Matias Olímpio

município brasileiro do estado do Piauí
 Nota: Este artigo é sobre um município brasileiro. Para o político, veja Matias Olímpio de Melo.

Matias Olímpio é um município brasileiro do estado do Piauí, microrregião do Baixo Parnaíba, mesorregião do Norte Piauiense. O padroeiro da cidade é São Miguel Arcanjo. O município tem cerca de 10 mil habitantes e 235 km². Inicialmente era um povoado de Luzilândia sendo elevado ao patamar de município por força de lei estadual datada de 29 de outubro de 1953 sendo instalado em 1 de junho de 1954. Ainda antes de sua emancipação foi batizado em honra ao político Matias Olímpio de Melo.

Matias Olímpio
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Matias Olímpio
Bandeira
Brasão de armas de Matias Olímpio
Brasão de armas
Hino
Gentílico matiense
Localização
Localização de Matias Olímpio no Piauí
Localização de Matias Olímpio no Piauí
Localização de Matias Olímpio no Piauí
Matias Olímpio está localizado em: Brasil
Matias Olímpio
Localização de Matias Olímpio no Brasil
Mapa
Mapa de Matias Olímpio
Coordenadas 3° 42' 57" S 42° 33' 21" O
País Brasil
Unidade federativa Piauí
Municípios limítrofes Madeiro (N), Luzilândia (N), São João do Arraial (L), Campo Largo do Piauí (S), Estado do Maranhão (O).
Distância até a capital 237 km
História
Fundação 1 de junho de 1954 (69 anos)
Administração
Prefeito(a) Genivaldo Nascimento Almeida (PTB, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [1] 226,375 km²
População total (IBGE/2017[2]) 10 759 hab.
Densidade 47,5 hab./km²
Clima Tropical úmido
Altitude 64 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (IBGE/2010 [3]) 0,562 baixo
PIB (IBGE/2015[4]) R$ 67822.261 mil
PIB per capita (IBGE/2015[4]) R$ 6 303,77
Sítio matiasolimpio.pi.gov.br (Prefeitura)

História editar

Por volta dos anos 1830, quando o Rio Parnaíba ainda era completamente navegável, a região era parte da rota que ligava cidades e entrepostos do Maranhão ao estado do Ceará, onde já existiam os povoados Arrodeador e Caiçara, sendo frequentemente visitados por tropeiros advindos da região de Repartição, além do rio. A região, por ser fértil, se tornou atrativa aos retirantes cearenses fugindo das secas que assolavam o estado na segunda metade do século XIX.

Em 1925, os comerciantes José Ferreira Franco e João Oliveira Lopes adquiriram, da União, cerca de 30 hectares e doaram para formação do patrimônio do padroeiro São Miguel (arcanjo). Em 2 de outubro de 1929, a capela em homenagem ao santo começou a ser erguida por Manuel Liarte, sendo inaugurada em 19 de setembro de 1931, pelo padre Uchoa de Carvalho. Mediante uma taxa de aforramento, todos puderam apossar-se da terra, dando origem, assim, ao Arraial do Saco, como foi denominada a região localizada entre morros. Em 1933, a região foi oficialmente demarcada.

Os primeiros habitantes se estabeleceram na região por volta do início do século XX. Pela formação curiosa do relevo, com morros circundando um terreno mais baixo, a aglomeração inicial foi denominada Arraial do Saco. O Arraial desenvolveu um pequeno comércio durante o primeiro quarto do século. Temos a fábrica de beneficiamento de algodão e arroz, de propriedade de Moisés Percy. Um dos marcos da formação da cidade foi a doação de terras onde seria erguida a Igreja de São Miguel Arcanjo, padroeiro da cidade, em 1925, por José Ferreira, Manuel Liarte e Moisés Percy. A igreja seria erguida logo depois e perduraria até o final da década de 1980, quando foi substituída por um novo edifício de arquitetura contemporânea. No mesmo ano, a região foi elevada à categoria de povoado, recebendo a denominação atual, em homenagem ao governador Matias Olímpio de Melo. Matias Olímpio, então, recebeu o status de município pela lei estadual nº 894, de 29 de outubro de 1953, com território desmembrado do município de Luzilândia.[5]

Lista de prefeitos editar

Ano Candidato vencedor Partido
1970 Francisco Augusto Maia ARENA
1972 Bernardo Araújo Rocha ARENA
1976 José Vaz de Aguiar ARENA
1982 Augusto César Alves Maia PDS
1988 José Vaz de Aguiar PFL
1992 Augusto César Alves Maia PFL
1996 Antônio Rodrigues Sobrinho PFL
2000 Augusto César Alves Maia PFL
2004 Antônio Rodrigues Sobrinho PMDB
2008 Edísio Alves Maia PP
2012 Antônio Rodrigues Sobrinho PMDB
2016 Edísio Alves Maia PP
2020 Genivaldo Nascimento Almeida PTB

Geografia editar

Matias Olímpio se localiza no norte do estado do Piauí. As ordenadas geográficas são 42.55 graus ao sul e 3.71 graus ao oeste.

Dados demográficos editar

Segundo o IBGE[6] , a população em 2010 era de 10473 habitantes. Desse total, 50,77% da população era de homens e 49,23% de mulheres. Mais da metade da população reside na zona rural do município.

Clima editar

O clima de Matias Olímpio é caracterizado por ser tropical úmido. Assim como em grande parte do estado, caracteriza-se também por possuir duas grandes estações: a chuvosa e a seca. As chuvas ocorrem, principalmente, no período de dezembro a maio. Essa parte do ano é caracterizada por poder apresentar neblina, e é denominada inverno pelos habitantes locais. A partir de junho, começa um período mais seco que dura até meados de novembro, sendo que até agosto, as noites podem ficar mais frias. A partir de setembro, o calor e a falta de chuvas são denominadas seca pelos locais. A temperatura média fica em torno de 28 graus centígrados. As médias máximas são de 38 graus e mínimas de 20 graus.

Hidrografia editar

O município fica às margens do Rio Parnaíba, que se torna a fronteira natural com o município de Brejo, no Maranhão. Na zona urbana, tem destaque o riacho que corta a cidade. Esse riacho corta a Avenida Francisco Maia, rua Arimatéia Tito, e a Avenida Pedro Freitas, além de dividir as Ruas Tenente Anísio e Francisco Camelo. Além desse, inúmeros córregos correm pela zona rural. Há vários açudes no município, como o Açude Barreirão e o Açude da Faveira.

Infraestrutura editar

Acesso ao município editar

O principal acesso ao município se dá pela rodovia PI-112. Ao sul, ela dá acesso ao município de Campo Largo do Piauí, que em longa distância, culmina na capital Teresina; e, ao leste, dá acesso à PI-214, levando aos municípios de Madeiro, Luzilândia e ao principal pólo econômico da região, Esperantina. Não há aeroporto e nem pista de pouso na cidade. Três empresas de ônibus ligam a cidade à capital, por rotas diferentes.

Urbanização editar

A cidade não possui um nível avançado de urbanização. As ruas são pavimentadas com asfalto e com pedras. Recentemente, passou a ocorrer uma aglomeração de casas entre os bairros Maião e Centro, denominada popularmente como Rocinha, em alusão à favela do Rio de Janeiro.

Saúde editar

A cidade possui um centro de saúde, a Unidade de Saúde Petronílio Rocha, que atende casos simples. Os casos mais complexos são tratados em Esperantina e Teresina.

Bairros, logradouros e pontos de referência editar

Bairros e Logradouros importantes editar

Bairros editar

Centro: é o maior bairro da cidade. Começa ao fim da ladeira da Avenida Francisco Maia e finda na Rua Moisés Percy. Aqui se localiza a Praça São Miguel Arcanjo, a Administração Municipal, a maioria das escolas e o comércio local.

Alto Formoso: é o bairro que se inicia na saída para São João do Arraial e Campo Largo do Piauí. Se localiza em uma área elevada, daí o nome. Se liga com o Centro pela ladeira da Avenida Francisco Maia, também conhecida como Ladeira do Alto Formoso. Aqui se localiza a UE Alto Formoso, a praça de São Benedito e um comércio próprio. Várias estradas vicinais ligam o bairro a povoados.

Subestação: é o bairro, na ponta oposta da cidade, que se inicia na saída para Luzilândia. Aqui se localiza a Subestação da CEPISA, daí o nome do bairro. É popularmente conhecido como Rua do Grupo, em função de ser cortado pela Avenida Pedro Freitas, que teve o citado nome outrora.

Matadouro: é o bairro que abriga o Matadouro Municipal.

Melancias: é um bairro semi-rural. Possui estradas vicinais para diversos povoados. Seu principal logradouro é a Rua José de Freitas

Cruzeiro: é o bairro que abriga o Morro do Cruzeiro, onde há uma cruz, daí o nome. Seus principais logradouros são a Rua do Cruzeiro e a Rua 10 de Julho.

Barreirão: é o bairro que abriga o açude de mesmo nome.

Maião: é o bairro que se localiza entre o Centro, o Matadouro e o Por do Sol. Aqui se localiza a aglomeração de casas simples denominada Rocinha.

Por do Sol: é o bairro que se localiza na saída para o povoado Barrinha, nas margens do Rio Parnaíba. Aqui se localiza o Cemitério da Baixa Grande e o Estádio Municipal.

Logradouros editar

Praça São Miguel Arcanjo: é o centro da cidade. Aqui ficam a Paróquia São Miguel Arcanjo, a Prefeitura Municipal, o Plenário da Câmara dos Vereadores e grande parte do comércio.

Avenida Francisco Maia: é a principal via da cidade. Tem início no bairro Alto Formoso e desemboca no Centro. Aqui se localizam a Unidade Escolar Alto Formoso, a Praça do Mercado Municipal, o Anexo da Unidade Escolar Dinir Patrício, a Praça do Fórum Municipal e um diversificado comércio.

Cultura editar

Religião editar

Segundo dados do IBGE[6], mais de 90% da população é católica romana ou brasileira. O padroeiro católico do município é São Miguel, o arcanjo, sendo assim denominada a paróquia local. A Paróquia faz parte da Diocese de Parnaíba e o pároco é o Pe. Serafim Pogoda. A maior denominação protestante é a Assembléia de Deus. Recentemente, protestantes neo-penteconstais também se instalaram na cidade. O número de protestantes tem aumentado cada dia mais.

Festas editar

As principais festas de Matias Olímpio são o aniversário da cidade (em 1 de junho) e a festa do padroeiro, que se inicia em 19 de setembro, e encerra as festividades em (29 de setembro). Há algumas casas de show de renome local.

Lendas editar

Por ser uma cidade pequena, a população possui vários mitos e lendas, como a da Eusébia e do seu ouro.

Referências

  1. IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  2. «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  5. «Matias Olímpio Piauí - PI Histórico» (PDF). IBGE. 19 de abril de 2010. Consultado em 23 de abril de 2013 
  6. a b CNM (23 de abril de 2013). «Dados demográficos e indicadores municipais». CNM%7c2 de fevereiro de 2010. Consultado em 23 de abril de 2013. Arquivado do original em 4 de outubro de 2013 
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