Mauro Borges Teixeira

político e militar brasileiro, 60.º governador de Goiás

Mauro Borges Teixeira ComMM (Rio Verde, 15 de fevereiro de 1920Goiânia, 29 de março de 2013) foi um militar e político brasileiro filiado ao Partido Progressista (PP).[2] Por Goiás, foi governador, senador e deputado federal por dois mandatos.

Mauro Borges Teixeira
Mauro Borges Teixeira
Mauro Borges Teixeira
Deputado federal por Goiás
Período 1.º- 1º de fevereiro de 1959
a 1º de fevereiro de 1961
2.º- 1º de fevereiro de 1991
a 1º de fevereiro de 1995
62.º Governador de Goiás
Período 1º de fevereiro de 1961
a 26 de novembro de 1964[a]
Antecessor(a) José Feliciano Ferreira
Sucessor(a) Carlos de Meira Mattos
Presidente do Partido Democrata Cristão (1985)
Período 1986 a 1993
Senador por Goiás
Período 1º de fevereiro de 1983
a 1º de fevereiro de 1991
Antecessor(a) Lázaro Barbosa
Sucessor(a) Onofre Quinan
Dados pessoais
Nascimento 15 de fevereiro de 1920
Rio Verde, GO
Morte 29 de março de 2013 (93 anos)
Goiânia, GO
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Mãe: Gercina Borges Teixeira
Pai: Pedro Ludovico Teixeira
Alma mater Escola Militar do Realengo
Prêmio(s) Ordem do Mérito Militar[1]
Partido PP (2003–2013)
Profissão militar, político
Serviço militar
Lealdade  Brasil
Serviço/ramo Brasão do Exército Brasileiro Exército Brasileiro
Anos de serviço 1938 a 1958
Graduação Coronel

Era filho do também político Pedro Ludovico Teixeira e de dona Gercina Borges Teixeira.[3]

Carreira militar editar

Mauro Borges cursou a Escola Militar do Realengo e a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército. O maior posto que atingiu na hierarquia do Exército Brasileiro foi o de tenente-coronel, sendo promovido a coronel quando foi para a reserva.

Carreira política editar

Mauro Borges iniciou sua carreira política em 1958, quando foi eleito deputado federal por Goiás. Em 1960, foi eleito governador do estado, cargo que seu pai já exercera dezessete vezes entre 1930 e 1954, como interventor de Getúlio Vargas. Foi afastado por intervenção federal após o golpe de 1964, tendo seus direitos políticos cassados em 1966. Voltou ao cenário político em 1979, quando foi eleito presidente regional do Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Em 1982, foi eleito senador pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e, em 1990, novamente deputado federal pelo Partido Democrata Cristão (PDC).

Em 1993, como deputado federal, Teixeira foi admitido pelo presidente Itamar Franco à Ordem do Mérito Militar no grau de Comendador especial.[1]

Governo Mauro Borges (1961-1964) editar

 
Intervenção federal em Goiás, contra o governador Mauro Borges Teixeira.

Mauro Borges foi eleito governador de Goiás pelo Partido Social Democrático (PSD). Sendo militar com curso de Estado Maior do Exército, que é o MBA dos militares, tinha formação necessária para criar um plano de governo, o Plano MB (Mauro Borges). Para auxiliá-lo, contratou uma equipe formada pela Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro. No seu governo, foi criada a Secretaria do Planejamento e, anos mais tarde, o Governo Federal criou o Ministério do Planejamento e Orçamento.

Em seu governo, foi montada uma administração ágil e operante, criou os concursos públicos, onde os funcionários públicos eram contratados pelos seus méritos, esse foi um de seus grandes feitos pois tudo funcionava e bem. Criou o Consórcio Rodoviário, um fundo de reservas financeiras para viabilizar as construções de estradas, com isso viabilizou a construção de 11.000 km de estradas.

Mauro Borges integrou Goiás no cenário econômico nacional, promovendo o crescimento das fronteiras econômicas por meio da retomada da Marcha para o Oeste e a implantação de uma reforma agrária que teve como o modelo os kibutz de Israel, organizados a partir da produção cooperativa.

Além do Plano MB, como era chamado seu projeto para integrar o estado no cenário econômico nacional, Mauro Borges realizou também a conclusão do Aeroporto Santa Genoveva, da Usina Rochedo, da Usina de Cachoeira Dourada e a ampliação e reestruturação da Companhia Energética de Goiás (CELG).

Campanha da Legalidade (1961) editar

Participou ativamente da Campanha da Legalidade, juntamente com o governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola. Pelo apoio prestado aos legalistas, recebeu o título de cidadão gaúcho, após a posse de João Goulart.

O movimento tinha por fim defender a posse do vice-presidente João Goulart, tendo em vista a renúncia do então presidente, Jânio Quadros, em 25 de agosto de 1961. Alguns militares de alta patente e parte da sociedade brasileira eram contra a posse de Jango por considerá-lo aliado dos comunistas. Na ocasião da renúncia de Jânio, o seu vice estava em visita oficial à China, país comunista, fato que reforçou a tese dos favoráveis ao golpe.

O apoio de Mauro Borges chegou a transformar o Palácio das Esmeraldas, sede do governo estadual, em um quartel-general dos legalistas, utilizando a Rádio Brasil Central como difusora do movimento, na chamada rede da legalidade. Tal posicionamento criou atritos com as Forças Armadas, que mandou aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) sobrevoarem a capital goiana como forma de intimidação. A ameaça da invasão de Goiânia pelos militares chegou a causar pavor na população goianiense, tendo o governador cogitado armar a mesma para resistir.

Logo após, segundo relata o general Jayme Portella de Mello, chefe do gabinete militar da presidência da república no governo Costa e Silva, o governador Mauro Borges Teixeira aderiu à ditadura instituída pelo golpe de 1964, por força das circunstâncias.

Referências

  1. a b BRASIL, Decreto de 2 de agosto de 1993.
  2. «Mauro Borges - Memória» (PDF). Consultado em 3 de maio de 2015 
  3. «Mauro Borges Teixeira: biografia». Senado Federal. Consultado em 12 de fevereiro de 2014. Arquivado do original em 23 de fevereiro de 2014 

Precedido por
José Feliciano Ferreira
Governador de Goiás
19611963
Sucedido por
Almir Turisco de Araújo
Precedido por
Almir Turisco de Araújo
Governador de Goiás
19631964
Sucedido por
Carlos de Meira Mattos
Precedido por
Lázaro Barbosa
Senador por Goiás
19831991
Sucedido por
Onofre Quinan
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