhor Edição | Venceu | ||
Melhor Fotografia | Venceu | ||
2000 | "Amor I Love You" | Videoclipe do Ano | Indicação |
Melhor Videoclipe de MPB | Venceu | ||
Melhor Direção em Videoclipe | Indicação | ||
Melhor Direção de Arte em Videoclipe | Indicação | ||
Melhor Fotografia em Videoclipe | Indicação | ||
Marisa Monte | Melhor Website de Artista | Venceu | |
2001 | "O Que Me Importa" | Melhor Videoclipe de MPB | Venceu |
Outros prêmiosEditar
Ano | Prêmio | Categoria |
---|---|---|
1989 | Associação Paulista dos Críticos de Arte - APCA | Revelação Feminina |
1990 | Troféu Imprensa | Melhor cantora[26] |
3º Prêmio Sharp de Música | Revelação Feminina MPB - Marisa Monte | |
1994 | Associação Paulista dos Críticos de Arte - APCA | Melhor disco do ano - Verde Anil Amarelo Cor de Rosa e Carvão |
Associação Paulista dos Críticos de Arte - APCA | Melhor compositora (junto com Carlinhos Brown e Nando Reis) | |
1996 | Troféu Imprensa | Melhor cantora[27] |
1997 | 10º Prêmio Sharp de Música | Melhor Cantora Pop Rock |
1998 | Prêmio Multishow de Música Brasileira | Melhor cantora |
2001 | Prêmio Multishow de Música Brasileira | Melhor cantora |
Prêmio Multishow de Música Brasileira | Melhor CD - Memórias, Crônicas e Declarações de Amor | |
2002 | Associação Paulista dos Críticos de Arte - APCA | Melhor CD - "Tribalistas" |
Prêmio Multishow de Música Brasileira | Melhor DVD - "Memórias, Crônicas e Declarações de Amor" | |
2003 | Prêmio Multishow de Música Brasileira | Melhor DVD de música - "Tribalistas" |
Prêmio Multishow de Música Brasileira | Melhor música - "Já Sei Namorar" | |
Prêmio Multishow de Música Brasileira | Melhor CD - "Tribalistas" | |
Prêmio TIM de Música | Melhor Grupo MPB - "Tribalistas" | |
Prêmio Ondas | Melhor Grupo Latino - "Tribalistas" | |
Prêmio Austregésilo de Athaíde - Academia Brasileira de Letras | Melhor CD - "Tribalistas" | |
Prêmio Amigo - Indústria Fonográfica da Espanha | Melhor Álbum Latino - "Tribalistas" | |
Italian Music Awards | Artista Revelação - "Tribalistas" | |
Festivalbar | Prêmio Internacional - "Tribalistas" | |
2006 | Associação Paulista dos Críticos de Arte - APCA | Melhor Artista de 2006 |
2007 | Prêmio TIM de Música Brasileira | Melhor Cantora Pop - "Infinito Particular" |
Prêmio TIM de Música Brasileira | Melhor Cantora Samba - "Universo ao meu Redor" | |
Prêmio TIM de Música Brasileira | Melhor Cantora Voto Popular | |
2009 | Prêmio da Associação dos Correspondentes da Imprensa Estrangeira no Brasil | Melhor Trilha Sonora - Marisa Monte por "O Mistério do Samba" |
4 °Cineport - Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa | Melhor Produção Não-ficcional - "O Mistério do Samba" | |
Grande Prêmio Vivo do Cinema Brasileiro | Melhor Longa-metragem Documentário - "O Mistério do Samba" | |
Prêmio Multishow de Música Brasileira | Melhor DVD - "Infinito ao Meu Redor" | |
Prêmio Multishow de Música Brasileira | Melhor Cantora | |
2012 | Prêmio da Música Brasileira | Melhor Cantora de Pop/rock/reggae/hip-hop/funk |
2015 | Prêmio da Música Brasileira | Melhor Cantora de Pop/rock/reggae/hip-hop/funk |
2018 | Melhores do Ano Guia Folha | Melhor Show Nacional (com Tribalistas)[28] |
ComendaEditar
Em 2014, Marisa Monte foi agraciada com a insígnia de Comendadora na Ordem do Mérito Cultural.
BibliografiaEditar
- McGowan, Chris and Pessanha, Ricardo. "The Brazilian Sound: Samba, Bossa Nova and the Popular Music of Brazil." 1998. 2ª edição. Temple University Press. ISBN 1-56639-545-3
Referências
- ↑ MARISA Monte. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2020. Disponível em: Marisa Monte na enciclopédia Itaú Cultural. Acesso em: 24 de janeiro de 2020
- ↑ «Marisa Monte assina com Sony Music e anuncia novo disco». O Povo. Consultado em 21 de abril de 2020
- ↑ Rolling Stone Brasil: Os 100 de maiores discos da música brasileira acessado em 6 de setembro de 2010
- ↑ «Sanremo: si apre la seconda giornata del 44° Premio Tenco, Marisa Monte "È un momento difficile, dobbiamo resistere con musica e poesia"» (em italiano). Sanremo News. 28 de outubro de 2021
- ↑ admin. «Matriarcas Sefarditas: Branca Dias, uma história de resistência e fé | Judeus Sefarditas». Consultado em 10 de dezembro de 2021
- ↑ Silveira, Ediluce. «A personagem Branca Dias : uma herege leitora no Brasil colonial». Consultado em 10 de dezembro de 2021 line feed character character in
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at position 56 (ajuda) - ↑ a b «A Marisa Monte que o público não vê». ISTOÉ Gente Online. Consultado em 15 de janeiro de 2019
- ↑ Marisa Monte - Enciclopédia Itaú Cultural
- ↑ G1 - Zeca Camargo: "Et tu..." acessado em 6 de setembro de 2010
- ↑ «ISTOÉ Gente Online». www.terra.com.br. Consultado em 1 de julho de 2021
- ↑ «Cópia arquivada». Consultado em 10 de setembro de 2009. Arquivado do original em 15 de maio de 2011
- ↑ «História - Velha Guarda da Portela». Consultado em 21 de agosto de 2013. Arquivado do original em 13 de outubro de 2013
- ↑ http://veja.abril.com.br/281101/p_164.html
- ↑ «Marisa Monte sobe ao palco do Circo para show histórico com Caetano Veloso». Consultado em 5 de julho de 2014. Arquivado do original em 14 de julho de 2014
- ↑ Caetano Veloso e Apanhador Só disputam Grammy Latino; veja lista de indicados
- ↑ Os ganhadores do Grammy Latino 2014
- ↑ «Marisa Monte lança single "Nu Com Minha Música"; ouça». Consultado em 1 de abril de 2016. Arquivado do original em 3 de abril de 2016
- ↑ «Marisa Monte disponibiliza 30 músicas extraídas de registros em VHS e DVD e lança Cinephonia». TMJ. Consultado em 11 de junho de 2020
- ↑ «Em três fases, Sony Music e Phonomotor lançam Cinephonia de Marisa Monte». Mundo da Música
- ↑ «Marisa Monte volta ao disco em movimento surpreendente». Globo
- ↑ «Marisa Monte lança o álbum 'Portas', primeiro álbum inédito desde 2011». Correio Braziliense. Consultado em 27 de julho de 2021
- ↑ «Buarque: uma família brasileira, Volume 2». Consultado em 2 de novembro de 2012. Arquivado do original em 16 de janeiro de 2014
- ↑ «ISTOÉ Gente». www.terra.com.br. Consultado em 8 de março de 2018
- ↑ Canção lançada por Erasmo Carlos no álbum "Amor é Isso" e co-escrita com o referido artista e Dadi Carvalho.
- ↑ «Marisa Monte é a primeira mulher brasileira a receber o Prêmio Tenco em San Remo (Itália)». Consultado em 28 de outubro de 2021
- ↑ «Troféu Imprensa (Melhores de 1989) Cantora, Jornal de TV e Humorista Feminina». Canal de Reginaldo Prado
- ↑ «Troféu Imprensa Melhores de 1995 (SBT) - parte 1». Canal de Reginaldo Prado - YouTube
- ↑ «Melhores de 2018: confira shows nacionais e internacionais selecionados pelo júri do Guia». Guia Folha. 28 de dezembro de 2018. Consultado em 10 de janeiro de 2019
Ver tambémEditar
Ligações externasEditar
Prêmios e realizações | ||
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Precedido por Milton Nascimento por Crooner |
Grammy Latino de Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro por Memórias, Crônicas e Declarações de Amor 2001 |
Sucedido por Lenine por Falange Canibal |
Precedido por Lenine por Falange Canibal |
Grammy Latino de Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro por Tribalistas 2003 |
Sucedido por Carlinhos Brown por Carlinhos Brown é Carlito Marrón |
Precedido por Martinho da Vila por Brasilatinidade |
Grammy Latino de Melhor Álbum de Samba/Pagode por Universo ao Meu Redor 2006 |
Sucedido por Zeca Pagodinho por Acústico MTV 2 Gafieira |
Precedido por Maria Rita por Redescobrir |
Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira por Verdade, Uma Ilusão 2014 |
Sucedido por - |