Martinho Pires de Oliveira
Martinho Pires de Oliveira (Século XIII – 25 de março de 1313) foi um prelado português, arcebispo da Arquidiocese de Braga.
Dom Martinho Pires de Oliveira | |
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Arcebispo da Igreja Católica | |
Arcebispo de Braga | |
D. Martinho de Oliveira, na Galeria dos Arcebispos de Braga | |
Título |
Primaz das Espanhas |
Ordenação e nomeação | |
Nomeado arcebispo | 1292 |
Dados pessoais | |
Nascimento | Évora |
Morte | Braga 25 de março de 1313 |
Arcebispos Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo | |
Biografia editar
Dom Martinho nasceu em Évora. Era filho de Pedro de Oliveira, senhor do morgado de Oliveira com Elvira Anes Pestana.[1][2] Desde cedo, mostrou gostar dos conhecimentos em letras e teologia.[2]
Foi nomeado por Dom Dinis como mestre de seu filho, o infante Afonso.[2] Era o cônego e chantre de Évora entre 1289 e 1293, além de prior do Mosteiro de Santa Maria de Alcáçova,[3] quando participou do capítulo da Sé de Braga para eleição do futuro arcebispo, em que foi eleito João Martins de Soalhães, contudo, por não ser reconhecido como cônego de Coimbra,[1] D. Soalhães não pode ser confirmado, no que o próprio D. Martinho acabou eleito e confirmado, em 1292.[3]
Em 1297, Dom Dinis de Portugal o convida a fazer parte da comitiva que iria encontrar com o rei de Castela, Fernando IV, na vila de Alcanizes, onde foi assinado o Tratado de Alcanizes.[1] Dom Dinis o faz adjunto da Rainha Isabel e declarou que em caso da morte dela enquanto no estrangeiro, "governasse só e despoticamente".[2][4]
De volta a Braga, em 7 de setembro de 1301 fez realizar um sínodo, em que entre outros pontos, criticava a ostentação dos eclesiásticos, bem como a não observação do corte em tonsura e o feitio da barba.[5] Em 28 de março de 1304, Dom Dinis doou ao bispo do Porto, Dom Geraldo Domingues, o mosteiro de São Pedro de Canedo, da Ordem de São Bento, em Feira, doação que foi confirmada por Dom Martinho.[1]
Em 1306 criou o morgado de Oliveira, usando das casas e fazendas que recebera, instituindo como primeiro senhor seu irmão Pedro Pires de Oliveira.[1][4] Teve um filho, Rodrigo de Oliveira, que mais tarde foi bispo de Lamego entre 1312 e 1330. Dom Rodrigo criou o morgado de Sobrados, que depois se juntou ao de Oliveira.
Dadas os problemas e dúvidas entre a autoridade dos eclesiásticos e dos ministros reais, junto a outros prelados redigiu um documento com 22 pontos a serem acordados com Dom Dinis, que respondeu a todos pacificando o entendimento da Concordata de 1289, entregando o documento em Lisboa em 1 de agosto de 1309.[1]
Faleceu em 25 de março de 1313, não restando qualquer informação sobre onde foi sepultado.[6]
Referências
Bibliografia editar
- Cunha, Dom Rodrigo da (1634). Primeira (-segunda) parte, da historia ecclesiastica dos arcebispos de Braga, e dos Santos, e Varoes illustres, que florecerão neste arcebispado. Por dom Rodrigo da Cunha arcebispo, & senhor de Braga, primàz das Hespanhas. 1. Braga: Manuel Cardoso. 482 páginas
- Universidade de Coimbra (1830). Serie chronologica dos prelados conhecidos da igreja de Braga, desde a fundação da mesma igreja até o presente tempo. Precedida de uma breve Noticia de Braga Antiga, e seguido de um Catalogo dos Bispos Titulares, Coadjutores do Arcepispado. Coimbra: Real Imprensa da Universidade de Coimbra
- Rodrigues, Ana Maria S. A.; Taveira Ribeiro, João Carlos; Moreira da Costa, Maria Antonieta; Maciel, Pinheiro; Justiniana, Maria (2005). Os capitulares bracarenses. Lisboa: Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica Portuguesa. 319 páginas. ISBN 9789728361228
- Fonseca, Francisco da (1728). Évora Gloriosa. Roma: Officina Komarekiana
- «Varões e Donas Ilustres Portuguezes». Archivo Popular:Leituras de Instrucção e Recreio. 1842. Consultado em 20 de maio de 2014
Ligação externa editar
- «GCatholic» (em inglês)
Precedido por Frei Telo |
Arcebispo Primaz de Braga 1292 - 1313 |
Sucedido por João Martins de Soalhães |